A Universal vacilou feio no lançamento de Jason Bourne na China. Como o território chinês possui mais de 30 mil salas 3D (cerca de 80% do total), o estúdio lançou uma versão especial com a tecnologia para o mercado chinês — ignorando por completo a edição frenética do thriller e o estilo de filmagem com câmera na mão de Paul Greengrass. Resultado: muitas pessoas alegam ter passado mal durante a sessão 3D do filme.
"Eu realmente me senti mal nas cenas de luta ao assisti-lo em 3D", postou um usuário na Weibo, grande rede social chinesa: "Parecia um filme de baixo orçamento. Vou ter que ver de novo em 2D", completou o espectador. A reclamação se proliferou e a repercussão de Jason Bourne no país se tornou negativa, dada a má combinação da tecnologia com a forma da obra. Os espectadores alegam ter sentido tontura e náuseas, informa o THR.
Uma pena, pois Jason Bourne estreou na terça-feira com impressionantes US$11,8 milhões de arrecadação. Ao fim do terceiro dia de exibição, a soma do thriller de espionagem seria de US$25,1 milhões — um número ótimo, porém descendente. Para refrear essa queda, a Universal se manifestou dizendo que trabalha para oferecer mais salas 2D e, assim, "atender às necessidades do público".
Jason Bourne tem US$142 milhões nas bilheterias norte-americanas, que é a pior dentre todos os filmes da franquia estrelados por Matt Damon (com o ajuste da inflação). Isso torna a arrecadação mundial do longa-metragem ainda mais importante. Que a Universal resolva esse problema de exibição e, consequentemente, de bilheteria.