Entre os dramas intimistas de Allen, como Interiores, September, e outros, este é o meu favorito. Podemos perceber várias características do diretor, o que torna a obra bem autoral, sem derivações. A atriz principal é magnífica e o seu desempenho no papel é um dos principais responsáveis pela nossa identificação com os acontecimentos.
É um grande filme, mas sendo de quem é, esperava muito mais. Na verdade, é um dos que menos gosto do diretor (ironicamente bem premiado). Para mim faltou o estilo e a subversão do Scorsese.
Impressionante o trabalho cooperativo de roteiro e montagem. A história real, desprovida de um set up que justificasse a narração linear do acontecimento, é adaptada de uma maneira que cria um enigma sobre o que vai acontecer com o herói. Dessa forma, temos um 'baseado em fatos reais' que foge dos clichês dramáticos e apelativos desse tipo de história e propõe uma reflexão sobre justiça.
O filme falha quando impõe alguns recursos ...
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Woody Allen constrói um personagem interessante, que desprezamos totalmente mas simpatizamos e sentimos pena por ele. Algumas escolhas de rumo da história podem ser decepcionantes, mas o balanço é positivo, quando colocamos outros atributos na conta, como a trilha sonora, fotografia e design de produção.
Grotesco, divertido, bizarro, criativo, farofeiro... você pode amar ou odiar, depende do seu humor no dia que for assistir.
Sem dúvidas, os maiores atributos desse filme são a direção e as atuações. McQueen tem lapsos de genialidade em seus planos e movimentos criativos de câmera, que nos encanta em algumas cenas e surpreende em outras. O elenco (principalmente Viola Davis, Daniel Kaluuya e Cynthia) é excepcional, percebe-se o talento e a entrega.
O roteiro também é muito bom, desenvolve muito bem os personagens e tem escolhas de revelação de fatos que ...
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Este filme contém duas características clássicas de Spielberg: a perfeição técnica e a pieguisse sem fim. Do restante, temos uma boa história (aliás, duas) que se segura bem em 2h10 de apenas diálogo.
Gosto do roteiro que faz crítica dura ao casamento e à religião, sem soar forçado, apenas demonstrando isso em ações cotidianas. Três casais isolados em uma casa é o cenário perfeito para Woody Allen desfrutar de seu maior interesse: o adultério.
Eu confesso que gostaria de ter continuado a ver para onde iria a história, mesmo depois de 2h25 de filme. Por isso, não gostei do corte final. Mas o restante do filme é perfeito. Roteiro incrível, uma história coesa com dilemas morais e diálogos que questionam o nosso julgamento. Direção também exemplar, muito eficiente em causar tensão e me deixou ansioso o filme todo. Fotografia, atuações, trilha sonora... tudo de alto nível.
Uma série de curtas... uns são bem bons, outros massantes. Não é meu tipo de narrativa favorita, mas a performance dos irmãos diretores nunca decepciona e novamente entregam um show de estilo e personalidade.
O filme é tecnicamente bem feito e visualmente incrível como sempre e os elogios param por ai. O denso roteiro quer nos contar muitos acontecimentos.e decide fazer isso da pior forma: fazendo os personagens falar. Então temos uma narrativa que, além de ser cansativa, muitas vezes perde o seu foco. Quem é fã dos livros de Harry Potter entende que é preciso contextualizar o grande clímax que será o duelo Dumbledore x Grindelwald e também ...
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Tecnicamente bem feito e de boas intenções, falha no texto com a história fraca, sem peso dramático, caracterizações bizarras e frases de efeito bregas.
Adorei o contexto e a situação criada no cenário improvável. Muito competente na hora de criar tensão e a violência está na medida certa, sem apelar para o gore. Tecnicamente falando, o autor comete umas besteiras amadoras, tanto na direção, quanto no roteiro, mas sem comprometer a história.
Vale muito mais pelas firulas visuais do diretor do que pela história em si, que vamos combinar, não tem absolutamente nada a dizer ou mostrar.
Chazelle é talento puro. Teria sido muito fácil encher a tela de pirotecnia visual para nos mostrar o espaço em toda sua infinita beleza, chegar na lua e esperar a usa flag... mas ele decidi nos colocar dentro dos testes, simulações e das naves, nos faz sentir na pele o sofrimento de decolar. Nos mostra como é exigido muito do astronauta para superar a barreira da dor, do calor, dos limites da mente e do corpo humano. E por fora, consegue ...
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Uma grande direção, um bom roteiro e mais de uma incrível atuação, faz desse Thriller pouco falado de Scorsese, um dos melhores do cinema, por sua tensão e tenebrosidade. Só falha no exagero dos "poderes" do vilão, dando várias soluções simples, mas fora da realidade, para o sucesso dos seus planos.
