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    O Exorcista
    Média
    4,5
    2918 notas
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    218 Críticas do usuário

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    Geraldopereiratj
    Geraldopereiratj

    6 críticas Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 5 de maio de 2024
    Filme instigante, você tenta entender a origem do problema e se surpreende com a situação final. Direção e atuação incríveis.
    Reis Ferreira
    Reis Ferreira

    4 críticas Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 5 de maio de 2024
    Ótimo filme.
    Um clássico muito bom de se assistir.
    O exorcista, já assisti varias vezes e recomendo, muito bom mesmo.
    gabystanys
    gabystanys

    5 críticas Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 5 de maio de 2024
    Kkkkkk esse filme assistir à noite é a melhor coisa. Sério! Eu amo filme de terror, e esse já assisti pela 5 vez 😍😂
    Clara Cristiny Damasio Simão
    Clara Cristiny Damasio Simão

    6 críticas Seguir usuário

    3,5
    Enviada em 5 de maio de 2024
    Um dos filmes mais terroristas e comediante da América, antigo e louvado a realidade do aee humano. 0
    Thay Silva
    Thay Silva

    2 críticas Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 5 de maio de 2024
    Inicialmente diria que o filme é um tapa na cara dos ufanistas em relação aos EUA e daqueles que fazem a apologia do "american way of life".
    Gestores Educacionais que não acreditam na possibilidade dos desiguais conviverem harmoniosamente e professores que não acreditam no potencial de seus alunos, escolas que são dotadas de recursos mas que são subutilizados e subaproveitados por docentes e discentes, alunos que formam quadrilhas e andam armados no interior da escola. Miséria, marginalidade, violência, segregação racial e toda uma série de preconceitos (étnico racial, social e de gênero) se avolumam para demonstrar, sem retoques, a realidade das escolas públicas daquele país.
    Nadando contra a maré e realizando o seu trabalho sem nenhuma colaboração da gestão escolar (e apesar da má vontade desta) está uma professora solitária, a qual acima de tudo não quer decepcionar seu pai, que havia marchado pelos Direitos Humanos na década de 60. Ela se desdobra, passa a ter mais dois empregos (recepcionista de Hotel e vendedora de lingerie) para custear os materiais e recursos pedagógicos que lhe são negados e que ela utiliza para resgatar a cidadania e o protagonismo dos estudantes, propondo o exercício do conhecimento de si mesmos, do seu entorno e do mundo.
    A professora realiza com estes alunos exluídos e marginalizados grandes projetos pedagógicos que culminam na leitura aprofundada do "Diário de Anne Frank" (como um subsídio aos seus próprios diários, onde consolidam suas leituras de mundo e reflexões críticas sobre a realidade) e até no custeio, via festas e atividades acadêmicas, da passagem da senhora que havia escondido Anne e sua família, para debater com eles.
    A professora acaba se divorciando, como fruto do excesso de dedicação e dos outros dois empregos que assumiu, e que lhe retiraram toda a possibilidade de convívio familiar/doméstico mas, ao final do filme, acabamos sabendo que a experiência foi replicada outras vezes e que ela acabou lecionando na Universidade da Califórnia.
    Filme para ser assisido com o lenço ou a caixa de lenços de papel ao lado e com o raciocínio desperto!
    Robson Nunes Rodrigues
    Robson Nunes Rodrigues

    2 críticas Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 8 de abril de 2024
    Vi com 13 anos, tenho 28 e até hoje tenho trauma da menina do exorcista, filme assustador demais pqp
    Vivian 🌷
    Vivian 🌷

    48 críticas Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 27 de março de 2024
    "O Exorcista" é tipo um clássico do terror que vai te deixar arrepiada e ao mesmo tempo empoderada, mana! É uma história assustadora, mas também é sobre coragem e determinação. A protagonista, a Regan, mostra uma força incrível ao enfrentar o mal que se apossou dela. E olha, os efeitos especiais podem ser antigos, mas ainda causam um tremendo impacto! É daqueles filmes que te fazem pular da cadeira, mas também te fazem admirar a força feminina. Então, se você tá afim de um terror clássico que também celebra o poder das mulheres, "O Exorcista" é a pedida certa!
    alexandre vanini
    alexandre vanini

    3 críticas Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 5 de janeiro de 2024
    O melhor dos melhores, Terror no sentido literal, altamente impactante para a época de seu lançamento continua a causar calafrios na espinha décadas depois.
    Neia Santos
    Neia Santos

    19 críticas Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 25 de outubro de 2023
    Esse filme é realmente uma obra prima...feito em 1973 assistindo hoje em 2023 e ainda é muito bom..depois desse nao conseguiram fazer outro da mesma tematica que fosse tão bom!
    Adriano Silva
    Adriano Silva

    1.515 seguidores 463 críticas Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 16 de outubro de 2023
    TEM SPOILERS DO LIVRO E DO FILME!

