Qual a diferença desta versão para as anteriores? O bom enredo. É interessante observar a mudança de posicionamento da princesa, onde, nesse filme, ela se destaca como alguém mais madura, consciente de seu papel como filha do sultão, querendo demonstrar que, como mulher (numa “época” e numa cultura que a coloca em um lugar secundário), pode se tornar uma grande líder de seu povo (uma adaptação importante, que caiu muito bem no filme, trazendo a mensagem, presente nos dias atuais, sobre a igualdade entre homens e mulheres). O filme começa com a família de Will Smith em um barco e termina voltando ao mesmo barco, o que se torna um dos aspectos (e uma surpresa) interessantes do filme. A história conhecemos bem: Aladdin (Mena Massoud, excelente no papel) é um jovem (bom) ladrão que vive de pequenos roubos na cidade de Agrabah. Um dia, ele ajuda uma jovem a recuperar um valioso bracelete, sem saber que ela na verdade é a princesa Jasmine (Naomi Scott, também muito bem). Aladdin se interessa pela jovem, que lhe esconde a verdade, dizendo ser a criada da princesa (muito bem interpretada por Nasim Pedrad). Ao visitá-la em pleno palácio (sabe como poucos entrar e sair de lugares), acaba descobrindo a verdadeira identidade de Jasmine, através do antagonista da história, Jafar (Marwan Kenzari, esse deixou a desejar), o grão-vizir do sultanato, que o captura e, por desejar o poder (o lugar do sultão, pai de Jasmine), lhe “obriga” a pegar uma lâmpada mágica (numa caverna onde quem entra, até então, não havia conseguido sair), lâmpada essa onde habita um gênio (Will Smith, excelente como gênio) capaz de conceder três desejos aquele que a possuir. Música joia, fotografia sensacional e uma direção bem conduzida. Além do antagonista, outro aspecto contrário é o não aprofundamento do romance entre os personagens centrais. Tal aprofundamento ficou mais por conta do casal formado pelo gênio e a criada da princesa.