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    Marvel: Os principais vilões do Universo Cinematográfico, do pior ao melhor

    De Thanos a Malekith, diversos vilões passaram pelo Universo Cinematográfico Marvel atrapalhando a vida dos super-heróis.

    11) ULTRON

    Lutar contra inteligências artificiais que não podem ser derrotadas - até que elas provem ser 100% loucas e nem tão inteligentes assim - pode ser um exemplo de escrita preguiçosa, diria o Mercenário Tagarela de Ryan Reynolds. Portanto, a única razão para que Ultron, vilão titular de Vingadores 2, tenha chegado tão longe neste ranking é o trabalho fenomenal de James Spader, que não precisa aparecer em tela para se tornar um dos antagonistas mais ameaçadores do Universo Cinematográfico Marvel. Seu plano realmente não é dos melhores - arrancar uma cidade do chão para arremessá-la na cabeça dos Maiores Heróis da Terra, basicamente -, mas o veterano ator (sexo, mentiras e videotape, Secretária, The Office, The Blacklist) aproveita sua voz grave, intensa e elegante para infundir uma tonelada de ameaças e uma boa dose de caos em cada linha de diálogo escrita por Joss Whedon - que analisa, neste longa, diversas questões existenciais e tecnológicas de nossos tempos. Se como diretor ele não conseguiu repetir o sucesso de Os Vingadores, Whedon se supera como roteirista em Era de Ultron, e muito graças à espetacular e vilanesca dublagem de Spader, que poderia interpretar qualquer inimigo desta lista sem perder o sono ou mover um músculo sequer do rosto.

    10) EGO, O PLANETA VIVO

    Infelizmente, há muito pouco do James Gunn do primeiro Guardiões da Galáxia em Guardiões da Galáxia Vol. 2. Mais preocupado com o fan service e com o melodrama do que com a natureza moralmente questionável dos bandidos intergaláticos, o cineasta e roteirista só atinge traços de sua inteligência como criador com a introdução de Ego, o Planeta Vivo na franquia. Não é como se ninguém soubesse que o personagem de Kurt Russell surgiria como verdadeiro antagonista; no entanto, apesar da previsibilidade do roteiro em geral, Gunn e o ator criam um inimigo à altura dos Guardiões. Excetuando a confusa e problemática sequência final, Russell simplesmente toma conta do longa. Trazendo o melhor de seus personagens fanfarrões dos anos 80 para justificar a paternidade do igualmente fanfarrão Peter Quill, o Senhor das Estrelas (Chris Pratt), o ator consegue nos convencer de que é um bondoso personagem... Até revelar que é um maníaco assassino em massa, momento em que Russell brilhantemente adiciona camadas de perigo à sua interpretação. Se no longa original o vilão é muito inferior ao resultado final, aqui a situação se inverte: Russell merecia um material melhor para não ter que salvar Guardiões da Galáxia Vol. 2 sozinho - algo que, apesar dos pesares, ele faz.

    9) OBADIAH STANE

    O original ainda é um dos melhores. À época, Jeff Bridges certamente não tinha ideia de que seria o antagonista fundamental do Universo Cinematográfico Marvel, uma constelação de filmes de quase US$ 15 bilhões; sem pressão alguma, portanto, e com um roteiro que não joga contra sua interpretação, o premiado ator entrega aquele que é um de seus trabalhos mais populares e divertidos. Como inimigo de Tony Stark, Obadiah Stane não é exatamente original: ele é um empresário capitalista que se ressente por não ter assumido o controle da companhia após o falecimento de seu sócio, Howard Stark, e não aceita ver o comando ser tocado por um playboy inconsequente. Por isso, de olho no lucro - e com um pé na psicopatia -, Stane decide destruir Stark com toda a pompa e circunstância que trajes de combate podem permitir. Simples e direto ao ponto, Bridges se sobressai por credibilizar e aprofundar um vilão pouco dimensional e infundir generosas doses de realismo em um gênero que ainda engatinhava nesta direção na época - Christopher Nolan só lançaria seu Cavaleiro das Trevas, auge dos super-heróis nas telonas e divisor de águas, três meses após a estreia de Homem de Ferro.

    8) HELA

    Ela some durante metade do filme, sua existência é escondida de formas não muito factíveis durante toda saga de Thor (Chris Hemsworth) e seu plano é praticamente igual ao da maioria dos esquecíveis antagonistas mencionados anteriormente; o que diferencia Hela de todos os outros membros do rol dos esquecíveis é a performance de Cate Blanchett. Uma das maiores atrizes de sua geração - e, provavelmente, de todos os tempos -, a australiana desembarca em Thor: Ragnarok para simplesmente se divertir. Hela não tem grande profundidade, apenas deseja tomar o Reino de Asgard e matará todos que se colocarem no caminho do estabelecimento de sua ditadura - em suma, não há muito para Blanchett desenvolver aqui. Contudo, a atriz encara a personagem como uma Lady Macbeth - Hela é, no máximo, uma criação shakesperiana limitada - e pula direto na jugular: sombria, insana, sedutora e totalmente assassina, a vilã da atriz se torna um dos pontos altos da hilária comédia de Taika Waititi. Não existem planos brilhantes, um pingo de realismo, ou motivações memoráveis: a Hela de Blanchett simplesmente destrói todo mundo da forma mais empolgante possível para o público. E, sinceramente, isso às vezes é mais do que o suficiente no terreno dos blockbusters.

    7) CAVEIRA VERMELHA

    Não são todos os atores que têm a capacidade de interpretar um sujeito cujo crânio é vermelho e que ainda por cima é nazista com um grau bastante crível de realismo. Por sorte, a Marvel pôde contar com Hugo Weaving, o Agente Smith da trilogia Matrix, como o intérprete perfeito para o vilão asqueroso, altamente inteligente, estoico e, é claro, nazista de Capitão América: O Primeiro Vingador: o Caveira Vermelha. Mais famoso arqui-inimigo do patriótico herói, o antagonista é introduzido na obra de Joe Johnston para criar um efeito de alteridade, representando tudo que o Capitão América (Chris Evans) jamais foi, é, será ou representará um dia, inclusive por causa da utilização de um soro experimental que lhe confere poderes sobrehumanos. Apesar - e também por causa - do pouco tempo de tela, Weaving tornou-se um dos vilões mais queridos do UCM pelo público, que constantemente clama pelo retorno do ator e do personagem. Será que ainda é possível?

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