"Twisters", a sequência tão aguardada do clássico "Twister" de 1996, apresenta um retorno ao emocionante mundo de tempestades e tornados, mas não sem suas falhas.
A trama segue os filhos de Bill Paxton e Helen Hunt, agora adultos, que continuam o legado de caçar tornados. Embora a premissa tenha potencial, o enredo em si peca pela previsibilidade. As reviravoltas que deveriam surpreender acabam se tornando clichês. Essa falta de originalidade compromete o impacto emocional que o filme poderia ter.
Os efeitos visuais, por outro lado, são impressionantes. A tecnologia avançou significativamente desde a década de 90 e isso é evidente nas sequências de ação, que capturam a força e a beleza destrutiva das tempestades. As cenas de furacões e tornados são visualmente deslumbrantes, proporcionando um espetáculo no grande tela.
Os personagens, no entanto, sofrem com desenvolvimento limitado. Embora o elenco tente trazer profundidade, muitos dos coadjuvantes parecem unidimensionais. A relação entre os personagens principais carece de nuance, o que poderia ter acrescentado mais tensão e emoção à narrativa. Em vez de se aprofundar nas complexidades familiares, o filme se concentra em cenas de ação, deixando de lado a construção de personagens.
A trilha sonora também é um ponto controverso. Enquanto algumas músicas complementam bem as cenas de ação, outras parecem deslocadas, dificultando a imersão na história.
Por fim, "Twisters" é um filme divertido para os fãs de histórias sobre desastres naturais, especialmente aqueles que apreciam a nostalgia do original. Contudo, sua falta de inovação e desenvolvimento de personagens impede que ele alcance o mesmo nível de impacto que seu predecessor. Em resumo, é uma experiência visual empolgante, mas que falha em capturar plenamente o que fez "Twister" tão especial.