Existem poucos filmes que são tão icônicos que se tornam o símbolo de todo um gênero. Esse é o caso de Sete Homens e Um Destino, de John Sturges, de 1960. Há 63 anos, essa obra-prima que acompanha as aventuras de um grupo de pistoleiros protegendo uma aldeia de bandidos é considerada um dos melhores faroestes de todos os tempos. O potencial do filme era aparentemente previsível antes da filmagem: o futuro astro de Hollywood Steve McQueen (Bullitt) chegou a fingir um acidente para conseguir um papel no filme...
Sete Homens e Um Destino é o remake do épico Os Sete Samurais (1954), de Akira Kurosawa. Na adaptação, uma pequena vila de camponeses no norte do México sofre ataques incessantes de bandidos liderados pelo saqueador Calvera (Eli Wallach). Os camponeses decidem pedir ajuda do outro lado da fronteira americana: Chris Adams (Yul Brynner), um aventureiro taciturno e excelente atirador, será seu salvador. Juntos, eles recrutam seis outros homens, todos mercenários, cada um motivado por razões pessoais e com seu próprio senso de honra.
TUDO PELO PAPEL
Desde o início, o diretor John Sturges tinha Steve McQueen em mente para um papel, mas o ator já estava comprometido com a série de TV Wanted: Dead or Alive. No entanto, ele queria o papel: o experiente motorista então fingiu um acidente de carro, dirigindo seu veículo direto para um banco, conforme revelado em sua biografia Steve McQueen: In His Own Words, escrita por Marshall Terrill. O ator foi visto pela cidade usando um colar cervical por um tempo, até que os produtores da série adiaram as filmagens para ele. Nesta transição o ator pode participar da filmagem de Sete Homens e Um Destino, um dos dez faroestes obrigatórios para qualquer fã de cinema.
Mirisch Company
Essa façanha, de acordo com a biografia, foi realizada com sua esposa no banco do passageiro, e deu a ele o avanço que estava esperando. Poderíamos pensar que o ator manteria um perfil discreto no set do filme, mas não foi o caso: frustrado por ter pouco diálogo e ansioso para ser notado, ele substituiu seus silêncios brincando com seu chapéu ou com moedas - qualquer meio era bom para atrair a atenção, para grande desgosto de seu parceiro Yul Brynner, que se irritava com esses pequenos gestos.
No final, Sete Homens e um Destino foi celebrado como um marco no gênero, e Steve McQueen tornou-se um dos maiores astros de cinema de sua geração.
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