Críticas dos usuários
Críticas da imprensa
Média
4,6
3047 notas
Você assistiu Bates Motel ?
Crítica da 1 temporada
4,0
Enviada em 25 de janeiro de 2015
Uma 1° Temporada de caur o queixo! uma série completa, que assusta e tras sencações de interminaveis seções de tortura ao telespectador, claro no sentido de não sair de frente da tela até o final! estrelando a estupenda Vera Farmiga! Uma serie TOP!!!!!
Crítica da 5 temporada
4,5
Enviada em 7 de junho de 2017
Temporada show! Atuações fantásticas de todo o elenco, roteiro um pouco confuso, mas é bom, fotografia linda, trilha sonora inesquecível, digna do clássico Psicose, uma serie de terror que finaliza com chave de ouro.
Crítica da 1 temporada
4,0
Enviada em 6 de julho de 2016
Bem envolvente, bons atores e uma trama bem trabalhada. O clima de suspense é muito bem construído. Recomendo!
Crítica da 2 temporada
4,0
Enviada em 6 de julho de 2016
O grande destaque é o elenco, muito bom. A história é cheia de mistério, e intrigante. Melhor que o primeiro que já é bom por sinal.
Crítica da 3 temporada
4,5
Enviada em 6 de julho de 2016
Essa temporada tenta não foca muito só no Norman, e desenvolve os outros personagens. Eu gosto de bates motel, por que a história não se enrola, parte para ação e o mistério sempre é bem trabalhado. E o xerife romero é muito fodão, ele mata mesmo, sem dó. Recomendo!
Crítica da série
4,0
Enviada em 30 de outubro de 2018
Série é muito boa em suas cinco temporadas, Norma e Norman são personagens interessantes e bem trabalhados, a trama é bem desenvolvida com surpresas e reviravoltas que conseguem entreter, os personagens secundários contribuem muito bem para o enredo da trama, o ritmo da série agrada assim como o seu final.
Crítica da série
4,0
Enviada em 8 de setembro de 2017
Bates Motel é aquela série que vc quer dar uma espiada pra conhecer a trama e acaba participando ativamente junto com Norman. Não tem nada fascinante no enredo, mas mesmo assim te prende a cada episódio e te faz querer ir até o desfecho.

A última temporada deixou a desejar, esperava mais. Mas, em um todo valeu a pena. Vera Farmiga e Freddie Higmore com atuações incríveis.
Crítica da série
5,0
Enviada em 13 de setembro de 2020
Série maluca sobre Norman Bates e sua mãe, e toda a história que precede o famoso filme Psicose. Misteriosa, envolvente, assassinatos, problemas mentais, amor excessivo e taxidermia. Muito legal e doido. Adorei.
Crítica da 5 temporada
4,0
Enviada em 13 de setembro de 2020
Temporada final da traumática histórica de Norman Bates. Com a famosa cena histórica do chuveiro, um fim se aproxima. Bem legal, diferente, maluco, atuações bem boas, estética bem feita, enfim, tudo muito bom. História fecha com chave de ouro. Adorei.
Crítica da 4 temporada
3,0
Enviada em 1 de maio de 2020
Talvez a temporada mais introspectiva, Norman e Norma se separam devido a sua internação e vivem suas vidas independentes. Temporada decisiva para a conclusão da história de Psicose. Continua bem legal e com muito suspense.
Crítica da 3 temporada
3,5
Enviada em 15 de abril de 2020
Temporada onde o clima fica mais tenso, Norman se torna mais psicopata, Norma mais doida e Dylan aumenta sua responsabilidade no mundo das drogas. Mais foco nas histórias pessoais. Continua tudo bom e interessante, como sempre. Cuidado com o Norman/Norma.
Crítica da 2 temporada
3,5
Enviada em 3 de fevereiro de 2020
Continuação da vida turbulenta da família Bates em White Pine Bay, com mais crimes, mortes, brigas de gangues e revelações. Norman está doidão.
Crítica da 1 temporada
3,5
Enviada em 6 de outubro de 2019
Prelúdio da história do filme Psicose, com a relaçao do filho com a mãe, muitos assassinatos, mentes loucas, mistério e assuntos do motel. Gostei, envolvente e boa atuação da Vera Farmiga. Até que para o começo mataram bastante gente.
Crítica da 5 temporada
4,0
Enviada em 18 de dezembro de 2023
TEM SPOILERS!

