Pode parecer fácil atirar uma pedra em um filme dirigido por Paul WS Anderson, mas há aqueles que acreditam que, talvez, ele tenha exagerado no cinema da época — principalmente com sua versão engraçada de Os Três Mosqueteiros. Claro, tem alguns filmes realmente menos agradáveis e tem Pompeii, que é o pior de todos. Nem mesmo a presença de Kit Harington no elenco salvou.
Na época, o ator estava em alta graças a Game of Thrones, mas, aqui mostrou que era uma estrela além da série, o que impediu o colapso total nas bilheterias do filme. Por um lado, Pompeii converteu um tremendo evento histórico em uma história cheia de clichês em que não há nada que cause o menor interesse à proposta.
Nenhum dos atores se destaca positivamente: tanto Kit Harington quanto Emily Browning mostram uma nulidade preocupante quando se trata de transmitir qualquer tipo de emoção ao espectador.
De fato, mesmo seu orçamento de 100 milhões de dólares não fica bem na tela, já que os efeitos visuais são de baixa qualidade em algumas cenas — em outras, é justo admitir que não ficam nada mal. Isso é estranho, porque o Anderson tem conseguido se virar com menos dinheiro, mas até isso falha aqui. Disperso e repetitivo na narrativa, cansativo na interpretativa e oco na encenação.
É claro que tudo isso influenciou Pompeii a se tornar um dos filmes sobre catástrofe mais fracassados de todos os tempos, já que arrecadou apenas 117 milhões, causando prejuízos multimilionários aos seus produtores.