Sou bastante desconfiada quando vejo que um filme está tentando “homenagear” qualquer anime ou filme asiático.Por isso, fui assistir “Círculo de Fogo” com um pé atrás.Principalmente porque, pelo trailer, achei que seria uma tremenda cópia de “Neon Genesis Evangelion”.Mas me enganei redondamente.”Círculo de Fogo”é de verdade um filme feito para todas as pessoas que cresceram assistindo anime, e que transforma qualquer um em criança novamente.
“Círculo de Fogo” é um filme raro nos dias de hoje, já que apesar da enorme quantidade de efeitos especiais, ele realmente parece um anime em live-action.Talvez por ter sido dirigido por um mexicano, Guilhermo Del Toro que não se deixou contaminar pelas influências do cinema hollywoodiano.Ele consegue utilizar como ninguém dois ícones dos filmes Tokusatsu: Kaijis e Mechas.Pra quem não entendeu..Monstros gigantes e Robôs mais gigantes ainda.
Na história, acompanhamos a invasão sofrida pela Terra pelos tais monstros, que surgem das profundezas do Oceano Pacífico.Na tentativa de enfrentar essas criaturas, o governo investe no programa Jaeger, e constrói enormes robôs pilotados por dois pilotos que precisam de uma conexão neural. Um desses pilotos, Raleigh ( Charlie Hunnam), anos depois de perder o irmão em uma luta, é chamado pelo Comandante Stacker (Idris Elba), para pilotar sua maquina em Hong Kong.Lá, ele conhece Mako(Rinko Kikuchi), que passa a ser sua parceira e tem motivos de sobra para odiar e querer destruir todos esses monstros.
As motivações de praticamente todos os personagens são muito simplistase eles não são muito complexos, mas sinceramente, quem se importa? Eu só queria ver os robôs metendo porrada naqueles monstros e relembrar quando os Power Rangers tentavam destruir os monstros enviados por Rita Repulsa, só que com efeitos especiais muito melhores.
No final das contas, apesar dos efeitos especiais modernos e de todas as melhorias tecnológicas, “Círculo de Fogo” é um filme sobre a nostalgia,relembrar como era assistir a extinta Manchete no final da tarde e torcer pelo “Jaspion” ou assistir os episódios de “Macross” ou “Zillion”, tempos que infelizmente, não voltam mais.
Um Homenagem de verdade para aquela criança que existe dentro de cada um de nós.