    O Exorcista (The Exorcist) 1973

    "O Exorcista" foi dirigido por William Friedkin a partir de um roteiro de William Peter Blatty, baseado em seu romance de 1971 com o mesmo nome. O filme é estrelado por Ellen Burstyn, Max von Sydow, Jason Miller e Linda Blair. "O Exorcista" conta a história de Regan McNeil (Blair), uma menina que era doce e meiga até ficar possuída pelo demônio pazuzu, e a tentativa de sua mãe de resgatá-la por meio de um exorcismo realizado por dois padres católicos.

    Sobre o livro:
    A obra-prima de William Peter Blatty é um verdadeiro clássico apoteótico do terror com mais de 13 milhões de exemplares vendidos em todo o planeta. Uma obra que mudou a cultura pop para sempre, se tornando um verdadeiro "marco" como uma das maiores obras da história da literatura. Uma obra-prima literária que mescla o sagrado, o ceticismo, a fé, a crença, o profano, juntamente com o investigativo e um estudo das camadas do ser humano ao ser exposto ao seu limite mental e espiritual.

    Uma obra categórica que impactou e assombrou com o seu poder em criar um verdadeiro embate entre a ciência e a fé. Este é exatamente o ponto-chave do livro que dita todo o contexto da sua história. Ou seja, temos aqui uma história que navega com bastante eficiência e relevância no ocultismo, no mistério, no suspense e no terror, e ainda cria todo um ambiente que desenvolve o drama, o trauma, a frustração e o sofrimento.

    Sem falar que o livro vai ainda mais além ao nos imergir em um verdadeiro terror psicológico durante toda a leitura. Ou seja, a leitura é fluida e dinâmica, e tem um início até leve e natural, dada a toda proporção da história. Este é o ponto que surpreende o leitor, por teoricamente ser confrontado com uma história que não demonstra um terror visível e palpável, mas desenvolve um terror psicológico, sobrenatural, algo que mexe com a nossa crença, com a nossa fé, que nos causa um desconforto mental e espiritual, pois o livro fala muito mais de fé do que sobre o medo. Durante toda a leitura nos sentimos Como se estivéssemos presos em um labirinto psicológico criado pela nossa própria mente - é bizarro!

    Os personagens são incríveis, inteligentes, bem desenvolvidos, bem trabalhados, onde naturalmente o leitor irá facilmente se apegar, criar uma empatia, começar a se importar com cada um. O próprio Padre Damien Karras carrega nas costas o peso de suas escolhas feitas no passado, e essas escolhas viraram traumas atuais que refletem em suas frustrações durante o embate com o demônio. O demônio é outro personagem muito importante da história, que obviamente não criamos empatia, mas sentimos o peso da sua maldade ao expor a sua fase mais destruidora ao corromper a alma da menina Regan.

    E toda esta incrível história é vagamente baseada no real caso de "O exorcismo de Roland Doe" no final da década de 1940, nos Estados Unidos. O livro é considerado pela Igreja Católica como um dos maiores relatos sobre um exorcismo já realizado desde a Idade Média.

    "O exorcista" é uma verdadeira obra-prima da literatura sombria. Aquela obra de arte literária obrigatória para todos os amantes do terror. Pois esta obra não se trata apenas de uma simples história sobre o bem contra o mal, ou sobre Deus contra o demônio, mas também sobre a renovação e o poder da fé.

    Sobre o filme:
    "O exorcista" é mundialmente conhecido como o maior filme de terror do século XX. E eu vou mais além: eu o considero simplesmente como "o melhor filme de terror de toda a história do cinema". Uma obra extremamente conceituada que chocou o mundo inteiro com sua metáfora do combate entre o sagrado e o profano, entre o poder da ciência e a força da fé, em um dos roteiros mais macabros já escritos em toda a história. O longa supera qualquer outra obra do gênero no quesito terror e possessão, se destacando como um filme completamente influente e revolucionário, um pioneiro que ditou novos rumos ao cinema, mudando e moldando o jeito de se fazer cinema, mais especificamente aos filmes de terror.

    O longa-metragem traz uma adaptação completamente fiel com sua obra literária. Ou seja, temos uma abordagem fiel e relevante em como o mal assume várias formas, várias faces, em como ele é responsável em mexer com o nosso psicológico, em quebrar a nossa barreira mental e espiritual nos provocando um certo desconforto, um certo incômodo, ao representar essa essência do nosso lado mais reprovável que reproduz um verdadeiro labirinto psicológico criado por nossa própria mente enquanto somos mergulhados nesse submundo sombrio e macabro. Esta obra é tão grandiosa, tão imponente, tão impactante, tão visceral, que vai além dos nossos medos visíveis. Ou seja, aqui o ponto-chave não é você sentir medo, se assustar, é algo mais palatável, mais sombrio, mais misterioso, mais soturno, um terror sobrenatural criado a partir do nosso medo psicológico em representações com figuras tais como monstros, fantasmas ou demônios, e principalmente com reação às profanações.

