O filme é bom, tem uma proposta bacana de crítica as interações familiares, questionando o quanto das responsabilidades dos pais com os filhos estão sendo terceirizadas para a tecnologia, há bastante cenas de suspense que prendem o fôlego, mantendo a gente atento e ávido por continuidade, principalmente as cenas da M3gan em ação (a cena dela correndo na floresta é muito impactante) mas merecia um roteiro melhor escrito e desenvolvido, com um amadurecimento de trama que pareça razoável. Os personagens são caricatos demais, chegam a ser cômicos, principalmente o chefe; a rapidez com que a M3gan passa de um mero brinquedo à uma ameaça é broxante, não tem uma construção coerente que te faça ver uma evolução; algumas das ações da M3gan são bizarras e totalmente dispensáveis, por exemplo aquela dancinha sem pé nem cabeça (ou talvez exista uma referência e eu que não entendi); e o principal de todos: o tempo de construção de um protótipo desse nível de tecnologia e importância até o lançamento global de duas semanas é bizarro! Não tem o menor cabimento disso acontecer na realidade, não tem licença poética que justifique. Apesar desses vários furos na minha visão, as cenas de suspense e de prender a respiração valem a pena.