Sinopse:
Lily Bloom decide começar uma nova vida em Boston e tentar abrir o seu próprio negócio. Como consequência de sua mudança de vida, Lily acredita que encontrou o amor verdadeiro com Ryle, um charmoso neurocirurgião.
Crítica:
"É Assim Que Acaba" apresenta uma narrativa que, apesar de suas intenções dramáticas, acaba se perdendo em uma série de clichés e escolhas questionáveis. A história de Lily Bloom, que busca recomeçar em Boston, é recheada de momentos previsíveis que fazem com que o enredo pareça arrastado e pouco autêntico.
Desde o princípio, o filme peca por apresentar personagens que falham em se desenvolver de maneira convincente. A relação entre Lily e Ryle, embora inicialmente pareça cheia de promessas, rapidamente se transforma em um roteiro que se repete, explorando sem profundidade os temas do amor problemático e da esperança mal direcionada. A dinâmica dos personagens não tem a nuance necessária para tornar a evolução do relacionamento pertinente ou emocionante, resultando em diálogos que soam forçados e situações que parecem apenas cumprir uma fórmula.
Além disso, as questões sérias abordadas no filme, como violência e suas consequências emocionais, são tratadas de forma superficial e sem o devido peso. O filme parece mais preocupado em manter um ritmo que segure a atenção do público do que em desenvolver uma reflexão autêntica sobre os desafios enfrentados pelas mulheres em relacionamentos abusivos. Ao final, as lições que Lily aprende não têm a profundidade esperada e podem até deixar uma sensação de insatisfação no espectador.
A produção visual e a trilha sonora, que poderiam servir para amplificar a emoção da história, acabam se tornando meros adereços, sem contribuir significativamente para a experiência geral. Em resumo, "É Assim Que Acaba" é um filme que promete um romance arrebatador, mas entrega uma narrativa clichê e personagens rasos, deixando o espectador com a impressão de que poderia ter explorado muito mais. A tentativa de abordar questões relevantes é elogiável, mas a execução falha em criar uma conexão emocional real, o que é fundamental para um drama que busca impactar.