Clint Eastwood fez alguns filmes excelentes ao longo de sua carreira, mas só ganhou o Oscar por dois deles. A primeira vez que recebeu a estatueta de Melhor Diretor foi por Os Imperdoáveis, em 1993. Ele teve que esperar 12 anos para que isso acontecesse novamente. Foi em 2005 que Eastwood ganhou seu segundo Oscar por um filme que, além de ser considerado um dos melhores do século 21, tem um final que abalou a todos nós.
Menina de Ouro chegou aos cinemas um ano antes e, com isso, Hollywood caiu aos seus pés. Eastwood dirigiu e co-estrelou o filme, que conta a história de Maggie Fitzgerald, uma jovem que quer se tornar uma boxeadora profissional. Para isso, ela conta com a ajuda do treinador veterano Frankie Dunn.
O filme explora não apenas a superação da personagem principal, mas também o vínculo que se desenvolve entre Maggie e Frankie (interpretados por Hilary Swank e Eastwood), que passa de mentor e aluna para algo semelhante ao de pai e filha.
O filme termina de forma trágica e abre o debate sobre a eutanásia. A protagonista fica tetraplégica durante uma luta importante e pede a Frankie uma morte digna. O momento do impacto no pescoço que a deixa paralisada foi parodiado em Todo Mundo em Pânico 4.
A Academia de Hollywood indicou o filme, roteirizado por Paul Haggis, para sete categorias no Oscar, no qual ganhou os prêmios de Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Atriz para Swank e Melhor Ator Coadjuvante para Morgan Freeman. Easwood também foi indicado ao prêmio de Melhor Ator, mas foi vencido por Jamie Foxx por seu papel como Ray Charles em Ray.
O título foi incluído nas listas dos melhores filmes dos anos 2000 e do século 21, e Roger Ebert, um conhecido crítico de cinema, descreveu-o como a “obra-prima” de Eastwood. O filme também foi um sucesso de bilheteria: com um orçamento de 30 milhões de dólares, arrecadou mais de 216 milhões em todo o mundo.
Menina de Ouro está disponível na HBO Max.
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