Rooney Mara achou apavorante contracenar com Cate Blanchett. Mas longe de ser um problema, o temor foi ótimo para as gravações de Carol. A revelação surgiu na nova edição da revista Interview, que contém uma entrevista com Rooney conduzida pela cantora St. Vincent, também conhecida como Annie Clark. Disse a atriz:
"Lembro da primeira que vi Cate, em Elizabeth. Acho que eu tinha 13 anos, fui ao cinema com minha mãe e fiquei 'OMG, quem é essa mulher?'. Ela é tão incrível. Foi bem fácil fingir estar apaixonada por ela. Cate é rápida, espirituosa, engraçada e muito confiante. É maravilhosa. Geralmente não é bom conhecer seu ídolo e trabalhar junto; pode ser decepcionante. Não foi o caso, absolutamente. Ela é muito diferente do que eu imaginava, mas para melhor, de certa maneira. Foi aterrorizante."
"O que te assustou?", perguntou St. Vincent.
"Apenas trabalhar com quem você considera o melhor do ramo. É assustador estar junto e contracenar."
Ao invés de tentar superar o sentimento, no entanto, Mara optou por utilizá-lo da melhor forma possível:
"Não tentei vencer o medo, porque era útil para a nossa dinâmica no filme. Segui em frente com ele."
Em Carol, dirigido por Todd Haynes, Rooney Mara interpreta Therese, vendedora que se apaixona à primeira vista por uma cliente, Carol (Blanchett). Therese é comprometida, Carol está se separando do marido, são os anos 50 e as coisas são complicadas, mas as duas decidem viajar juntas em busca de paz. Mara foi premiada como a melhor atriz do Festival de Cannes e o drama estreia no Brasil em 14 de janeiro.