Tá aí um filme que surpreendeu, porque? Atores famosos? Não. Ideia revolucionária? Não. Excelentes efeitos especiais? De certa forma sim, porém não por isso. Mas então, o que raios este longa de atores desconhecidos, com uma ideia igual a de filmes de robôs X alienígenas, sem maiores detalhes para efeitos especiais, teve que surpreendeu?
Tal ficção científica / ação dirigida com maestria por Guillermo del Toro, demonstrou minúcias diferenciais, as quais destacaram-no dentre outros da área. Círculo de Fogo seria facilmente resumido por Transformers X Godzillas, porém, diferente do que todos esperavam, não foi exatamente isso. O diretor conseguiu de forma exemplar, administrar cenas em conteúdos precisos de lutas, problemas pessoas vividos pelos atores, comédia, drama, “romance”, dentre demais características, das quais, ao final do mesmo nos faz sentir totalmente completos em todos os aspectos, início, desenvolvimento e desfecho. Alias, minto, deixando-nos com um gostinho de “por favor, façam a continuação!”.
Charlie Hunnam vive o ator principal Raleigh, o qual se afasta do projeto Jeager (nomes dados aos robôs, comandados por duas pessoas “compatíveis”, que combatem os monstros alienígenas) devido a morte de seu irmão. No entanto, o comandante Stacker, contracenado por Idris Elba (o “porteiro” de Thor), o convence a retornar, pelo fato da escassez de pilotos experientes e controlar seu antigo Jeager, já que o governo não estava mais ajudando financeiramente para a construção de mais. Neste meio termo, o protagonista de depara com Mako (Rinko Kikuchi), outro personagem com sérios problemas emocionais, o que desta forma, acaba por se compatibilizarem para controlar tal robô.
Tal trama ainda conta com o bizarro personagem vivido por Ron Perlman (Hellboy), o qual dispensa críticas, e boas pitadas cômicas oriundas da equipe de pesquisa.
Soma-se também a Círculo de Fogo, além dos bons efeitos especiais, criaturas malignas, prontas para destruir, as quais se diferenciam de Godzilla (por exemplo), por suas variedades (ponto positivo do diretor, pois haja criatividade) e versatilidade, onde umas além de possuírem tipicidades aquáticas, proporcionando certa vantagem neste meio, ainda detêm portes físicos perfeitos para combates em terra; e algumas até criam asas!! Sem noção!!! Combates extremamente difíceis, bem pensados e inovadores. Existem cenas que realmente nos fazem pensar: “fu... tudo agora, não tem como ganhar essa luta!!”
Este longa nos proporcionou um momento nostálgico tremendo, onde Jaspion, Flashman, Changeman, Ultraman e Power Rangers, foram relembrados e sentidos na pele de forma única, atingindo especificamente o público masculino, porém, ao demonstrar romance e outras cenas envolventes, das quais não só pancadaria e porrada, também alcançou boa partição feminina, ocasionando assim uma magnífica surpresa e conseguindo a excelente nota 4,0;