O clima de tensão e suspense que permeia o filme todo é a principal qualidade, pois é muito bem dirigido por Nolan. Fotografia, música, as atuações e a forma sutil com que o roteiro vai entregando as pistas nos mantém atentos e interessados na trama. Talvez a questão da insônia pudesse ter sido melhor explorada, visualmente. Ela tem seu peso na história, mas não a ponto de ser o nome do filme. Em Memento, por exemplo, sentimos o ...
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O filme parece uma grande caixa de lego que entregaram para a criançada fazer o que elas quiserem. Não há limites para a zoeira e inventidade aqui, se tira sarro de tudo: industria do cinema, industria da música, franquias famosas, atores consagrados, bandas alternativas... Claro que não é uma obra prima, a mensagem bonitinha funciona para as crianças mas são várias referências que elas não vão entender. Um bom entretenimento, ...
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O roteirista tinha uma excelente história em mãos. Apesar de ser uma ficção, o absurdo que acontece nessa trama é real e pode ser confirmado na história que serviu de base para Big Eyes, de Tim Burton. Mas infelizmente o roteiro não consegue extrair toda a força que o conflito poderia render. Temos pelo menos três grandes facilitações narrativas e alguns momentos bem piegas que destoam da imagem sotisficada que o filme tenta ...
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Um filme cru, que não se preocupa em explorar técnicas de cinema, mas sim em desenrolar as ideias do roteiro, que essencialmente questiona o que é moralmente correto. Furtos, trambiques, esquemas... todas as atitudes imorais são conversadas abertamente entre a família, inclusive passado às crianças. Mas esse estilo de vida garante a comida na mesa e a felicidade da família composta por personagens carismáticos e humildes. Então nossa ...
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Mais do que biografar a vida de Van Gogh, o filme quer nos passar sensações.
A primeira sensação forte que senti foi durante o primeiro ato, enquanto o pintor interagia com a natureza. Os planos de câmera, as cores vibrantes, a música e a atuação me fizeram sentir o contato profundo que Van Gogh tinha com a natureza.
Quando a câmera passa a ser os olhos do personagem, novas sensações são estimuladas. Passamos a enxergar tudo pelo ...
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A personagem principal, encantadora e espirituosa, as sequencias de ação empolgantes e a criação de mundo criativa e autêntica seguram o roteiro que é convencional, evasivo e que deixa muitas pontas soltas para uma continuação. 3Desnecessario.
Filme cheio de cantos escuros a serem explorados. Superficialmente podemos dizer que é o embate ciência vs. religião que nega o aquecimento global. Mas o roteiro vai muito além disso e de forma bem sutil, que somente após revisitação e com a devida contextualização é possível captar as reflexões sobre a loucura humana e o desejo de ser mártir. Mérito do Schrader, que é um ótimo escritor, mas que como diretor falta força. O ritmo ...
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O filme cumpre o papel de reportar o que foi a história real da escritora em forjar cartas de artistas falecidos. Mas não me envolveu quando tentou sair disso, ao mostrar o reencontro de uma artista em queda com a valorização da sua arte. Os aspectos técnicos são aceitaveis, as atuações são boas e o roteiro cai em algumas convenções.
É compreensível a indicação do diretor ao Oscar. O cara não somente compõe cenas belíssimas, com estética apurada, mas cria com suas imagens e com os personagens sofridos, um ambiente realmente frio. A música também é muito bem trabalhada e é um dos elementos contrastantes com a frigidez da atmosfera do filme. O outro elemento seria o romance entre os dois personagens que, não por culpa dos atores que são ótimos, mas pelo roteiro, ...
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Um filme de dois pesos e duas medidas. Se por um lado sentimos ojeriza pelo personagem principal, não vemos lógica em suas reflexões absurdas sobre arte e morte e sentimos repulsa pelo comportamento hostil do serial killer, por outro vemos que toda a questão técnica, visual e roteiro são de extrema qualidade e, originalidade.
Nunca vi a prequela, mas não é exatamente necessário. Color of Money funciona por si só e é muito gostoso de assistir. Scorsese cria bem os ambientes internos de bares, sendo os personagens secundários que participam das jogatinas muito interessantes, o bilhar, as bebidas, cigarro... Todos os elementos envoltos pela estética e estilo próprio do diretor, que aguça nossa vontade de participar desses ambientes. O trio principal funciona ...
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Com sua técnica, primor e estilo, Scorsese mostra seu lado sensível e prova que, além de subverter, ele também sabe encantar.