    Outro ponto que surpreende e se sobressai na obra é toda a abordagem referente ao drama que cada personagem apresenta na trama, e isso especificamente falando de um filme de terror. Temos todo o drama de Chris MacNeil (Ellen Burstyn) referente à sua filha e os problemas que ela passa a apresentar, pois quando todos os esforços da ciência para descobrir o que há de errado com a menina falham uma personalidade demoníaca parece vir à tona. Por outro lado a própria Chris sofre o drama da frustração de ter sido abandonada pelo marido e não poder contar com ele nessas horas. O Padre Karras (Jason Miller) carrega toda suas frustrações e traumas, e cabe a ele salvar a alma de Regan e ao mesmo tempo tentar restabelecer a própria fé, abalada desde a morte de sua mãe.

    O grande e notável escritor William Peter Blatty (falecido em 2017), que também era cineasta, é o grande nome por trás do longa-metragem. Além de ser o escritor do livro, ele foi o roteirista e produtor do filme, e partiu dele a escolha pelo diretor que dirigiria a sua adaptação. O diretor escolhido foi o saudoso mestre William Friedkin (falecido recentemente, no dia 7 de agosto de 2023). Ambos tiveram dificuldades para escalar o elenco para o filme. A escolha dos relativamente desconhecidos Ellen Burstyn, Linda Blair e Jason Miller, em vez de grandes estrelas do cinema, atraiu oposição dos executivos da produtora Warner Bros. Porém, eles se mantiveram firmes em suas escolhas sobre o elenco, tanto que a produção demorou o dobro do programado e custou quase três vezes o orçamento inicial.

    Devo afirmar que o diretor William Friedkin faz um trabalho completamente impecável por trás das câmeras. Como os seus takes mais próximos dos rostos dos personagens, que aumentava ainda mais o nosso desconforto, principalmente em ângulos fechados diretamente no rosto possuído da Regan. Todos os seus movimentos com a câmera nos causava um certo incômodo, principalmente com aqueles cortes e avanços nas retomadas das cenas, onde parecia que sua câmera desfilava pelos cenários, como se ela tivesse vida própria. Friedkin dominava com muita maestria todo o seu elenco, tinha todos nas mãos, onde ele conseguia tirar o melhor e máximo de cada ator em cena.

    Sobre a produção:
    Além de ser mundialmente cultuado e respeitado, "O exorcista" causou um grande impacto cultural por desafiar as regras cinematográficas da época. O longa carrega o peso de ser o maior filme de terror de todos os tempos, e também carrega o título das polêmicas e das histórias mais bizarras e absurdas que aconteceram na produção nos sets de filmagens. Temos várias histórias de bastidores sobre as histórias que a produção carrega, como as condições precárias e desumanas em que os atores foram colocados para filmar e também os acidentes que aconteceram ao longo de sua produção. Às filmagens ocorreram tanto em desertos quentes quanto em cenários refrigerados. Muitos elenco e equipe ficaram feridos, alguns morreram e acidentes incomuns atrasaram as filmagens. Os muitos contratempos levaram à crença de que o filme teria sido amaldiçoado.

    Ao todo, nove pessoas ligadas a produção do filme morreram de forma misteriosa, entre elas os atores Jack MacGowran e Vasiliki Maliaros, o avô de Linda Blair, um segurança do estúdio e um dos especialistas em efeitos especiais. Durante as gravações, o set de filmagem pegou fogo de forma misteriosa. No entanto, apenas o quarto da Regan não foi atingido, de acordo com os relatos da época. Devido às mortes e acidentes inesperados, o diretor William Friedkin consultou o Reverendo Thomas Birmingham sobre a possibilidade de exorcizar o set de filmagens. Em todas as vezes, o reverendo recusou o pedido, dizendo que isto causaria ainda mais ansiedade no elenco. Mas por diversas vezes ele visitou os sets para benzê-los e tranquilizar o elenco. Assim, após os eventos misteriosos envolvendo a equipe, o reverendo passou a acompanhar as gravações.

    De acordo com as investigações da época, o ator Paul Bateson fez uma breve participação no filme. No entanto, anos mais tarde, foi condenado pelo assassinato de Addison Verrill. Sem provas, Bateson ainda foi ligado a um serial killer responsável pela morte de outras pessoas, todas encontradas dentro do rio Hudson. Considerado muito assustador, o trailer original foi removido, pois mostrava partes do filme em preto e branco, em que as imagens se misturavam com as dos demônios. Além disso, apresentava Regan MacNeil possuída.

