Agora que o DCEU (Universo Estendido da DC) chegou ao fim, depois da fraca estreia de Aquaman 2: O Reino Perdido, é muito tentador olhar para trás e rever os altos e baixos de um projeto que começou com uma declaração de intenções. Esse projeto foi nada menos que O Homem de Aço, de Zack Snyder, que trouxe para a mesa um desafio que não tinha nada a ver com a da concorrência direta.
Está claro que o projeto cinematográfico defenestrado da Distinta Competição veio para correr riscos, e um exemplo claro disso foi começar com uma das decisões mais controversas dos últimos tempos: fazer com que o Super-Homem cruzasse uma linha que nunca havia cruzado antes e assassinasse outro personagem.
Em entrevista à Empire, o roteirista David S. Goyer explicou sua posição sobre a delicada decisão.
“É preciso respeitar o cânone, mas questioná-lo constantemente. Se você não reinventar esses personagens, eles ficam estagnados e se tornam irrelevantes. Nós sentimos, e acho que muitas pessoas sentiram, que o Super-Homem não era mais relevante.”
O diretor Zack Snyder também deu sua opinião sobre o assunto: “O ‘porquê’ para mim era que, se realmente fosse uma história de origem, sua aversão a matar não era explicada. Eu queria criar um cenário em que o Super-Homem visse [os cidadãos de Metrópolis] cortados ao meio, ou você tem que fazer o que tem que fazer”.
De acordo com Goyer, o produtor de Homem de Aço, Christopher Nolan, opôs-se fortemente à ideia de colocar sangue nas mãos do Super-Homem, em parte por causa de sua experiência com a trilogia Batman: O Cavaleiro das Trevas, mas o roteirista conseguiu convencê-lo depois de lhe apresentar a cena escrita.
[Chris] originalmente disse: ‘Não tem como você fazer isso’. Escrevi a cena, a entreguei e ele disse: ‘Ok, você me convenceu’.
Enquanto isso, durante uma conversa com o USA Today, o prestigiado escritor de quadrinhos Grant Morrison, autor de Grandes Astros: Superman, deu sua opinião sobre o assunto e fez uma proposta sobre o que ele teria feito para resolver a briga entre Kal-El e Zod.
“Não sei quanto a vocês, mas a última decisão moral que tomei não teve nada a ver com matar pessoas. As pessoas pedem coisas como essa, mas fico me perguntando por que elas insistem que isso é o que todos nós faríamos se estivéssemos no lugar do Super-Homem e tivéssemos que tomar a difícil decisão de matar Zod. Será que faríamos? Muito poucos de nós já mataram alguma coisa.”
“[Na minha versão], o Super-Homem teria pegado Zod, levado-o para a lua e o derrotado lá. O Super-Homem acha que ‘Zod está recebendo seus poderes do sol, mas ele só está aqui há algumas semanas, não vai ser tão poderoso assim. Portanto, é basicamente o meu poder contra o dele’. É isso que acontece em minha cena. Depois, ele o derrota em Marte. Depois, o derrota em Plutão. Os dois lutam na paisagem árida e negra de Plutão.”
*Fique por dentro das novidades dos filmes e séries e receba oportunidades exclusivas. Ouça OdeioCinema no Spotify ou em sua plataforma de áudio favorita, participe do nosso Canal no WhatsApp e seja um Adorer de Carteirinha!