Bates Motel (5ª Temporada) 2017

A quinta (e última) temporada de "Bates Motel" teve a sua estreia em 20 de fevereiro e terminou em 24 de abril de 2017. A temporada manteve os seus já tradicionais 10 episódios (como toda a série) e foi ao ar às segundas-feiras às 22h no canal de TV americana A&E.

Enfim chegamos na última temporada da famosa série que foi pensada e idealizada como como um "prequel contemporâneo" do clássico do mestre Alfred Hitchcock - "Psicose" - de 1960. Especificamente nessa quinta temporada, a série adapta (de modo bem leve) o enredo do filme clássico em uma versão modernizada, fazendo uma releitura de alguns de seus principais acontecimentos. Por outro lado também podemos considerar que esta ação ousada dos produtores serviu como uma espécie de despedida e homenagem ao icônico filme da década de 60.

A história da quinta temporada se passa justamente dois anos após a fatídica morte de Norma Bates (Vera Farmiga), que aconteceu na temporada passada. Tudo parece caminhar bem na vida de Norman Bates (Freddie Highmore), ele tenta manter as aparências após tudo que aconteceu, sempre se mostrando feliz e já muito bem adaptado ao gerenciar sozinho o Bates Motel. Por outro lado ele tenta incansavelmente preencher o vazio deixado por sua mãe criando em sua mente doentia e degrada a figura da Norma. A partir daí Norman interage com naturalidade vendo a figura fantasmagórica da mãe em várias partes da casa. A essa altura Norman já parou de tomar seus remédios contra os seus apagões, o que agora acontece constantemente, que logo o domina completamente pela personalidade de sua mãe.

O primeiro episódio já inicia nos mostrando como a vida de outros importantes personagens da história também passaram por grandes mudanças, que é justamente o caso de Dylan (Max Thieriot) e Emma (Olivia Cooke), onde eles se casaram e vivem juntos com uma filha. O curioso aqui é o fato do Dylan ter se afastado completamente de seu irmão Norman, onde ele sequer ficou sabendo da morte de sua mãe. Outro personagem que ao longo da série foi ganhando um grande destaque e se tornou uma peça fundamental na trama, é justamente o Xerife Alex Romero (Nestor Carbonell), que no início da temporada ele se encontra cumprindo pena em um presídio da cidade.

A quinta temporada de "Bates Motel" tem um início fulminante, principalmente pelos acontecimentos da temporada passada que permeia todo ódio e fúria de Alex no presente. Alex quer vingança a qualquer custo contra Norman pelo falecimento de Norma. A partir daí vemos um Alex completamente frustrado pelo seu plano não ter saído como ele desejava em relação ao Norman. Por outro lado ele se sente fortemente confrontado pelo próprio Norman, quando ele surge no presídio como uma visita inesperada. Aqui já temos uma outra versão do Alex Romero, muito diferente daquele Xerife do início da primeira temporada. Logo outro personagem importante da história reaparece, trata-se de Caleb Calhoun (Kenny Johnson), que invade a casa de Norman e vai até o porão, onde ele encontra o corpo empalhado de Norma Bates.

A partir desse ponto da temporada temos a já esperada transformação de Norman Bates, que consiste justamente em ele tomar pra si a personalidade de sua mãe ao vestir seu vestido e usar uma peruca loira. Logo temos aquele ataque do Norman contra o Caleb, ao perceber que ele viu a figura empalhada da Norma em seu porão. E aqui temos outra surpresa na temporada, que é a chegada na casa de Chick Hogan (Ryan Hurst) bem no momento em que Norman estava vestido e atacando o Caleb. Nesse ponto do episódio temos o Norman proferindo a emblemática frase para o Chick: "agora você sabe que eu ainda estou viva". Por sinal uma cena sensacional!

