Lançado em 1989, Tempo de Glória, que conta a história real do primeiro regimento de soldados negros durante a Guerra Civil Americana, é uma obra notável premiada com três Oscars, incluindo o de Melhor Ator Coadjuvante para Denzel Washington. Entretanto, foi um filme foi muito difícil para Edward Zwick dirigir devido ao comportamento de Matthew Broderick e da mãe dele.
Em seu livro Hits, Flops, and Other Illusions: My Fortysomething Years in Hollywood, publicado no início deste ano, Zwick fala sobre como Broderick e sua mãe Patricia colocaram obstáculos durante as filmagens de Tempo de Glória. Os pontos de discórdia foram o roteiro, que totalmente reescrito após exibição privada do filme, e o tempo de tela de Broderick no papel do coronel Robert Gould Shaw, que foi considerado insuficiente.
“Foi tão traumático para mim”, disse Edward Zwick ao The Daily Beast. “Desde o momento em que nos conhecemos, Patricia Broderick foi desdenhosa, humilhante e volátil. Ela foi implacável em suas críticas e eu lutei com ela a cada passo, fazendo o meu melhor para ignorar suas grosserias e insultos.”
Matthew, que “permaneceu em um silêncio opaco” durante as explosões veementes de sua mãe, também tem sua parcela de culpa na história, segundo o diretor. Descrevendo sua colaboração com o ator como “o teatro da crueldade”, o que Zwick narra em seu livro é “um relato nítido da merda que Broderick fez” e que filmar com ele foi, segundo comentários relatados pelo The Guardian , “como um pesadelo do qual não vamos acordar”.
Edward Zwick não guarda rancor de Matthew Broderick
No entanto, mais de três décadas após o lançamento de Tempo de Glória, Edward Zwick afirma não sentir mais raiva e ter perdoado Matthew Broderick, que lhe pediu desculpas. “Matthew passou por um momento difícil na vida”, diz o cineasta, referindo-se à morte do pai do ator.
“Ele também se tornou uma estrela com Curtindo a Vida Adoidado. As pessoas não entendem como é quando esse tipo de responsabilidade é colocada na cabeça de um jovem de 24 anos. E não tenho certeza se elas querem isso. Uma estrela de cinema está sempre rodeada de pessoas que lhe sussurram o que ela deveria fazer, quem ela deveria ser e com quem deveria trabalhar”, continua o diretor.
Questionado pelo The Daily Beast, o agente de Matthew Broderick indicou que ele não tinha comentários a fazer sobre os relatos feitos por Zwick. “Embora as lembranças possam variar sobre o que aconteceu há tantos ano, acho desconcertante e triste que um diretor com uma carreira tão bem-sucedida se entregue a tanta maldade para vender alguns livros”, aborda.
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