Nem sempre é possível agradar todo mundo. Guardiões da Galáxia Vol. 2 arrecadou US$ 650 milhões nas bilheterias mundiais em três semanas em cartaz, mas decepcionou o criador de uma das personagens representadas no filme dirigido por James Gunn.
Steve Englehart ficou insatisfeito com a forma como a Mantis, interpretada por Pom Klementieff no longa-metragem da Marvel Studios, chegou à sua versão live-action. "Bem, eu não fiquei feliz com a forma como Mantis foi retratada. Aquela personagem não tem nada a ver com a Mantis", disse Englehart em entrevista ao site Polygon.
Junto com o ilustrador Don Heck, o roteirista de HQs desenvolveu a Mantis em 1973. A personagem fez sua primeira aparição nas páginas das revistas da Marvel Comics na publicação The Avengers #112. Descendente de alemães e vietnamitas, a heroína foi criada por integrantes de uma seita formada por alienígenas da raça Kree para ser a mãe do Messias Celestial. Entre seus poderes estão as habilidades avançadas em artes marciais, a manipulação de planetas, a projeção astral e um fator de cura acelerado.
"Vou dizer que eu gostei um bocado do filme apesar de tudo. Eles estão fazendo coisas boas e eu curti a minha noite no cinema tendo em mente o fato de que aquela não era a Mantis", comentou Englehart. "Eu realmente não sei por que você pegaria uma personagem tão distinta quanto a Mantis e para fazer dela uma personagem tão diferente e dar a ela o nome de Mantis. É algo que eu não sei."
Apesar te ter enfatizado que não gostou do que a Marvel Studios fez com sua criação, o escritor assumiu que a personagem de Klementieff em Guardiões da Galáxia Vol. 2 era "era divertida" e disse que gostou dela.
No filme, a Mantis é uma espécie de assistente de Ego (Kurt Russell), pai do Senhor das Estrelas (Chris Pratt), e o ajuda quando ele está em sua forma humana. A personagem é apresentada como uma pessoa inocente e abobalhada que parece não ligar em ser chamada por Drax (Dave Bautista) de bicho de estimação de Ego.