Em Pixels, que acaba de chegar aos cinemas, seres alienígenas em formato de jogos de videogames clássicos dos anos 1980 invadem a Terra, destruindo tudo o que encontram pelo caminho. E como eles fazem isso? “Pixelando” o que encontram pela frente.
Entre as “vítimas” dos ET´s estão o Monumento a Washington (Estados Unidos) e o palácio do Taj Mahal (Índia). Estaria também a Muralha da China. Estaria. De acordo com uma matéria da agência Reuters do Reino Unido, a partir dos documentos vazados da Sony no ataque hacker de norte-coreanos no ano passado, o representante do estúdio no país, Li Chow, em um email de dezembro de 2013, comentou:
“Mesmo que a ideia de abrir um buraco na Muralha da China não seja exatamente um problema, já que [o ataque extraterrestre] trata-se de um fenômeno mundial, é desnecessário, porque também não ajudará em nada o lançamento na China. Então, eu recomendaria que isso não fosse feito”.
A empresa teria chegado a discutir a possibilidade de uma versão especial para o país oriental, mas Steven O’Dell, responsável pelos lançamentos internacionais da Sony, foi contra a ideia, que, segundo ele, atrairia muita atenção da imprensa – negativamente, claro.
A decisão do estúdio serve, em última análise, para ratificar a importância do mercado chinês para Hollywood em termos comerciais hoje em dia. Haja visto o caso de Transformers: A Era da Extinção. Em 2014, a faraônica produção de Michael Bay foi o filme de maior bilheteria no mundo – o único do ano a ultrapassar a marca de US$ 1 bilhão arrecadados. Desse montante, os EUA contribuíram com cerca de US$ 246 milhões (22% do total), enquanto, na China, o filme fez US$ 320 mi, ou 29% do total.