Recentemente estreou na Netflix o filme Quase Uma Rockstar, produção original do streaming, adaptada da obra infanto-juvenil de Matthew Quick. Talvez você não esteja adaptado com o título do subgênero, mas o "Coming of Age" — obra que retrata a fase de amadurecimento e crescimento da adolescência para a fase adulta — tem sido cada vez mais reaproveitado e adaptado aos cinemas e à TV.
Pegando o próprio gancho de Quase Uma Rockstar, que tem agrado bastante os espectadores, o AdoroCinema separou uma lista com outras interessantes adaptações recentes de livros com a pegada Coming of Age (ou apenas adolescente, caso queira resumir). Aproveite e prepare para fazer aquela lista especial!
QUASE UMA ROCKSTAR
Em Quase uma Rockstar, Amber Appleton (Auli'i Cravalho) tem dezessete anos e está no ensino médio. Ela mora em um ônibus escolar junto com a sua mãe alcóolatra e seu leal vira-lata, Bobby Big Boy, após serem expulsas de casa pelo ex-namorado da mãe. Mesmo tendo uma vida difícil, a jovem mantém a sua boa energia e otimismo, focando em ajudar as pessoas ao seu redor. Quando uma tragédia ocorre em seu mundo, a vida da jovem é drasticamente afetada, mudando sua maneira de enxergar as coisas.
Dirigido por Brett Haley, o mesmo do controverso Por Lugares Incríveis, Quase Uma Rockstar é inspirado no livro de Matthew Quick, talentoso escritor por trás O Lado Bom da Vida, que também tem uma adaptação de bastante sucesso. Ao contrário de Por Lugares Incríveis, o filme teve uma recepção bem interessante, o que até pode gerar outras adaptações do Quick, que fala muito sobre o assunto do amadurecimento.
AS VANTAGENS DE SER INVISÍVEL
Dirigido pelo mesmo Stephen Chbosky que também escreveu o filme, As Vantagens de ser Invisível conta a história do solitário e deslocado Charlie (Logan Lerman), que precisa aprender a conviver com a nova rotina do Ensino Médio e a lidar com suas crises de ansiedade, depressão e estresse pós-traumático. No entanto, tudo muda quando ele conhece novos amigos de outra turma.
Praticamente uma unanimidade entre os fãs do subgênero, o longa estrelado ainda por Ezra Miller e Emma Watson manteve-se fiel à obra original (talvez por contar com o autor na direção) e realizou uma excelente escalação, cumprindo todos os requisitos para uma adaptação que funcione tanto como releitura quanto como obra independente. Além, é claro, de te dar aquela sensação de ser...infinito.
SE ENLOUQUECER, NÃO SE APAIXONE
Craig (Keir Gilchrist), estressado com as demandas de ser um adolescente e assustado com sua tendência suicida, decide buscar ajuda em uma clínica psiquiátrica. Internado por uma semana, ele logo é acolhido por Bobby (Zach Galifianakis), que se torna seu mentor, e se encanta com Noelle (Emma Roberts).
Existem vários lugares e maneiras para se descobrir, amadurecer e se apaixonar. Às vezes, um hospital psiquiátrico é o melhor deles. Originalmente escrito por Ned Vizzini, que recentemente faleceu em decorrência a um suicídio, o livro Uma História Meio que Engraçada fala justamente sobre encontrar pessoas que te entendem e estão lá por você quando passa pelo momento de entender seu local no planeta.
ME CHAME PELO SEU NOME
O sensível e único filho da família americana com ascendência italiana e francesa Perlman, Elio (Timothée Chalamet), está enfrentando outro verão preguiçoso na casa de seus pais na bela e lânguida paisagem italiana. Mas tudo muda quando Oliver (Armie Hammer), um acadêmico que veio ajudar a pesquisa de seu pai, chega.
Indicado ao Oscar e inclusive saindo vencedor com o prêmio de Melhor Roteiro Adaptado, Me Chame Pelo Seu Nome mostra que foi certificadamente uma adaptação muito bem feita e bastante sensível, falando sobre se descobrir e se entregar no período da adolescência até que, por fim, possamos entender as coisas ao nosso redor.
ADORÁVEIS MULHERES
Dirigido por Greta Gerwig e estrelado por Saoirse Ronan, Emma Watson, Florence Pugh e Eliza Scanlen, Adoráveis Mulheres conta a história de quatro irmãs que amadurecem na virada da adolescência para a vida adulta enquanto os Estados Unidos atravessam a Guerra Civil. Com personalidades completamente diferentes, elas enfrentam os desafios de crescer unidas pelo amor que nutrem umas pelas outras.
Também indicado ao Oscar, o filme mostra que obras clássicas, de décadas e décadas atrás, também podem muito bem falar a respeito do que significa amadurecer e encontrar o seu lugar no mundo, especialmente quando se está cercado por pessoas tão amadas mas tão diferentes.
COM AMOR, SIMON
Todos merecem uma história de amor! Essa é a frase que explica muito bem a premissa de Com Amor Simon. Na trama, aos 17 anos de idade, Simon Spier (Nick Robinson) aparentemente leva uma vida comum, mas sofre por esconder um grande segredo: nunca revelou ser gay para sua família e amigos.
E tudo fica mais complicado quando ele se apaixona por um dos colegas de escola, anônimo, com quem troca confidências diariamente via internet. Leve, apaixonante e identificável para aqueles que passaram por situações parecidas na adolescência, o filme é uma celebração à própria identidade e o amor livre dentro desta perspectiva.