10 anos sem Roberto Gómez Bolaños: Fracasso antes de Chaves, herança bilionária e mais curiosidades sobre um dos maiores ícones da TV
    Victor Viana
    Victor Viana
    -Redator
    Jornalista, curioso e sempre ligado em tudo o que acontece na TV. Um sonho? Ter o maior número de referências possíveis.
    Co-escrito com:
    Guilherme Rocha

    Ator faleceu em 2014 após sofrer uma parada cardíaca.

    Nesta quinta-feira, 28 de novembro, a morte de Roberto Gómez Bolaños completa 10 anos. Ator, comediante, escritor, protutor e roteirista, é uma das figuras mais importantes do México – e do Brasil também, por que não? Afinal, suas criações, Chaves e Chapolin Colorado, são consideradas verdadeiros ícones da nossa cultura e conquistaram uma legião de fãs!

    Chespirito, como também era conhecido o criador e intérprete do menino Chaves, faleceu aos 85 anos de idade. E pode-se dizer que ele fez um pouco de tudo nesta vida, o que ainda desperta muitas curiosidades sobre sua trajetória. A seguir, o AdoroCinema te conta algumas coisas sobre o saudoso comediante que você provavelmente ainda não sabe. Acompanhe!

    Divulgação/Televisa

    Bolaños herdou a veia artística do pai

    Nascido em 1929, Roberto Gómez Bolaños era filho da secretária bilíngue Elsa Bolaños Cacho de Gómez Linares e do pintor, cartunista e ilustrador Francisco Gómez Linares, que faleceu quando Roberto tinha apenas seis anos. Mesmo com pouco tempo de convivência, ele herdou a veia artística do pai, um amante das artes e um magnífico contador de piadas.

    Foi estudante de engenheira e boxeador

    Antes de se tornar um artista de prestígio, Bolaños chegou a estudar engenharia mecânica na Universidade Nacional Autônoma do México. A decisão foi tomada por influência dos seus tios, que eram da mesma área. No entanto, ele não chegou a se formar e nunca exerceu a profissão.

    Além disso, durante o ensino médio, foi boxeador amador – um dos seus grandes sonhos – e chegou a ganhar um campeonato, mas também não seguiu carreira no esporte.

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    Início da carreira foi "sem querer querendo"

    Na década de 1950, o jovem Roberto viu um anúncio no jornal e se inscreveu para uma vaga de aprendiz de produtor de rádio e televisão em uma agência de publicidade. Porém, ao chegar à agência, se deparou com uma enorme fila de outros jovens em busca do cargo.

    Ele, então, avistou uma fila bem menor, com apenas alguns meninos alinhados. Descobriu que se tratava da inscrição para outro cargo na agência: estagiário de redação. Mesmo que não fosse sua ideia original, ele decidiu se candidatar ao emprego... e o resto é história!

    Talento nato para escrever comédia

    Enquanto trabalhava na agência, descobriu sua paixão por escrever roteiros e histórias para o teatro. Aproveitou essa vontade de contar "causos" para produzir roteiros de comerciais que, mais do que simples anúncios, pareciam esquetes cômicas. Seu talento natural para a comédia logo foi direcionado à escrita para rádio e televisão.

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    O pequeno Shakespeare

    Com sua criatividade e versatilidade para contar histórias, Bolaños conquistou a admiração do cineasta Agustín Porfirio Delgado, que começou a chamá-lo de "Pequeno Shakespeare". A soma do sufixo "ito" - usado para formar diminutivos de palavras em espanhol - ao sobrenome de William Shakespeare, resultou em Shakespearito, que depois se tornou Chekispirito, até chegar em Chespirito, apelido pelo qual ficou conhecido internacionalmente.

    O sucesso de Chapolin Colorado e Chaves

    Depois de escrever e atuar em diversas produções da TV mexicana, a verdadeira notoriedade veio no início de 1970, quando Roberto Gómez, já com mais de 40 anos, lançou Chapolin Colorado, uma paródia de super-heróis gringos. O sucesso foi imediato (“Não contavam com a minha astúcia!”), mas outro personagem o superaria: Chaves, lançado em 1973.

    Divulgação/Televisa

    A saga dos personagens com "ch"

    Foi através do seu apelido que Roberto Gómez Bolaños achou um jeito de deixar uma marca registrada em todos os seus projetos. Por isso, vários de seus personagens começam com o dígrafo "ch", entre eles: Chaparrón Bonaparte, Dr. Chapatín, Chimoltrufia, Chiquinha, Chapolin Colorado, Chaves e Chompiras.

    A fortuna de Roberto Gómez Bolaños

    Chaves foi traduzido para mais de 50 idiomas, o que contribuiu para o aumento considerável da fortuna de Chespirito. Em 2014, no ano do seu falecimento, o jornal mexicano Diário Presente divulgou que a herança deixada pelo ator seria superior a R$ 1 bilhão.

    De acordo com dados da Forbes, entre 1992 e 2012, cada episódio de suas séries gerou uma arrecadação média de R$ 3,32 milhões. Com isso, estima-se que sua fortuna tenha alcançado aproximadamente R$ 1,788 bilhão em royalties. A herança foi dividida entre sua esposa Florinda Meza e seus seis filhos.

    Divulgação/Televisa

    Quantos filhos Roberto Bolaños tem?

    Não é novidade para ninguém que Chespirito foi casado com Florinda Meza, atriz que interpretou Dona Florinda no seriado Chaves, entre outros personagens. O romance começou em 1977, e os dois ficaram juntos até o fim da vida de Roberto Gómez Bolaños.

    Antes de Florinda, o autor e comediante foi casado com Graciela Fernandez Pierre, de 1956 até 1977. Os dois tiveram seis filhos juntos: Roberto Gómez Fernández, Marcela Gómez, Graciela Gómez, Teresa Gómez, Paulina Gómez e Cecilia Gómez. Bolaños não teve filhos como Florinda porque, antes de se envolver com a atriz, já havia feito uma vasectomia.

    Fracasso antes de Chapolin e Chaves

    Em 1968, Roberto Gómez Bolaños lançou a primeira série que escreveu e atuou, chamada O Cidadão Gómez (El ciudadano Gómez). Contando a história de um homem que havia perdido a memória, a série não conquistou a audiência esperada e foi cancelada após um piloto e 12 episódios. Mas, felizmente, ele teve tempo de virar o jogo, né?

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