Domingo é dia descanso e de votar em todas as 21 categorias da 1ª edição do Melhores do AdoroCinema. Está nas mãos do público a responsabilidade de premiar os melhores filmes e séries exibidos no Brasil entre janeiro e setembro de 2016. Nesta notícia são apresentados os indicados a melhor ator e melhor atriz em longa estrangeiro, dois páreos duríssimos. Relembre, decida, vote!
MELHOR ATRIZ EM FILME ESTRANGEIRO
Alicia Vikander (A Garota Dinamarquesa) - Completamente estabelecida em Hollywood, a sueca revelada em O Amante da Rainha ganhou o Oscar de atriz coadjuvante este ano pela sensível interpretação de Gerda Wegener, que, mesmo sofrendo, faz questão de apoiar como pode a mudança de gênero do marido que tanto ama.
Brie Larson (O Quarto de Jack) - Vencedora do Oscar de atriz, Brie finalmente entrou no radar do público médio com O Quarto de Jack. Atuando desde a infância, ela fez muitas coadjuvantes, estrelou indies e até tentou ser cantora antes de ser reconhecida como a guerreira e criativa mãe do fofo Jack (Jacob Tremblay).
Cate Blanchett (Carol) - Quem não foi seduzido não viu Carol direito. Uma das maiores atrizes de sua geração, Blanchett oferece ao mundo mais um trabalho impecável como a dona de casa que escapa do casamento infeliz numa roadtrip com a crush que conheceu numa loja de departamentos.
Dolores Fonzi (Paulina) - A atriz argentina brilha como uma idealista jovem que larga pai, namorado e emprego para ser professora de alunos carentes numa pobre região interiorana. Certa noite, voltando para casa, é estuprada por um grupo.
Jennifer Jason Leigh (Anomalisa) - Única mulher entre Os Oito Odiados, Jennifer "fez a Scarlett Johansson" e entrou na lista das melhores atuações usando apenas a voz. Sua dublagem da insegura Lisa Hesselman é das coisas mais lindas de se ouvir.
Julianne Moore (Amor por Direito) - A má recepção em geral do filme acabou enfraquecendo o poder de Moore, mas sua interpretação de Laurel Hester, policial real que, mesmo doente, enfrentou dura batalha judicial pelo direito de deixar sua pensão para a esposa, é digna de nota.
Rooney Mara (Carol) - Mara mostra no olhar a transformação de Therese Belivet de jovem vendedora introspectiva sem grandes ambições a fotógrafa elegante, segura de si e dona de decisões firmes. Sua opção pela sutileza casa perfeitamente com a atuação exuberante de Blanchett e não existe coadjuvante no dueto de amor velado comandado por Todd Haynes.
Susan Sarandon (A Intrometida) - Às vezes Hollywood lembra que as mulheres envelhecem e surgem obras como A Intrometida, que coloca a zelosa Marnie Minervini (Sarandon) em foco. Com muito tempo livre e dinheiro sobrando desde que ficou viúva, ela tenta entrar na vida da filha, fazer novos amigos e afastar como pode a solidão. Com razão, afinal ainda tem muito a oferecer.
MELHOR ATOR EM FILME ESTRANGEIRO
Eddie Redmayne (A Garota Dinamarquesa) - Aclamado por A Teoria de Tudo, Redmayne continuou buscando personagens difíceis e abraçou um desafio duplo: viver Einar Wegener e Lili Elbe. E a complicada transição de gênero.
John Goodman (Rua Cloverfield, 10) - A sequência de Cloverfield que ninguém esperava tem Goodman em desempenho excepcional, boa parte do tempo baseado na ambiguidade. É vilão? É herói? É um desequibilibrado? Está apenas assustado? Brutal e sentimental, por vezes indecifrável, seu personagem é um dos grandes acertos do longa.
Leonardo DiCaprio (O Regresso) - Escapou do urso, se arrastou sozinho no frio em terreno acidentado, dormiu na carcaça, não descansou sem vingança, suportou tudo em silêncio, passou fome, passou sede, finalmente ganhou o Oscar.
Michael Fassbender (Steve Jobs) - O curioso roteiro de Aaron Sorkin em três atos demorou a sair do papel, mas encontrou um intérprete muito forte em Fassbender. Apesar de não ser parecido fisicamente com o empreendedor, ele transmite tão bem as inquietações do personagem que todo o resto vira detalhe.
Ricardo Darín (Truman) - O hermano favorito do público brasileiro faz rir de simpatia e chorar de emoção em uma história sobre amizade e despedida. Já não o vemos tanto quanto em outros tempos, mas o carisma segue intacto.
Ryan Reynolds (Deadpool) - Marcado negativamente pelo Lanterna Verde, Reynolds lutou bastante para conseguir estrelar o filme perfeito do Deadpool e conseguiu! Veio a volta por cima, o sucesso, o dinheiro, o poder e o sinal verde para muito mais Mercenário Tagarela pelos próximos anos. Sem filtros.
Samuel L. Jackson (Os Oito Odiados) - Marquis Warren é mais um marco da longa e sangrenta parceria do ator com o diretor Quentin Tarantino. Caprichado no sadismo.
Vincent Lindon (O Valor de um Homem) - Melhor ator de Cannes 2015, o sempre contido, sempre eficaz Lindon estrela como um segurança de supermercado oprimido pelo capitalismo que sofre por ter que repetir as ações brutais que, vindas de cima, acabaram com sua vida. Dominar sendo dominado.
Vote nos Melhores do AdoroCinema!