Já quase para sair a terceira temporada e finalizo as duas temporadas desta série espanhola que é considerada pelos críticos como uma das melhores de 2018. Claro, fez muito sucesso, burburinho virtual, a trilha sonora estourou nas paradas, e até quem nunca ouviu falar de Salvador Dali, acabou se fantasiando com sua face. A qualidade do trabalho de uma série não produzida nos EUA não é novidade se ampliarmos nossa visão para produções de bollywood, tupiniquins, ou europeias. Recentemente o filme de suspense O Bar, também latino, dá um show de qualidade de interpretação e roteiro. Aqui a grande sacada é o roteiro, super criativo e com ótimos diálogos, subtramas e pontuações dramáticas. Dai seguimos para a edição que ajuda no suspense, mesmo que a série seja entregue de uma vez pela Netflix, o Cliffhanger sempre é muito bem colocado para que o expectador queira maratonar a série. O elenco principal possui ótimo trabalho de interpretação, destacando Úrsula Corberó, Alba Flores, Pedro Alonso, Álvaro Morte e Itziar Ituño. Também voltando ao lado técnico, a fotografia e figurino são muito bem escolhidos e a paleta de cores muito equilibrada entre tons quentes e frios o que não torna as cenas cansativas visualmente. Mas, como nem tudo são flores, o que pecou na série primeiro foram alguns erros grosseiros de continuidade (basta ver no youtube vídeos delatando momentos de erros tolos que poderiam ter sido corrigidos). Também a disposição dos episódios ficou confuso. Não se sabe ao certo (isso inclui o próprio AdoroCinema, quantos episódios houve no primeiro ano e quantos no segundo, cada site conta de um jeito. O fim do último episódio deixou a desejar no fechamento das histórias de alguns personagens. Tomada que seja mais um Cliffhanger que possa ser explicado no terceiro ano e não seja esquecido pelo roteiro. Fora isso, ressalto a qualidade desta série, especialmente pela história bem contada.