O cenário é familiar: o Aquaman clássico, dos quadrinhos da década de 60, está sentado em uma espécie de divã no fundo do mar. Enquanto uma suposta terapeuta anota as principais questões que o atormentam, o herói lamenta nunca ter sido respeitado, e diz sentir que está sendo substituído.
No outro lado do divã está Jason Momoa, ator que interepreta a versão mais recente do Rei de Atlantis no filme solo do personagem, que já arrecadou mais de US$ 500 milhões ao redor do mundo. Com humildade, ele conforta seu antecessor, afirmando que ele é muito poderoso e descolado, mas que o mundo precisava de alguém que trouxesse mais frescor.
Nessa animação hilária que divulga o novo longa de James Wan, o passado infame do Aquaman clássico é redimido. O herói original — que sempre foi criticado por ter poderes supostamente inúteis, por seu traje defasado e por sua atuação considerada inconsistente nos conflitos do programa de TV Super Amigos —recebe a aprovação do cativante Momoa, que o convida para dar uma volta. Os dois se reconciliam e a paz é reestabelecida nos sete mares. Ao menos, por enquanto.
De fato, o diretor James Wan admitiu ter dado uma repaginada no Aquaman. Ele transformou, por exemplo, os clássicos cavalos marinhos que Arthur Curry utiliza como meio de transporte em imponentes dragões marinhos. A estratégia escolhida por Wan tinha como objetivo conferir ao herói um aspecto mais atual:
"Ao longo do projeto, eu estava ciente de que ele (Aquaman) tinha sido alvo de piadas no universo de super-heróis até agora. E eu não tentei me esquivar dessa persona. Eu me debrucei sobre ela, peguei o que o público leva como piada e tentei transformar em algo super cool".
Estrelando Amber Heard, Willem Dafoe, Patrick Wilson e Nicole Kidman, Aquaman já está em exibição nos cinemas brasileiros.