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    Esse é um dos maiores filmes de fantasia que você precisa ver na vida: 39 anos após seu lançamento, ele continua sendo o auge do gênero
    Giovanni Rodrigues
    Giovanni Rodrigues
    -Redação
    Já fui aspirante a x-men, caça-vampiros e paleontólogo. Contudo, me contentei em seguir como jornalista. É o misto perfeito entre saber de tudo um pouquinho e falar sobre sua obsessão por nichos que aparentemente ninguém liga (ligam sim).

    O gênero de fantasia está repleto de produções obscuras, muitas vezes nascidas na esteira do sucesso de Conan, o Bárbaro. Ladyhawke de Richard Donner é um dos mais memoráveis.

    Ambientado na Europa do século XIII, Philippe Gaston (Matthew Broderick) é um jovem ladrão aprisionado na masmorra de Aquila, em Abruzzo. Depois de escapar, ele é pego pelos guardas que o perseguem. Até que é salvo por Étienne de Navarre (Rutger Hauer), ex-chefe da guarda de Aquila.

    Amante de Isabeau d'Anjou (Michelle Pfeiffer), Navarre já provocou o ciúme do bispo de Aquila (John Wood), que também está apaixonado por ela. Incapaz de resistir a essa paixão que o consome, o bispo expulsa o casal da região e os condena, fazendo um pacto com o demônio.

    Agora, vítimas de uma maldição, os amantes são forçados a ficar eternamente juntos, mas sempre separados: durante o dia, Isabeau se transforma em um falcão e, à noite, Navarre se torna um lobo...

    Warner Bros.

    Depois de um início brilhante em 1976 com A Profecia e ainda mais com Superman e sua sequência, os anos 80 foram uma era de ouro para o sólido artesão Richard Donner. Pouco depois de assinar as aventuras Os Goonies, ele mergulhou na fantasia medieval com um filme magnífico: Ladyhawke, ou como ficou conhecido por aqui, O Feitiço de Áquila, que infelizmente foi um doloroso fracasso comercial para o diretor, com nem mesmo 19 milhões de dólares arrecadados nas bilheterias para um orçamento de produção equivalente.

    Uma grande injustiça, já que o filme não deixa a desejar em termos de qualidade. A começar pela bela fotografia de Vittorio Storaro, que já havia ganhado dois Oscars na época (por Apocalypse Now e Reds). O filme é conduzido por um trio de atores em ótima forma. Rutger Hauer, impecável, continuou sua aventura americana e retornou ao mundo medieval (e não exatamente à fantasia...) em 1985 com o filme cult de Paul Verhoeven, Conquista Sangrenta.

    Warner Bros.

    Ladyhawke é, obviamente, a sublime Michelle Pfeiffer, que estava no auge de sua carreira, três anos antes de interpretar a inesquecível Madame de Tourvel em Ligações Perigosas. E Matthew Broderick, que, apenas dois anos antes, havia feito sua estreia no cinema no agora cultuado Jogos de Guerra.

    O gênero de fantasia está repleto de produções de pastelão ou bem pobres, muitas das quais foram lançadas na esteira de Conan, o Bárbaro, que deu um grande impulso a um gênero antes considerado totalmente insignificante. Nessa massa de produções, algumas conseguiram de fato se destacar e permanecer memoráveis o suficiente.

    O Feitiço de Áquila tornou-se uma obra cult para os amantes do gênero, mas ainda é amplamente ignorada por muitos espectadores. Mais um motivo para continuarmos a evangelizar incansavelmente as multidões em torno dessa pepita.

    O Feitiço de Áquila está disponível para streaming no Star+.

    O Feitiço de Áquila
    O Feitiço de Áquila
    Data de lançamento 1985 | 1h 57min
    Criador(es): Richard Donner
    Com Matthew Broderick, Rutger Hauer, Michelle Pfeiffer
    Usuários
    4,3
    Assista agora em Disney +

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