Fora os protagonistas e os coadjuvantes da série, nessa última temporada temos a chegada de novos personagens secundários: como a presença de uma nova Xerife na cidade de White Pine Bay, Jane Greene (Brooke Smith). Temos a Madeleine Loomis (Isabelle McNally), que é casada com Sam Loomis (Austin Nichols), por sinal um personagem conhecido do clássico "Psicose". Sam tem um relacionamento extraconjugal com Marion Crane, que também se destaca como outra personagem clássica de "Psicose", e aqui sendo vivida pela cantora Rihanna.

Esta última temporada também se destaca pelo clima de suspense e tensão que se instala na casa de Norman enquanto ele mantém preso no porão o Caleb e divide sua atenção com Chick. Novamente preciso citar que aqui o Norman já está completamente tomado pela personalidade da mãe, e muito por acompanharmos ele sempre tomando decisões em nome da Norma, como no caso daquele projeto que que trabalha junto com Chick. E aqui eu preciso destacar o péssimo final que deram para o Caleb na série, onde o limitaram apenas como uma marionete do Norman, e o levaram a ser morto atropelado pelo Chick enquanto fugia do Norman. Isso que eu chamo de descarte de personagem que não faz mais sentido na história.

Mais uma vez temos o Norman usando uma pessoa e depois o descartando com inutilizável. Que é justamente o que acontece com o Chick, quando Norman o manda embora de sua casa, e mesmo sabendo que agora ele sabe de seus segredos envolvendo a sua dupla personalidade. Nesse ponto da história temos outro envolvimento de Norman com uma garota, que é o caso de Madeleine. E novamente somos confrontados pela aparição da figura da Norma simulando a morte de Madeleine para Norman, o que logo o deixa desesperado enquanto foge do local.

A temporada transcorre bem ao dar espaço para os personagens coadjuvantes, que também tem a sua parcela de relevância dentro de toda a história. Como no caso do Dylan revelando para Emma tudo que ele pensa sobre o Norman ser culpado pelas várias mortes que aconteceram ao longo dos anos na cidade, isso incluindo até a morte da sua própria Mãe. A partir desse ponto na temporada temos o Norman sofrendo um forte descontrole mental e confessando ser o assassino de várias mortes. Isso inclui todas as investigações que estava no momento sobre a desiginação da Xerife Jane. Isso também passa pelas suas recentes descobertas sobre os vários corpos que foram jogados dentro do lago. Baseado em todas essas descobertas e todas as revelações, Norman vai preso. Por outro lado Romero está incansavelmente na busca por vingança, quando ele invade a casa de Norman em sua busca, mas ele não o encontra. Romero se depara com Chick no porão da casa e o mata a sangue frio com um tiro na testa.

Dylan e Emma sofrem com os acontecimentos que desabam sobre eles. Emma cuida dos negócios da família enquanto Dylan se vê preso entre seu passado e seu futuro. Dylan fica confuso, dividido, entre aceitar/acreditar no que o Norman cometeu todo esse tempo. Já a Emma está sofrendo muito por ter descoberto o monstro que o seu cunhado é, e por ele ter matado sua mãe. E aqui temos outra cena emblemática da temporada, que é a cena em que a Emma vai até o local onde Norman está preso para confrontá-lo. Já o Romero obriga Norman a levá-lo até o local onde Norma está morta. Porém, a forma como se dá toda a sequência na cena em que o Norman mata o Romero é patética para um fechamento de história. Colocaram uma grande expectativa em cima desse núcleo para finalizarem de forma pífia. No mínimo esta cena deveria ser emblemática, afinal de contas estamos falando de uma grande rivalidade que foi se criando dentro da série. Já a parte final dos flashback com o Norman e a Norma quando estavam se mudando para começar uma vida nova é muito bom. O final foi bem interessante e trouxe um fechamento coerente com o próprio Norman, já que ao ser morto pelo Dylan ele meio que retorna para os braços de sua mãe que já estava morta. É como se finalmente eles pudessem viver, ou morrer, felizes para sempre e juntos.

