Super-heróis para muitos já é um gênero no cinema, Hollywood é quem mais fatura em bilheteria nesse sentido e não é a toa que seu maior investimento é “Os Vingadores: Era de Ultron”, filme que fecha a 2ª Fase da Marvel na telona. O filme do entusiasta de Quadrinhos, Josh Whedon, não deixa a desejar no quesito estético e em aventuras colossais. De cara começa com a busca pelo cetro de Loki, cujo bastão possui a gema da mente, a trupe dos maiores heróis da terra enfrenta a artilharia da base de operações da Hydra, liderados pelo Barão de Von Strucker (Thomas Kretschmann) , que possui em seu comando Os Gêmeos Pietro e Wanda Maximoff, Mercúrio (Aaron Taylor-Johnson) e Feiticeira Scarlate (Elisabeth Olsen). Denominados de “Aprimorados”, já que a Fox é detentora dos direitos da palavra “Mutante” nos cinemas. A cena inicial é bem cartunesca em vários aspectos, lembrando muito as comics dos heróis, principalmente, quando estes se juntam em um único quadro para gerar a típica “Capa de HQ”, lindo demais.
Era de Ultron é um filme maior em escala quando comparado ao seu antecessor, pois utiliza-se de recursos narrativos que deram certo no primeiro, multiplicado a 5ª potência no segundo, além daquele humor nonsense presente em todos os filmes da Marvel. Apesar de sua grandiloquência, o longa de Whedon possui um roteiro bem amarrado no desenvolvimento de alguns personagens, como o caso do Gavião Arqueiro (Jeremy Renner), demonstrando maior preocupação por um personagem, literalmente humano, carecedor de cuidados tanto familiar quanto da equipe de super poderosos. O flerte da Viúva Negra (Scarlett Johansson) e Bruce Banner (Mark Ruffalo) também ganha corpo nessa nova aventura, favorecendo um possível isolamento do gigante esmeralda (quem sabe Planeta Hulk).
O mesmo roteiro de Whedon passa por Wakanda, terra do Pantera Negra, mostrando o grande poderio de vibranium, matéria prima utilizada pelo antagonista Ultron (James Spader) em sua evolução. A grande mente por trás disso é Ulysses klaw (Andy serkis), que virá a ser o “Garra Sônica”. O longa tem muitos momentos emblemáticos e grandiosos, um deles é o embate entre Hulk x Hulkbuster, apelidada de Verônica por Tony Stark (Robert Downey Jr), fantástico!
Sobre os novos personagens, os irmãos Maximoff, sua jornada é honesta, destaque para a Feiticeira Scarlate que rouba a cena, uma mistura de terror com sobrenatural, ficou bem legal. Mercúrio tem umas cenas interessantes, porém é difícil ser melhor que seu antecessor em “X-men: Dias de um futuro esquecido”. O vilão Ultron se mostra uma ameaça à altura, surtado em vários momentos e bem humorado, acredito que a cena dele gigante fez falta, infelizmente. O androide Visão (Paul Bettany) é outro destaque, um personagem poderoso e filosófico, será de grande ajuda na nova fase.
Segundo o enredo do filme, tudo caminha para o cisão da equipe principal, tanto que há indícios de uma nova formação nos próximos filmes da franquia, além é claro do gancho para a tão esperada “Guerra Civil”. A produção deixa à tona as divergências de ideias entre o Sentinela da liberdade (Chris Evans) e Homem de Ferro. Já o Filho de Odin (Chris Hemsworth) retorna para Asgard para investigar as Gemas do Infinito, depois das visões manipuladas pela Feiticeira, fica ai a próxima aventura do deus nórdico em “Thor Ragnarok”.
O filme é mais um Blockbuster de sucesso da Casa das Ideias.