Em tempos onde produtores como Kevin Feige (Marvel), Kathleen Kennedy (Star Wars) e Amy Pascal têm cada vez mais poder sobre os grandes filmes de Hollywood, os cineastas acabam tendo menos espaço para trabalhar. A surpreendente demissão de Phil Lord e Chris Miller da direção do filme de origem do Han Solo (Alden Ehrenreich) é uma prova dessa mudança de paradigmas na indústria. No entanto, Taika Waititi parece ser um ponto fora da curva: segundo o realizador, 80% de Thor: Ragnarok foi completamente improvisado.
"Meu estilo de trabalho se resume a assumir a câmera, ou ficar perto dela, e começar a gritar para as pessoas, dizendo 'fale isso, fale aquilo, fale desse jeito!' Dei falas improvisadas ao Anthony Hopkins. Eu não tô nem aí. Mark Ruffalo terminava o dia de filmagens me perguntando: 'Como nós ainda não fomos demitidos? Nós estamos fazendo uma loucura nesse filme, cadê o telefonema?'", declarou Waititi em entrevista à MTV. A "louca" abordagem parece ter surtido o efeito desejado: durante o painel da Marvel na Comic-Con, o público foi à loucura com a apresentação de Thor: Ragnarok, especialmente por conta do alucinante trailer divulgado.
Contando com as doses de humor características do trabalho de Waititi (O Que Fazemos nas Sombras) e sequências insanas de ação, Ragnarok traz grandes dificuldades para Thor (Chris Hemsworth). Hela (Cate Blanchett), a deusa da Morte, quer trazer caos e destruição ao Reino de Asgard e o deus do Trovão é o único que pode impedi-la. No entanto, para completar a missão mais complexa de sua vida, Thor terá que recuperar seu martelo, se aliar ao seu traiçoeiro irmão Loki (Tom Hiddleston), derrotar o Hulk (Ruffalo) em uma batalha insana e conquistar o apoio da guerreira Valquíria (Tessa Thompson). Não está fácil para ninguém, muito menos para o filho de Odin (Hopkins).
Coestrelado por Idris Elba, Benedict Cumberbatch, Karl Urban, Jaimie Alexander e Jeff Goldblum, Thor: Ragnarok chega aos cinemas brasileiros no dia 26 de outubro.