Quero destacar aqui a escolha de roteiro para esta última temporada de "Bates Motel", que eu já citei acima. Achei interessante esta ousadia dos produtores em aproximar a história com uma adaptação modernizada do clássico "Psicose". A inclusão na trama dos personagens Sam Loomis e Marion Crane serviu para nos trazer uma releitura de algumas cenas do clássico. Porém, devo deixar bem claro que temos as referências do clássico sessentista mas feitas de forma diferente, com uma nova roupagem e uma liberdade criativa, que até soou interessante.
Por exemplo: temos aquela referência do clássico, que é a Marion chegando no Bates Motel embaixo da chuva e tocando a companhia do Motel fechado, logo ela vai ao lado e olha para a casa dos Bates. O personagem Sam Loomis também é outra referência do clássico, até com o envolvimento com a Marion. A cena do Motel entre Marion Crane e Norman Bates é muito boa e foi baseada nessa mesma cena do clássico, até com alguns diálogos iguais. Achávamos que a cena clássica do chuveiro se repetiria com a Marion Crane, igual no clássico, mas dessa vez foi o Sam a vítima de Norman Bates na cena clássica do chuveiro de "Psicose". Eu confesso ter gostado dessa cena, por mais que entendo a frustração de outras pessoas que desejariam a releitura original do clássico, mas entendo a mudança e a liberdade criativa no quesito imprevisibilidade.

Os pontos fracos da temporada:
Um ponto que ao longo de cada temporada eu sempre reclamei, que são justamente as tramas secundárias da série, aqui elas voltam a incomodar. Não chegam a interferir tanto como nas duas primeiras temporadas, mas elas estão presentes e de certa forma bem irrelevantes. Eu diria que a trama secundária envolvendo a Madeleine, o Sam e a Marion é bem desinteressante e claramente não mantêm o mesmo nível da história principal. A temporada final acaba correndo demais em vários pontos para dar a conclusão para a história, porém se esqueceram de serem coerentes com várias pontas que ficaram soltas na história como um todo. Posso citar o caso do psiquiatra do Norman que acabou sendo esquecido na história final. O próprio Caleb foi totalmente subaproveitado e teve um final deprimente. O Chick foi um personagem no começo da série e terminou sendo outro totalmente diferente com seus desejos e opiniões, o que me deixou um tanto quanto confuso. No começo o Chick era um personagem decidido a dar fim no irmão da Norma e na última temporada ela meio que se oferece para ser aceito na casa pelo Norman e passa a "cuidar" dele. Confesso que essa mudança de chave no personagem não me agradou. Sem falar que o Chick tinha aquelas suas fitas e o livro, que também foi completamente esquecido no final.

Como o tema do empoderamento feminino está em bastante evidência, eu compreendo algumas tomadas de decisões na série e na temporada, principalmente envolvendo personagens como a Marion Crane e a Madeleine Loomis. Os personagens Dylan e Emma já estiveram em melhores posições de destaques dentro da série, porém especificamente nessa última temporada as participações de ambos chega a ser deprimente. O Dylan toma atitudes controversas e impensáveis, agindo por impulso próprio quanto ao confrontar o Norman. A Emma é a mais triste da temporada, sua participação é completamente abaixo de tudo que ela já entregou na série. A Emma não faz a menor diferença na temporada, se limitando a algumas cenas envolvendo a descoberta da morte de sua mãe, mas no geral ela é uma coadjuvante totalmente escanteada na trama - uma pena!

Alex Romero é tão mal utilizado nessa última temporada que chega a dar pena de seu personagem e do seu desfecho final. Volto a falar que a forma como ele morreu foi tão pífia que soa como um desrespeito com o personagem de Nestor Carbonell.

Já a Vera Farmiga, com a sua impecável Norman Bates, tem sempre uma participação irretocável dentro da série, e aqui chama a atenção por ela ter passado a temporada inteira sempre atuando como uma presença ilusória na história.
Freddie Highmore é sem dúvida o maior destaque da temporada e de toda a série (juntamente com a própria Vera Farmiga). É incrível e assustador a interpretação de Freddie na figura do Norman Bates, a sua entrega para o personagem, a sua dramaticidade, a sua desconstrução e degradação psicológica. Realmente é um trabalho impecável e com um grande final do personagem.

Tecnicamente e artisticamente a série beira a perfeição:
Temos uma trilha sonora muito bem performada em cada episódio, e que dizia muito sobre o que aquele episódio estava tratando. A fotografia é muito fiel com a proposta modernizada de uma série que tem como princípio um clássico dos anos 60. A direção de arte da série é muito bem conduzida, deixando cada ponto, cada cenário, cada item de cena com um padrão próprio. O trabalho cenográfico e de direção é outro grande acerto da série, mostrando o talento e a competência de cada diretor que conduzia a história.

