Ser lembrado em meio a uma indústria que produz filmes há mais de 100 anos não é uma tarefa nada fácil. No entanto, no universo da sétima arte, muitas produções se empenham ao máximo para entregar uma ótima qualidade técnica, seja no roteiro, fotografia ou atuação. Mas às vezes, um filme fica marcado apenas por um acontecimento aleatório, como por exemplo, a junção de um bom elenco, uma trilha musical marcante, um roteiro nada sutil, uma arrecadação milionária de bilheteria ou até mesmo pelo valor para produzir uma única cena de ação.
Apesar dessas inúmeras situações, a indústria cinematográfica cada vez mais nos surpreende com suas histórias. Uma delas que podemos citar aconteceu em 1941, no filme de comédia "Pode Ser... Ou Está Difícil?", que iniciou um feito com muita saliva e fôlego.
Para ver no streaming: 4 melhores filmes com cenas de sexo reais que não são filmes pornôsO beijo mais longo da história do cinema até o ano de 2010 ficava entre os atores Jane Wyman e Regis Toomey, na comédia de 1941, "Pode Ser... Ou Está Difícil?" (You're in the Army Now), com o recorde de 3 minutos e 5 segundos de um beijo em tela. Na trama, os vendedores de aspirador de pó Homer Smith (Jimmy Durante) e Brewster Jones (Phil Silvers) arranjam uma confusão com o coronel Dobson, ao tentarem lhe vender um aspirador. Ofendidos e determinados a vender o produto, Homer se alista no exército com Brewste. Os dois são vinculados à unidade de cavalaria de Dobson, criando as mais confusas e engraçadas situações. Com a ajuda de Bliss (Jane Wyman), filha de Dobson, e seu noivo, o capitão Joe Radcliffe (Regis Toomey), a rotina do pelotão nunca mais será a mesma.
Apesar de manter o título por muitos anos, em 2010 a diretora Nicole Conn acaba retirando o título de Jane Wyman e Regis Toomey ao lançar o romance queer Elena Undone e dirigir a cena de um beijo que dura exatamente 3 minutos e 24 segundos entre as atrizes Necar Zadegan (Elena) e Traci Dinwiddie (Peyton). No filme, Elena e Peyton não podiam ser mais diferentes. Enquanto Peyton é uma escritora assumidamente lésbica e que vive sem rótulos, Elena segue uma vida mais retraída como dona de casa, cuidando de seu filho com seu marido, um pastor bastante dedicado.
O caminho das duas se cruza várias vezes e uma amizade se inicia. De amigas, elas acabam desenvolvendo algo mais profundo e iniciam um tórrido romance. Apesar das circunstâncias, Elena incentiva a relação, enquanto Peyton teme sair com o coração ferido no meio dessa história.
A cena que roubou o título do filme de 1941 segue em plano sequência, Elena voltando para a casa de Peyton, relutante na decisão de que as duas deveriam se afastar. Valendo mais que qualquer cena explícita de sexo, as duas se beijam intensamente por 3 minutos e 24 segundos, sem cortes ou interrupções. Uma das produtoras de distribuição do filme, em 2011, postou a cena do filme comemorando o fato histórico.
Será que mais uma produção está vindo para reivindicar este título da história do cinema?