Feliz por ter levado para casa o Globo de Ouro de Melhor Ator por sua performance em Bohemian Rhapsody, e por ser indicado ao Oscar, o ator Rami Malek está com motivos de sobra para comemorar. Mas nem tudo são flores.
Enquanto a Fox foi duramente criticada por escolher o diretor Bryan Singer, famoso por seu trabalho em obras como X-Men - O Filme e Os Suspeitos, devido às fortes acusações de assédio que ficaram mais evidentes em 2014, Rami não havia feito nenhum pronunciamento direto sobre o assunto, até agora.
Mas após o surgimento de quatro novas denúncias de estupro e pedofilia contra Singer, feitas pela revista The Atlantic, Malek declarou ao jornal Los Angeles Time que sabia pouco sobre a vida do diretor.
"Eu fui cotado para o papel antes de Bryan ser ligado ao projeto. Então eu abaixei a minha cabeça por um ano, me preparei, e não olhei para cima. As acusações eram coisas sobre quais, acreditando ou não, eu não possuía o menor conhecimento a respeito", comentou.
Rami ainda elogiou a equipe atual e destacou a determinação do time para fazer o projeto acontecer mesmo com todas as adversidades. "Encontramos uma forma de perseverar mesmo com tudo que entrou em nosso caminho. Eu tenho muito orgulho dessa equipe e desse elenco por terem elevado o nível. É uma prova da coragem e da habilidade de todos. Se tem uma coisa que posso dizer sobre nós, é que nunca desitimos", completou.
Após problemas da própria equipe de produção com Bryan, o diretor foi afastado do comando do longa e substituído por Dexter Fletcher, que também comanda Rocketman, a cinebiografia do Elton John. Enquanto a equipe ignorou completamente Singer durante o discurso no Globo de Ouro, o cineasta fez questão de agradecer no Twitter, trazendo novamente à tona o assunto das polêmicas envolvendo seu nome.
Bohemian Rhapsody teve também cinco indicações ao Oscar, incluindo Melhor Filme e Melhor Ator.