A quinta temporada de "Bates Motel" recebeu 81 de 100 do Metacritic, com base em 8 avaliações. O Rotten Tomatoes informou que 8 em 8 respostas críticas foram positivas, com média de 100% da classificação. No geral, a quinta temporada de "Bates Motel" teve uma média de 1,29 milhão de espectadores, com uma classificação de 0,5 na faixa demográfica 18-49.

Por fim, a já lendária e aclamada série de TV "Bates Motel" chega ao seu final, ao seu fechamento de ciclo. Como um todo eu gostei demais da série, ela soube se reinventar e entregar algo novo tirado de um clássico antigo e renomado. Acredito que toda produção da série soube inovar bem no quesito modernização de uma história, até ousando em certos pontos que soa como uma referência e uma homenagem para a obra-prima divida do mestre Alfred Hitchcock.
Especificamente nessa última temporada a série tem seus altos e baixos, tem seus erros e seus acertos (o que é normal), mas consegue entregar uma temporada muito boa, que atinge o objetivo da missão de recontar a incrível história de Norman Bates por uma outra visão, com uma nova perspectiva, o que deixa ainda mais interessante. Sem falar no final, que na minha opinião foi fantástico, entregando a sua forma poética de representar aquele vínculo afetivo entre mãe e filho, por mais diferente que seja. Um verdadeiro final catártico e apoteótico! [17/12/2023]
Crítica da 4 temporada
4,5
Enviada em 28 de outubro de 2023
TEM SPOILERS!

Bates Motel (4ª Temporada) 2016

A quarta temporada de "Bates Motel" estreou em 7 de março de 2016 e terminou em 16 de maio de 2016. A temporada continua com o padrão de 10 episódios e foi ao ar às segundas-feiras às 21h pela A&E.

Posso afirmar aqui que as duas primeiras temporadas da série funcionou basicamente como uma apresentação de personagens, mais propriamente um desenvolvimento do Norman Bates (Freddie Highmore) e da sua mãe, Norma Louise Bates (Vera Farmiga). De certa forma a série estava tentando se achar como uma série moderna inserida em todo o universo do clássico "Psicose". Na terceira temporada a série começa a tomar um novo rumo, na verdade a série começa a trilhar o caminho principal de toda a história, e passa a focar ainda mais nos indícios psicóticos de Norman Bates. Esta quarta temporada se destaca como a melhor temporada da série até aqui, e muito por mergulharmos de vez no estágio mais crítico da relação tóxica e doentia entre Norman e Norma. É uma temporada que abrange diretamente o embate entre mãe e filho, e nos mostra todas as facetas de um Norman muito inteligente porém extremamente cético e manipulador para conseguir alcançar os seus principais objetivos.

A temporada já inicia nos mostrando os resquícios do final da temporada passada, onde temos o Xerife Alex Romero (Nestor Carbonell) desovando o corpo de Bob Paris (Kevin Rahm), que ele mesmo matou, em um barco no mar. Norman está desaparecido de casa desde o final da temporada passada, quando ele matou a Bradley Martin (Nicola Peltz) e disse que voltaria a pé para sua casa. Exatamente nesse ponto do primeiro episódio que Norman se mostra totalmente descontrolado e desequilibrado, onde sua liberdade passa a ser considerada como uma ameaça para a sociedade, caso Norma não o interne em uma clínica psiquiátrica. Já pelo outro lado da história temos a Emma Decody (Olivia Cooke), que está internada em um hospital em Portland pronta para realizar seu transplante de pulmão.

Este primeiro episódio já se destaca como muito importante e bastante revelador para o contexto de toda a história. Pois é justamente nele que temos o aparecimento repentino de Audrey Ellis (Karina Logue), a mãe que abandonou a Emma enquanto ela era uma criança doente. Interessante que Audrey tem uma pequena participação na história, pois no final do episódio o Norman já mata ela enforcada. Porém, o que chama a atenção é justamente o envolvimento que Audrey criou e como ela se torna um dos pilares centrais para o desentendimento entre Norma e Norman.

