Com O Exterminador do Futuro, James Cameron foi forçado a aumentar sua criatividade diante de uma óbvia falta de recursos e conseguiu entregar uma obra-prima do cinema de ficção científica, ao mesmo tempo em que lançou brilhantemente as bases de uma franquia que, infelizmente, continuou a declinar com o passar dos anos. Mas esse obviamente não é o caso de O Exterminador do Futuro 2, que entrou no panteão dos filmes de ação pela porta da frente, com cenas tão jubilosas quanto cultas, apresentando efeitos especiais revolucionários.
Com Arnold Schwarzenegger, provavelmente nunca em melhor forma, interpretando um Exterminador do Futuro do lado certo da cerca dessa vez, a transformação de uma frágil Sarah Connor no ícone máximo das heroínas duronas, uma mise-en-scène que não envelheceu nem um dia, temas poderosos (nada menos que o futuro da humanidade), sem mencionar um orçamento colossal, Exterminador do Futuro 2 é, em muitos aspectos, superior ao seu antecessor.
Universal Pictures
Somente a sequência de abertura custou mais do que o primeiro filme inteiro!
Com um orçamento de apenas 6,4 milhões de dólares, o primeiro filme faturou mais de 78 milhões de dólares nas bilheterias internacionais. Isso é ainda mais reconfortante para Cameron com o orçamento ultraconfortável de seu segundo filme, dessa vez aumentado para 102 milhões de dólares.
Desse ganho financeiro, uma proporção colossal foi reservada para a criação da brilhante sequência de abertura do Exterminador do Futuro 2. Ela custou nada menos que 6,4 milhões de dólares, o orçamento total da primeira parte da saga! No total, 53 milhões de dólares - mais da metade do orçamento total - foram gastos nos efeitos especiais do segundo filme da saga.
A cena de abertura do filme, que ilustra a futura guerra em 2029, foi de fato a última cena filmada. Ela foi gravada no meio de uma siderúrgica abandonada em Fontana, Califórnia, em um local com cerca de 800 m². A locação foi montada com carcaças de veículos queimados, além de bicicletas e carros de um incêndio ocorrido em 1989 no Universal Studios. Combinados com a criação de modelos em miniatura, os efeitos visuais, como os disparos de laser, foram produzidos em grande parte pela Fantasy II Film Effects, uma empresa dirigida por um mago genial do setor, Gene Warren Jr.
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