Em fevereiro de 1912, Edgar Rice Burroughs lançou o primeiro capítulo de seu novo romance sem muitas pretensões. Mal sabia ele que Uma Princesa de Marte não só mudaria o gênero para sempre, mas também daria origem a mais onze livros e criaria um dos personagens mais míticos para os fãs de aventuras galácticas: John Carter.
Um século após o lançamento do livro, a Disney decidiu adaptá-lo em um filme dirigido por Andrew Stanton e estrelado por Taylor Kitsch, que custou 264 milhões de dólares e, na época, foi o terceiro filme mais caro da história).
E o resultado? Bem, acho que você pode adivinhar por si mesmo, já que ninguém voltou a falar sobre a saga - que originalmente teria pelo menos mais duas sequências. Arrecadou apenas US$ 284 milhões em todo o mundo, e fez a Disney perder cerca de US$ 200 milhões.
Tudo correu relativamente bem até chegar o momento da estreia. E aí, o departamento de marketing da Disney realmente estragou tudo. Na verdade, a pessoa que eles encarregaram da publicidade nunca havia feito marketing cinematográfico na vida.
Somado a essa inexperiência está o fato de Stanton rejeitar qualquer ideia que viesse da Disney, escolhendo sempre a sua. E faz sentido que o diretor tenha lutado com unhas e dentes por sua visão, já que para ele era o sonho de uma vida que vinha planejando desde a primeira vez que leu o romance. O problema é que, por mais que Stanton fosse fã, o público em geral não sabia quem diabos era John Carter.
Doze anos se passaram desde o lançamento catastrófico do filme. Quanto a Andrew Stanton, ele já está trabalhando em um novo live-action de ficção científica: In the Blink of an Eye - cujo orçamento é bem menor que o de John Carter e, com sorte, não entrará em nenhuma lista dos maiores fracassos na história.
John Carter: Entre Dois Mundos está no Disney+.
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