Podemos considerar que finalmente Norma percebe que o caso do seu filho é sério e que ele precisa de ajuda médica. Já que Norman passa a ter um comportamento que afeta diretamente a relação com a mãe e sempre a deixa extremamente irritada. Aqui entra um ponto bastante curioso na temporada, que é justamente esse abrupto casamento entre Romero e Norma, já que ela precisava de ajuda com o plano de saúde para conseguir a internação do Norman na clínica psiquiátrica Pineview. A princípio podemos notar que este casamento é totalmente de fachada, já que era por puro interesse por parte da Norma, mas com o tempo eles vão se entendendo e acabam realmente se apaixonando. Norman atinge o ápice do seu surto psicótico contra Norma, ao apontar uma arma para ela, e o Romero o encaminha para o instituto.

Esta temporada funciona muito bem em mesclar a trama principal envolvendo o Norman, a Norma e o Xerife Romero, com a subtrama do Dylan (Max Thieriot) com a Emma. Emma já fez a sua cirurgia e tudo foi um sucesso. E aqui temos uma cena muito boa, que é justamente a cena em que a Emma retira os aparelhos de respiração após a cirurgia e vemos o quanto o Dylan se preocupa com ela, quando ele fica desesperado com ela não respirando. Dylan pensa em seu futuro com a Emma, já que seu relacionamento começa a fluir. Realmente ele está pensando em abandonar o ramo dos negócios com maconha e viver este romance.

Na clínica o Norman começa apresentando bastante resistência em seu tratamento com o Dr. Edwards (Damon Gupton). Porém com o tempo ele passa a aceitar as novas circunstâncias que lhe é designado. Sinceramente eu não acho que Norman aceitou, ele simplesmente está usando todo o seu poder de manipulação, principalmente com o Dr. Edwards. Podemos observar justamente essa questão quando Norman começa a agir com naturalidade as exigências da clínica, e principalmente quando ele conhece aquele seu novo "amigo" e juntos embarcam em uma aventura ao fugir da clínica. De qualquer forma logo Norman entra em outro surto psicótico e revela alguns dos seus segredos ao Dr. Edwards, e vai ainda mais além, quando ele decide denunciar sua mãe em relação as mortes que ocorreram. Norman revela que acredita que todos os assassinatos dos quais ele é o autor foram, na verdade, cometidos por sua mãe, quem realmente precisava de ajuda era ela, e não ele. Esta é uma cena emblemática em toda a série.

Outro ponto que a temporada aborda, e parece bem interessante, é esse relacionamento íntimo e de negócios que o Xerife Romero mantinha com a gerente do Banco Rebecca Hamilton (Jaime Ray Newman). Rebecca era a responsável em lavar o dinheiro para o Bob Paris. Ela revela ao Romero que Bob deixou uma grande quantia no banco, e que ela tem uma das chaves do cofre enquanto ele tem a outra (e realmente ele tinha). A partir desse envolvimento, a DEA passa a usar a Rebecca e passa a levantar uma investigação criminal que ameaça a vida de Romero.

O personagem Chick Hogan (Ryan Hurst) entre em cena ao perseguir a Norma em uma loja. Por fim, Chick revela tudo sobre Caleb (Kenny Johnson) para Norma, explicando para ela tudo que Caleb fez com ele. Norma fica preocupada com o que poderá acontecer com Caleb e ameaça Chick. Pegando este gancho, Norma revela a verdade para Romero sobre seu irmão Caleb ser o pai de Dylan. Ela também revela que teve um relacionamento com ele durante anos e ela o amava, porém quando ela quis terminar tudo ele não aceitou e estuprou ela. Uma cena bem chocante, por sinal.

