Megalópolis talvez seja uma das ficções científicas mais aguardadas e polêmicas de 2024. Da mente por trás de O Poderoso Chefão e Apocalypse Now, Francis Ford Coppola, o longa chega aos cinemas brasileiros neste mês após uma ambiciosa produção que levou mais de 40 anos para ser concluída. O que muitos não sabem é que o longa tem referências a uma cidade brasileira, fruto de uma pesquisa feita pelo cineasta no início dos anos 2000.
Descrito pela imprensa internacional como uma fábula romana épica ambientada em uma América moderna, a trama acontece na cidade de Nova Roma. Este espaço é palco de um conflito épico entre Cesar Catilina, um artista genial a favor de um futuro utópico e idealista, e seu opositor, o ganancioso prefeito Franklyn Cicero. Entre os dois está Julia Cicero, com a lealdade dividida entre seu pai e seu amado, tentando decidir sobre qual futuro a humanidade merece.
Financiado pelo próprio diretor, o projeto é estrelado por Adam Driver, Giancarlo Esposito e Nathalie Emmanuel.
Esta ficção científica nem estreou e já está se tornando um pesadelo: Trailer polêmico e pedido de desculpas de estúdioO Brasil em Megalópolis
Em 2003, Francis Ford Coppola veio ao Brasil. Ao visitar Curitiba, após ouvir elogios sobre a cidade, a ideia do realizador era gravar um pedaço de Megalópolis na região. É curioso que desde a época, o seu conceito do longa não mudou muito, já que seu interesse era usar as locações paranaenses para ilustrar uma Nova York utópica - algo que, conceitualmente, chegou ao corte final. Aliás, um de seus maiores interesses era o transporte coletivo local, como relata uma matéria da Folha de Londrina publicada naquele ano.
Segundo a Folha de S. Paulo, o cineasta queria entender como uma grande cidade pode sobreviver ao costumeiro caos urbano sem os típicos problemas de qualquer metrópole, ainda mais com soluções inventivas sem grandes investimentos.
É um dos filmes de ficção científica mais esperados do ano, mas o diretor demitiu toda a equipe de efeitos visuais"O diretor disse que a capital do Paraná reúne ideias que vão estar no filme", relata o veículo. "Para Coppola, o sistema de transporte coletivo de Curitiba, por exemplo, impede que as ruas fiquem lotadas de carros e apareçam congestionamentos. O sistema tem linhas que passam por vias exclusivas, o que aumenta a velocidade e a pontualidade dos ônibus. Ele achou a cidade limpa, elogiou o programa de reciclagem do lixo, mas chamou a atenção pelo fato de ter encontrado muitos prédios e fachadas pichados."
Coppola ficou por 8 dias em Curitiba e chegou em Foz do Iguaçu em 11 de agosto com a mesma motivação. Ainda que não existam muitos comentários sobre essa visita, ele ficou encantado: “Essa região é espetacular. Voltarei o mais breve possível, provavelmente em abril de 2004, e da próxima vez trarei minha família para compartilhar todas essas maravilhas”, disse ele ao conhecer Itaipu, de acordo com o portal H2FOZ.
Posteriormente, os planos do cineasta ainda cruzaram com Salvador e Rio de Janeiro, mas não existem muitos relatos sobre a viagem. No mais, há 21 anos, o diretor absorveu muitos elementos da arquitetura brasileira para chegar a conceitos que estarão nos cinemas em breve - algo que provavelmente poderá ser notado pelo público nacional.
Megalópolis chega aos cinemas brasileiros pela O2 Play em 31 de outubro.
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