Inicialmente, você pode achar que as consequências causadas pelo motivo bobo do início da briga são absurdas e não condiz com a realidade. Mas se você contextualizar e analisar de que povos estamos falando, perceberá que jogar água pela calha é abrir uma ferida que desencadeia ódio e rancor de séculos de história. O filme explora esse contexto muito bem e escancara esse ódio velado que existe naquele país. O roteiro só não vai bem ...
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Apesar de bem intencionado, o filme sofre com os arcos secundários que não são bem desenvolvidos, com os clichês e exageros de alguns personagens e pelo seu clima Globo Filmes, que deixa tudo um pouco superficial. O personagem principal é interessante e poderia ser bem mais trabalhado. Já vi interpretações de Alzheimer muito mais convincentes e emocionantes.
Filme socialmente importante e que sabe ir além disso. A visão expressa do lado dos ocupantes que são julgados pelo país inteiro na internet, alimenta o debate sobre a crise habitacional. E esse assunto sério se torna mais palatável ao mostrar situações cotidianas que acontecem com todos e humanizar os personagens, com atuações que chegam a impressionar. Seu defeito está em algumas explorações rasas de personagens, cenas com ...
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Tarantino abre a tampa do seu caldeirão de referências e mistura western, rap, drama, ação, suspense, tudo milimetricamente dosado em torno do seu estilo único, seus diálogos eloquentes e grandes atuações.
A versão feminina de Barry Lyndon. A ambientação e o tema central "Ascensão Social" rende muitas comparações. Como o de Kubrick, tecnicamente o filme é impecável. Direção, fotografia, design de produção, trilha sonora (QUE TRILHA SONORA!), design de som é simplesmente arte, em conceito e estética. O que contrasta positivamente com o tom vulgar que o roteiro assume e que acaba se tornando um bem vindo humor. Esta é uma diferença ...
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Dentre os filmes com a temática racista de 2018, este é o que menos me impactou, mas ainda assim é bom. Bom porque o roteiro é competente em abordar os becos sem saída da discussão sobre o preconceito e sabe como inspirar as pessoas a se levantar e fazer alguma coisa sobre o racismo. Mas a história, talvez por ser adaptada de um y.a, tende a ser rasa em diversos aspectos e ter vários relacionamentos que não são aprofundados. Essa ...
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Eu esperava ver contos com mais elementos compartilhados entre eles do que apenas a ambientação. São 3 grandes diretores que já retratam Nova York e todos tem influência italiana em seus filmes, então fiquei na expectativa de mais coesão. Mas na verdade temos uma história profunda e subversiva de Scorsese que é bem dirigida e tem um bom roteiro, um conto bobo, porém esteticamente belo do Copolla e uma viajada total de Woody Allen, que ...
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Exaltar essa obra-prima é redundante. Temos um roteiro expecional que abrange uma variedade de temas e explora as camadas mais controversas da psiquê humana, sendo ousado e autêntico nos elementos da trama, que é conduzida com reviravoltas sutis para nos instigar a tentar adivinhar para onde as coisas estão rumando. A direção é primorosa tecnica e objetivamente. Hitchcock sabia criar tensão e fazia um uso virtuoso de imagens, seus ...
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Baby steps do Scorsese. Consigo identificar tudo aqui: o plot de raging bull, o estilo e os personagens de goodfellas, a atmosfera de taxi driver.. Claro que menos apurado e conciso. Mas mesmo assim, um filme empolgante, bem dirigido e bem atuado.
A montagem não linear é muito eficiente em nos manter envolvidos na história, nos forçando a querer adivinhar o final e tentar traçar o rumo dos acontecimentos. Às vezes é fácil de acertar, outras não chegamos perto disso. Essa sensibilidade na narrativa, junto com as 3 impressionantes atuações nos momentos grandiosos, são a parte forte do filme, diferente de outros aspectos da modesta direção.
Meu filme.de boxe favorito. Justamente porque o boxe aqui não é o tema central. O conflito real acontece fora dos ringues, quando esse incrível e detestável personagem lida com sua vida social, pois o apetite pela destruição não se limita ao boxe. Ele leva para casa e qualquer outro lugar a sua sede corrosiva e autodestrutiva.
Se o sinal de uma boa atuação for causar espasmos de ódio e raiva por suas atitudes, Robert de Niro merece ...
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Muito interessante a dinâmica estabelecida com a inversão dos papéis na sociedade. Geralmente o negro é mostrado sempre como serviçal/funcionário em filmes que retratam o racismo e nunca como chefe. Mas em Green Book, que se passa no início da década de 60, auge do apart-heid, é o branco quem é contratado por um negro. Os contrastes que essa situação nos permite enxergar são chocantes, como a diferença entre os hotéis designados ...
