É o tal do “método” – surgido nos palcos norte-americanos nas décadas de 1930/ 1940, a partir dos estudos de Constantin Stanislavski, que consiste, grosso modo, na técnica segundo a qual o ator deve procurar reproduzir em si mesmo os sentimentos e emoções de seus personagens.
Não entendeu? Os exemplos a seguir não vão deixar dúvidas. Sigam-me os bons.
Fonte: BusinessInsider.com
Heath Ledger foi o Coringa.
Algumas pessoas especulam que a dedicação de Heath Ledger ao papel do Coringa de Batman – O Cavaleiro das Trevas (2008) teria o levado à morte – o que configuraria um caso extremo de recusa em sair do personagem.
O fato é que o ator se trancou em seu apartamento por um mês inteiro e dormiu cerca de duas horas apenas por noite durante uma semana de filmagem – porque não conseguia parar de pensar no personagem. Os membros do elenco chegaram a ficar preocupados porque ele se recusava a falar se não fosse como Coringa – mesmo quando não estava filmando, claro.
Eventualmente, Ledger até deixava o apartamento, nos dias de folga, e sempre se dirigia para... o local das filmagens, como contou à Fox News um integrante da equipe. “Ele passeava pelo set assustando todo mundo. Lá para o final das gravações, algumas pessoas disseram pra ele que ele tinha ido longe demais”.
Será mesmo? Heath Ledger faleceu no mesmo ano, antes do lançamento do filme, em decorrência da overdose de medicamentos legais, prescritos após o envolvimento com o trabalho – e o papel rendeu a ele um Oscar póstumo. Mas, a respeito da teoria de que a superdedicação ao personagem teria sido responsável pela morte dele, o próprio pai de Ledger discorda.
“Isso [o envolvimento] era típico de Heath em qualquer filme. Ele certamente mergulharia assim em um próximo personagem. Acho que isso era um novo nível", Kim Ledger declarou em depoimento ao documentário alemão Too Young to Die (2014), que traz imagens do “diário do Coringa” da época das filmagens e voltou a ser assunto na imprensa recentemente.