O Quinto Elemento é um dos filmes de ficção científica mais divertidos e inventivos já feitos. Uma joia do gênero, o projeto impactou o cinema a ponto de manter sua relevância décadas após o lançamento.
Luc Besson moldou cuidadosamente esta aventura a partir de uma história que escreveu quando tinha 16 anos, mas acontece que há quem queira reivindicar a autoria de O Quinto Elemento. Especificamente, Alejandro Jodorowsky e Jean Giraud – também conhecido como Moebius – processaram o realizador francês em cerca de 23 milhões de euros, acusando-o de ter plagiado a sua ideia.
Gaumont Film Company
O diretor cresceu consumindo as obras da dupla e se apaixonou pelos cenários, histórias e aventuras em mundos distópicos futuristas. Quando O Quinto Elemento se tornou uma realidade pela Warner Bros, o estúdio deu sinal verde para que ele criasse o seu próprio universo. Nesse momento, Besson convocou Mézières e Moebius para um grupo com mais de 5 artistas responsáveis pelas principais ideias do projeto.
7 ilustradores trabalharam durante um ano em mais de 8.000 desenhos para desenhar no que seria o mundo imaginário do filme, mas a produção parou quando um protagonista não foi encontrado e ainda levaria vários anos até que a maquinaria começasse a girar novamente.
A obra de Moebius sem Moebius
Quando O Quinto Elemento voltou à produção, o universo que Moebius e Mézières haviam criado ganhou vida, só que eles não estavam mais envolvidos e possivelmente foi daí que surgiu o mal-entendido - bem, mais ou menos. Jean Giraud - nome verdadeiro do artista - e Alejandro Jodorowsky decidiram processar Luc Besson por plágio, alegando que ele se baseou na história em quadrinhos que criaram juntos, intitulada O Incal.
Pediram 13,1 milhões de euros por concorrência desleal, 9 milhões de indenização e juros e entre 2 e 5% das receitas de exploração do filme. Além disso, Jodorowsky também pediu 700 mil euros. Porém, a acusação não foi muito longe.
Hoje à noite no streaming: Este filme de ficção científica tem um final extremamente polêmico (e é preciso ver para acreditar)Em 2004, o Supremo Tribunal decidiu a favor de Luc Besson, considerando que as reivindicações dos demandantes se baseavam apenas "em pequenos fragmentos da obra" desenhada. Ele também levou em consideração que Moebius havia trabalhado no filme sob a égide da Warner Bros. e, portanto, foi um trabalho que ele fez para eles.
Besson, que tinha pedido 100 mil euros de indemnização por procedimento abusivo, também ficou a zero, mas foi autor de uma obra-chave de ficção científica.
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