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A casa é acolhedora e sempre tem espaço para mais um entrar, assim como o coração da mãe. E ambas estão com uma rachadura, que a qualquer momento pode fazer desmoronar, basta sofrer uma colisão.
Com essa singela metáfora, o filme resume o seu simples porém belo e verdadeiro roteiro. O nível de realidade aqui é muito alto. São pessoas comuns de uma típica família brasileira, passando pelos desafios cotidianos: burocracia, dinheiro, ...
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Podemos chamar Bandersnatch de inovador? Não sei, já vimos esse tipo de narrativa com liberdade de escolha antes... mas mesmo assim, esta se diferencia das outras pela impresibilidade que os roteiros de Black Mirror costumam ter. Dependendo de suas escolhas, você pode entrar em um terreno psicodélico, ou em um drama pesado, ou um momento trash e até formas diferentes de quebrar a quarta parede. A brincadeira é interessante e eu consegui ...
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O estreante diretor sabe causar uma boa impressão. Não poupou o uso das suas habilidades em imagens, som e ritmo. Temos uma obra que é puro estilo, beleza, técnica e irreverência. O uso do rap como expressão de ideias, como se fosse um musical, é muito assertivo pois dá um caráter cultural muito forte para o filme e ajuda a construir a cena mais "turn down for what" do cinema. Além disso, o cara soube dosar muito bem o tom da trama, ...
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Desde Inside Out eu não fico empolgado com uma animação. Essa vem para subir um degrau no nível desse tipo de produção, porque criatividade e esmero é o que não falta. A construção urbana, a utilização de recursos narrativos típicos de quadrinhos e o estilo original de desenho são alguns exemplos do que quero dizer quando digo que essa animação eleva o patamar. Além disso temos um roteiro simples, mas que nos apresenta ...
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O filme menos Tarantinesco do diretor. A estilização visual, a ultra violência, a linearidade e os característicos diálogos estão presentes aqui, porém em dose moderada. Mas isso não é ruim, necessariamente. Jackie Brown é um filmaço. Conta com personagens interessantes e ótimas atuações, roteiro inteligente e uma bela trilha sonora, que dá uma vibe única para o filme e ajuda a contar um pouco mais dos personagens.
Como é satisfatório poder consumir algo criado com tanto esmero e poder identificar todos os elementos que contribuem para o nascimento de uma obra prima: roteiro ousado e misterioso, takes construídos perfeitamente para causar uma sensação/passar uma mensagem, trilha sonora poderosa e precisa, beleza estética, atmosfera, agonia, surpresa...
Eu achei interessante fazer comparações de épocas, em cenas como o do almirante que dispara o canhão e a de entrar em um mundo de desenhos. Em ambos os filmes se percebe o esmero na execução dos aspectos visuais do cinema. Esse é inferior ao clássico por dois motivos: as músicas não são empolgantes. Este é um problema que também existe no primeiro filme, porém menos acentuados. E o outro motivo é o roteiro, que perdeu o elemento ...
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Clássicos podem ser questionados? Olhando daqui de 2018, os efeitos são risíveis, o que o torna datado. No entanto, fotografia e design de produção são espetaculares. Gosto do tom reflexivo do roteiro, acho que a forma sutil em que são colocadas as críticas contribue muito para dar profundidade à trama, que por ser muito infantil, pode se tornar desinteressante e até cansativa.
Só fico pensando o motivo desse filme, visto que um live action de Mogli foi feito 2 anos atrás... contar um outro lado da história? Eu nunca li o livro, mas não gostei da trama nesse filme. Tanto animações quanto histórias, da Disney é melhor.
Sempre bom assistir uma obra autoral. Alfonso Cuaron faz uma obra com sua assinatura em todos os aspectos. Vemos a maneira crua e realista que ele retrata o tempo e o espaço do seu passado, com um saudosismo que chega a encantar, mesmo sendo tempos difíceis. Também temos a oportunidade de ver fotografia, direção de câmera, mise-en-scene bem peculiares, cenas muito belas e criativas. Vemos pequenas críticas, expressão de sentimentos e pelo ...
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Temos aqui um clássico dos filmes de herói: efeitos visuais incríveis, construção de mundo impressionante, um show para os olhos... mas que falha no roteiro, por ser uma história muito genérica, que escolhe se arrastar no meio do filme e depois tenta resolver tudo às pressas.