A estadia de Norman na clínica parecia correr bem até ele descobrir, através de recortes de jornais, que sua mãe havia se casado com o Xerife Romero. Imediatamente a chave em sua cabeça muda e Norman quer deixar a clínica de qualquer forma. Norman é extremamente manipulador e persuasivo, e ele usa de todos os seus meios para convencer o Dr. Edwards que precisava voltar para casa para ficar ao lado de sua mãe, que isso seria muito benéfico para ele e o ajudaria ainda mais no tratamento. Após o Norman fazer todo um teatro ele convence o Dr. Edwards a assinar a sua liberação da clínica. Romero não ficou nada feliz pela a Norma aceitar que o Norman voltasse para casa, ainda mais agora com ele morando com ela. A presença de Norman em casa incomoda muito o Romero, e a Norma fica dividida entre os dois, tentando agradar os dois. E realmente Norman está decidido por um fim no casamento de sua mãe com o Xerife, pois ele foi confrontar pessoalmente o Romero para pedir que ele se divorciasse de sua mãe. O maior erro da Norma como mãe é proteger demais o seu filho, como se ele fosse um cristal que vai se quebrar a qualquer momento. Essa proteção excessiva atrapalha em seu crescimento e desenvolvimento como uma pessoa adulta.

No oitavo episódio temos uma reedição de uma cena clássica de "Psicose": que é a cena com o Norman olhando pelo buraco da parede no Motel a sua mãe transar com o Romero. Na hora eu peguei toda a referência da obra-prima do mestre Hitchcock.

O nono episódio revela como o Romero e o Dylan pretendiam se unir para forçar uma nova internação do Norman, mesmo contra a vontade da Norma. Norman está conseguindo manipular a mãe com relação ao seu casamento com o Romero, ou ela está deixando ser manipulada, mesmo sabendo as reais intenções do filho. A obsessão do Norman pela Norma é tanto, que ele fechou todas as entradas e saídas de ar da casa, ligou o forno no porão e soltou uma espécie de gás venenoso saindo unicamente embaixo da cama onde ele e a mãe dormiam. A ideia dele era se matar e matar a própria mãe enquanto dormiam. O Romero chega na casa e quebra a janela para entrar um pouco de ar mas já era tarde. Norman acorda porém sua mãe não.

O último episódio da temporada é magnífico, facilmente o melhor episódio da temporada e um dos melhores de toda a série. Temos o Norman planejando um evento especial para o velório da Norma. Também somos informados que a intoxicação por monóxido de carbono foi o que matou a Norma, causado pelo Norman, e esta substância pode afetar a memória. A guerra entre Romero e Norman está declarada, ele quer tentar de qualquer jeito provar que o Norman é o responsável pela morte da mãe. Norman parece conseguir manipular todos em sua volta, menos o Romero, que é astuto, inteligente e muito sagaz. Os últimos eventos na temporada do Xerife Romero consiste em como ele é pressionado pelos seus atos no passado, o que acaba fechando o cerco e ele acaba terminando a temporada sendo preso.

O final do episódio é catártico, pois ele nos mostra como ocorreu toda a libertação de tudo que estava reprimido entre sentimentos e emoções do Norman em referência com sua mãe. A partir daí temos uma excelente sequência de cenas; que é justamente quando o Norman vai até o cemitério e desenterra o corpo da Norma e a leva para casa. Logo temos uma cena completamente bizarra e bem mórbida, onde o Norman cola os olhos da defunta da mãe. Agora ele passa a conviver com a presença dela morta como se estivesse viva, e conversando com ela normalmente e constantemente, algo bastante natural para ele. Esta parte segue bem um roteiro se baseando na história original, tanto do clássico dos anos 60 quanto da obra-prima da literatura de Robert Bloch.

Sobre o elenco:
Não tem como mais elogiar e enaltecer a Vera Farmiga em "Bates Motel". Ela já atingiu um ápice de excelência inimaginável dentro da série.
Já o Freddie Highmore sempre esteve em uma ótima performance em cada temporada, porém nessa quarta ele atinge um grau superior, o ápice do seu personagem, se destacando em todas as cenas. Incrível como o Freddie cresce de produção em cada temporada, e aqui ele entrega um nível de dramaticidade muito fiel com o contexto do seu personagem.
Max Thieriot tem uma temporada bem apagada, em comparação com os seus maiores destaques nas temporadas passadas. O roteiro dessa temporada não contribuiu com o Dylan, o limitando em poucas participações na trama central.
O mesmo vale para a Olivia Cooke, que também tem uma temporada bem discreta, se limitando apenas em torno do seu transplante e recuperação morando em outra cidade com o Dylan.
Nestor Carbonell está em sua melhor temporada na série. É completamente incrível o crescimento absurdo em questão de relevância que o Xerife Romero tomou. Em contrapartida a sua atuação só melhora e cada vez mais nos surpreende. Acredito que o ápice de sua performance será exatamente na quinta temporada, com a guerra declarada contra Norman Bates. Nestor Carbonell é um ator excelente.
Ryan Hurst tem uma participação menor na temporada porém extremamente importante para o seguimento na quinta temporada. Eu estou muito curioso em como será a participação do Chick na última temporada.
Já o Kenny Johnson foi completamente esquecido nessa temporada, e eu que pensei que o Caleb teria participações cruciais nessa quarta temporada.

