5 – COM AS PRÓPRIAS MÃOS
Dwayne Johnson interpreta o ex-Forças Especiais Chris Vaughn, que retorna à sua cidade natal para descobrir que está nas mãos de um empresário desonesto interpretado por Neal McDonough. Neste cenário tão antigo quanto o mundo inspirado em uma história real, o diretor Kevin Bray não consegue respirar o menor sopro de originalidade.
Com as Próprias Mãos é sua estreia na direção de longa-metragem e sua falta de experiência é sentida com uma câmera trêmula e instável durante os momentos de ação e sem inspiração quando se trata de filmar outra coisa. The Rock, ainda bastante inexperiente, não consegue sair desse jogo manipulado.
Curiosidades: a verdadeira história é a do xerife Buford Pusser que praticamente sozinho limpou sua cidade infestada de mafiosos. O caso já havia sido adaptado em 1973 sob o título Justiça Final, com Joe Don Baker no papel principal.
Vin Diesel e Dwayne Johnson fizeram "tratado de paz" para Velozes & Furiosos 10: Diretor revela como fez The Rock voltar na franquia4 – O FADA DO DENTE
Dwayne Johnson é O Fada do Dente. Derek é um jogador de hóquei que destruiu o sonho de uma criança, sendo condenado a uma semana de serviço comunitário no país das fadas. Ele é o encarregado de recolher os dentes de leite colocados embaixo dos travesseiros.
Neste filme obviamente destinado principalmente a crianças (grandes), ele machuca os fãs de The Rock, que o descobrem enfeitado com asas dorsais, encolhido e perseguido por um gato. O choque entre a estatura imponente do ator e o fato de ele ser a mais simpática das fadas poderia ter funcionado, mas falhou.
A ingenuidade do todo e a falta de segundo grau da empresa tornam O Fada do Dente, apesar de tudo, bastante enfadonho, até para os filhos, que olham com um pouco de condescendência. Ele ainda arrecadou US$ 112 milhões nas bilheterias.
Curiosidades: o filme teve uma continuação, O Fada do Dente 2, onde o herói é interpretado por Larry The Cable Guy.
3 - O ESCORPIÃO REI
5.000 anos antes de Cristo, a lendária cidade de Gomorra está sob o domínio do ganancioso Memnon, um tirano maligno determinado a eliminar as tribos nômades do deserto. Estes então contratam o assassino Maythayus e seus irmãos para matar o Alto Conselheiro de Memnon, um mago. Mas quando Maythayus descobre que o mago é uma bela jovem, ele não consegue matá-la.
Este prelúdio/spin-off para a sequência de um remake (O Escorpião Rei apareceu pela primeira vez em O Retorno da Múmia) não corresponde às expectativas. Sofre em parte com a falta de criatividade dos roteiristas em relação aos personagens, todos bem ancorados em arquétipos vistos e revisados.
Algumas sequências de ação se destacam, mas são acompanhadas por músicas quase fora de contexto e o desejo de The Rock de se sair bem não é suficiente para compensar sua inexperiência e o fracasso geral do filme.
Curiosidades: este spin-off teve quatro sequências, mas nenhuma com Johnson: O Escorpião Rei 2: A Saga de um Guerreiro, O Escorpião Rei 3 - Batalha pela Redenção, O Escorpião Rei 4 - Na Busca pelo Poder e O Escorpião Rei 5: O Livro das Almas. Mathayus muda de rosto em cada filme, passando de Michael Copon para Victor Webster para Zach McGowan.
2 – O GRANDE ASSALTO
O Grande Assalto traz para as telas a história real do roubo de uma van blindada em Nova York em 1982, a maior da época, com 11 milhões de dólares roubados. O filme se concentra em dois amigos com necessidades financeiras que se veem envolvidos em uma situação maior que eles.
The Rock encarna o agente do FBI que vai tentar encurralar todo o grupo, onde apesar da sua presença na 3ª posição dos créditos do filme, só aparece em 6 ou 7 cenas, metade das quais bastante breves. Começamos a pensar que algo está errado.
Uma boa ideia para começar foi confiar o assunto ao diretor Dito Montiel, especialista em representar os marginalizados de Nova York tentando de todas as formas sair dela. No entanto, um pouco desconfortável com o roteiro, Montiel não conseguiu fazer o filme decolar.
A culpa é da óbvia falta de escrita e edição, fazendo que as cenas aconteçam sem transição e sem decidir claramente o que merece ou não ser mostrado. O filme perde ritmo e interesse, apesar de uma tentativa real em torno da jornada do herói, interpretado por Liam Hemsworth.
Para deixar claro, o filme sofre com seu marketing. Vendido como um longa de ação, pelo contrário, é muito falador e a adrenalina prometida pelo pôster não está lá.
Curiosidades: Este é o quarto filme de Dito Montiel depois de Santos e Demônios, Veia de Lutador e Anti-Heróis, e o primeiro sem Channing Tatum no elenco.
1 – DOOM – A PORTA DO INFERNO
O pior longa-metragem da carreira de Dwayne Johnson é, portanto, Doom – A Porta do Inferno, adaptação do videogame homônimo lançado em 2005, usado pelo ator Karl Urban. Dirigido por Andrzej Bartkowiak, o mesmo de Romeu Tem Que Morrer com Jet Li, Doom é um "filme de comando" com uma equipe enviada ao planeta Marte para explorar uma estação de pesquisa científica que não dá mais nenhum sinal de vida.
Na realidade, os pesquisadores abriram uma porta para o submundo e criaturas horríveis agora assombram o laboratório. Cabe ao comando sobreviver da melhor maneira possível contra esses monstros. O espectador lembrará especialmente da cena em primeira pessoa, uma referência direta ao jogo que mata toda a tensão "à la Alien" que o filme tentava instaurar até então.
Lamentamos também os diálogos e a encenação sem ideias proposta por Andrzej Bartkowiak. Quanto a The Rock, se seu personagem tem uma reviravolta no roteiro, ele fica com dificuldade em salvar o projeto do naufrágio.
Curiosidades: o cientista encontrado pelo comando chama-se Doutor Carmack em homenagem a dois dos co-criadores do jogo Doom de 1993: Jack e Adrian Carmack. Dwayne Johnson manteve as duas cópias do BFG (a arma definitiva do jogo e do filme) usadas no set.