O formato que se aproxima de um documentário funciona muito bem por poder explorar profundamente o tema muito interessante, no entanto, faz carecer de mais momentos emocionantes, como a explosão do personagem de Ruffalo. Fora isso, é perfeito.
Se comparar o desenvolvimento do filme com o túnel dos crooks, diria que é exatamente igual. Começa bem, parece que está dando certo, mas acaba na loja de ferragens.
Algumas boas cenas de ação não salva o filme do roteiro raso e dos personagens sem desenvolvimento (principalmente o protagonista). Apesar disso, as já citadas cenas de ação e a tevelação final entretém.
Tem seus momentos engraçados, mas aqui o diretor não acerta o tom entre fantasia, melodrama e comedia e não é o mais inspirado de seus roteiros.
Grande atuação de Jim Carrey, muito superior a outros aspectos do filme, como o roteiro que inicia bem, mas se perde no desenrolar e fica apressado demais no ato final.
Após um primeiro ato instigante, enérgico e impactante, a narrativa tem uma queda abrupta desse vigor durante as investigações, o que torna o filme um pouco murcho no seu desenrolar, porém quando o cartunista começa a investigar o caso, voltamos a ficar vidrados no que está acontecendo em tela, criando atmosfera, tensão e mistério. Ponto positivo para as atuações centrais, a direção e fotografia.
O apuro visual técnico e a trilha sonora são os destaques do filme, enquanto o roteiro, que apesar de acertar na comédia com uma ironia fina e provocações, peca no drama, não tendo desenvolvimento e identificação com os personagens.
Uma atuação impressionante, uma direção autêntica, um roteiro consistente e um final perfeito. Nada mais que uma obra prima.
Fiquei vislumbrado com a direção. Soube criar atmosfera, tem ótimas referências, mistério, tensão. Fotografia, iluminação e enquadramentos igualmente incríveis. Feliz por se tratar de um filme nacional. Infelizmente, há várias inconscistencias no roteiro, como algumas situações bem forçadas e convenientes. Não vou comentar do CGI pois ter esse recurso em filme nacional já é difícil, esperar que seja de qualidade Hollywoodiana é ...
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Como a expectativa era alta, não posso deixar de dizer que foi uma decepção. Apesar de ser muito engraçado e cumprir com a função de entretenimento, Deadpool 2 não é uma continuação à altura de seu antecessor. Faltou criatividade e ousadia nas cenas de ação, assim como subversão e intensidade no roteiro. Fica a sensação de que o filme foi uma grande precipitação.
O material fonte é excelente e o elenco é muito bom. Pena que a direção de Meirelles não foi tão inspirada quanto Cidade de Deus e o roteiro poderia ter sido melhor adaptado. Não acrescenta nada para a obra original mas também não compromete.
Tem seus momentos de diversão e entretenimento, mas em geral, não passa de uma ação pífia, com humor de muito mau gosto e um roteiro muito apressado. Pelo menos é consciente de sua farofada e abraça a galhofa.
Se a beleza americana é uma flor bonita, porém sem cheiro e espinhos, o filme beleza americana é uma real e bela rosa. Pois além da bela fotografia e grandes atuações, temos um espetacular roteiro que aborda o conceito de superficialidade de maneira cru, realista e profunda, tornando impossível não se identificar com pelo menos algumas das facetas dos personagens e refletir em sua vida tudo aquilo que acabou de ver.
A maior virtude deste filme é o roteiro, que nos apresenta a história sem nos revelar os fatos primordiais, ficando para nós o dever de decifrar, até que se revele, quem fala a verdade e quem tem a razão. Esse artifício mostra muito sobre nossa construção social em relação ao machismo. Os personagens são complexos e bem desenvolvidos, destaque para as grandes atuações. O ritmo do filme pode ser considerado lento, mas é ...
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Por vezes reflexivo, por vezes engraçado, não há um momento chave para o filme. Sem uma narrativa convencional, mais parece uma série de esquetes com os textos inflamados de um artista europeu, que como sempre, adora ditar o papel da arte sobre a cultura, política e economia. Não é uma catástrofe pois conta com 13 incríveis atuações de Blanchett.
Se existisse o conceito de "video album", este seria um grande exemplar do formato. Pois, além das belas animações e composições visuais, o que resta não é cinema. Não há dramaturgia, não há narrativa, desenvolvimento de personagem. Parece mesmo um extenso videoclipe.
Salvo alguns momentos engraçados, é uma comédia e um drama sem muita inspiração. Ponto baixo na filmografia de Woody Allen.
Fotografia, trilha sonora, movimento de câmera, planos detalhe, voiceover... tudo perfeitamente orquestrado para simular um verdadeiro espiral de loucura.
O capítulo final da saga é superior ao seu antecessor, porém repete as mesmas falhas de narrativa dele. Não é o fim que poderia ter tido e também não é tão ruim quanto poderia ter sido.