Parece que finalmente os roteiristas aprenderam a dar o maior foco e o maior destaque para a trama principal e deixar de lado as inúmeras subtramas paralelas. Este foi o maior erro das duas primeiras temporadas, o fato de querer contar várias histórias todas ao mesmo tempo e no fim não desenvolver bem nenhuma. Na minha opinião as histórias paralelas foram trazidas para a série apenas como uma válvula de escape, para chamar a atenção do espectador para outros rumos na história e não focar unicamente em torno do Norman e da Norma (apesar de esse ser o nosso principal interesse na série). As tramas secundárias nunca conseguiram atingir o mesmo grau de excelência dos eventos envolvendo os dois protagonistas. Na terceira temporada essas subtramas já haviam sido bem reduzidas e nessa quarta elas perderam ainda mais as suas forças. Por mais que ainda temos alguns desdobramentos paralelos na história, mas eles são bem pequenos e não interferem tanto como antes.

Outro ponto que não foi diretamente revelado nessa temporada, mas eu cheguei na conclusão: lá no começo da série foi levantado toda a questão que envolvia a construção da nova estrada que desviaria o fluxo do Bates Motel, e que obviamente a Norma Bates era contra. Ela chegou a lutar na prefeitura e comprou uma grande briga por esta causa. Porém, esse assunto não foi mais discutido na série, o que me leva a crê que a Norma perdeu a disputa e a estrada foi realmente construída.

A quarta temporada de "Bates Motel" recebeu elogios da crítica da televisão e foi indicada para dois Primetime Creative Arts Emmy Awards. Também ganhou três prêmios People's Choice Award por drama de TV a cabo, atriz de TV a cabo (Vera Farmiga) e ator de TV a cabo (Freddie Highmore). A quarta temporada do Bates Motel manteve classificações consistentes ao longo de sua exibição, com a estreia da temporada atraindo 1,55 milhão de espectadores e o final totalizando 1,50 milhão.

A temporada foi recebida com elogios da crítica. A temporada teve uma classificação 100% positiva no site agregador de críticas Rotten Tomatoes, com base em 17 respostas de críticos de televisão.

A série "Bates Motel" finaliza mais uma temporada em alto nível. A quarta temporada é de longe a melhor de toda a série até aqui. E muito por trazer uma temporada mais centrada, mais enxuta, mais focada na trama central, sem ficar vagando perdida em tramas paralelas e desinteressantes.

O que vimos até aqui foi a construção de um relacionamento entre mãe e filho baseado na obsessão, no extremismo, na devoção, na adoração, onde logo foi desenvolvido um relação tóxica e doentia. Uma demonstração de amor excessivo e corrosivo que se transformou em ódio, loucura e manipulação extrema.

A quinta (e última) temporada promete demais, pois será a primeira temporada sem a presença real da Norma Bates, o que trará um grande impacto para a trama central. Também será a primeira temporada em que teremos um Norman agindo "teoricamente sozinho", com suas escolhas e suas decisões tiradas de uma mente totalmente deturpada e psicótica.
Sem falar que nessa última temporada teremos o ápice do Norman, onde ele demonstrará toda a sua psicopatia e sua dupla personalidade. Ou seja, será na quinta temporada que Norman agirá da forma que conhecemos no clássico dos anos 60; quando o saudoso Anthony Perkins se consagrou como um dos maiores maníacos e psicopatas da história do cinema. Dessa vez o bastão foi passado para o talentosíssimo Freddie Highmore, e eu quero conferir como será a sua apresentação final na pele do lendário e icônico Norman Bates.
[27/10/2023]