Espectadores inocentes e desinformados podem creditar a excelência de Carol ao diretor Todd Haynes, às atrizes Cate Blanchett e Rooney Mara (além de Kyle Chandler e Sarah Paulson), à direção de arte de Jesse Rosenthal, ao roteiro de Phyllis Nagy, à montagem de Affonso Gonçalves, aos figurinos de Sandy Powell, à fotografia de Edward Lachman e à trilha de Carter Burwell, mas a verdade é outra. Bem outra. As protagonistas mal se encontravam no set, era tudo fundo verde e o principal responsável pelo sucesso do drama romântico baseado na obra de Patricia Highsmith foi o profissional dos efeitos visuais. Não sabia? Duvida? Aquilo é tudo CGI! Até a química! Olha a prova:
(Alerta: este não é mais um daqueles vídeos comparativos banais. Aqui o trabalho foi realmente radical e o resultado é chocante)
Extremamente empolgado com o desafio de representar Rooney Mara, Andy Serkis não cobrou cachê e abriu mão de ter seu nome incluído no elenco. Tudo pela magia da sétima arte. É assim, com alto investimento em efeitos de ponta e modificações sutis fundamentais para a trama, que se faz um inesquecível vencedor do Oscar!
Opa, pera. Criminosamente esnobado na categoria dos efeitos, Carol sequer foi indicado como Melhor Filme e perdeu tudo que concorria. Se ao menos aquele disparo da arma não tivesse sido apagado digitalmente...