    Sobre o elenco:
    Com apenas 13 anos na época das gravações, a pequena Linda Blair é o grande nome e o principal destaque por trás de "O exorcista". Blair já era uma garota prodígio na época, com 12 anos ela já tinha aparecido em 75 comerciais e centenas de capas de revistas. "O exorcista" é seu filme de estreia nos cinemas, e devo afirmar que ela foi complemente fantástica, impecável e assustadora em sua atuação. A sua caracterização é impecavelmente bizarra, e isso se deve as várias sessões de maquiagem que levavam de duas a cinco horas para serem finalizadas.
    Blair virou uma das principais crianças em filmes de terror, sendo referência e influência para todas as atuações cinematográficas mirins em filmes de terror a partir dela. Ela é reconhecida e carrega este título até hoje, 50 anos depois.
    Porém, na época a Linda Blair sofreu muito com o peso dessa personagem, tanto no set de filmagem quanto fora dele. Durante a produção, Blair foi exposta a diversas dificuldades, como o quarto onde ela ficava, que teve que ser constantemente refrigerado, para que se pudesse capturar com exatidão a respiração gélida dos atores. Para tanto, foram usados quatro aparelhos de ar condicionado, todos ligados simultaneamente. Blair recebeu várias ameaças de morte e foi perseguida após o lançamento de "O exorcista", o que fez com que a Warner Bros. contratasse seguranças para viver com sua família durante 6 meses. Mesmo com todo o sucesso conquistado em "O exorcista", a carreira de Linda Blair não decolou, não teve o sucesso que todos esperavam, de certa forma ela ficou marcada pela produção, algo como uma maldição em toda a sua carreira.

    Ellen Burstyn é o segundo grande destaque do filme, que também ficou estigmatizada pelo seu papel de Chris MacNeil, a mãe de Regan. Ellen fez um trabalho gigantesco e fantástico ao personificar a figura de uma mãe que ama a sua filha, que sempre se preocupa com o seu bem estar, que sempre se mostra presente em sua vida, demonstrando muito carinho e amor. E sua personagem é marcada pela virada em sua vida, por ter que lidar com novos problemas relacionados à saúde de sua filha, o que logo põe à prova a sua crença entre a ciência e a religião (e logo ela que dizia não ter uma religião).
    Ellen Burstyn também ficou marcada por eventos misteriosos durante a produção do filme. O principal foi o trauma que ela enfrentou em uma determinada cena, onde sua personagem é arremessada para longe por sua filha possuída e ela bate violentamente com o coccix contra a cama e cai no chão. A verdade é que seu grito de dor foi real nessa cena. Esta cena foi filmada e mantida no filme. Ellen também estabeleceu uma condição durante as filmagens: que sua personagem não dissesse a frase "I believe in the devil!" ("Eu acredito no demônio!"), contida no roteiro original. Os produtores atenderam o pedido e esta frase foi retirada da história. As atrizes Jane Fonda e Shirley MacLaine chegaram a ser sondadas sobre a possibilidade de interpretarem a personagem Chris MacNeil. Mas ainda bem que a personagem ficou com a Ellen Burstyn.

    Jason Miller completa o trio de ouro de "O exorcista". Jason faz uma interpretação muito fina e muito competente do Padre Damien Karras. O interessante de seu personagem é o fato que inicialmente ele não faz parte daquela história, ele vai chegando com uma certa modéstia e aos poucos vai se estabelecendo dentro daquele universo. Além do que, Jason entrega uma atuação na medida certa, que mescla seus traumas do passado envolvendo sua mãe, com a atual situação envolvendo Chris e sua filha possuída.
    O mesmo vale para o Max von Sydow, o experiente Padre Lankester Merrin. Max entra com seu personagem mais na parte final da história e rapidamente já nos conquista. O Padre Merrin tem uma participação fundamental na história e um grande peso na parte final.

    Sobre as qualidades técnicas:
    "O exorcista" trouxe todo um trabalho técnico e artístico muito à frente do seu tempo. Como posso destacar os efeitos especiais, que era uma novidade naquela época. O trabalho de maquiagem e representação artística foi um avanço tecnológico, ou seja, um trabalho impecável. A trilha sonora de Krzysztof Penderecki e George Crumb é uma coisa do outro mundo. Incrível como a trilha sonora de "O exorcista" é maravilhosa, é penetrante, é estridente, é incômoda, principalmente pela clássica composição instrumental de "Tubular bells de Mike Oldfield" (que está completando 50 anos). Este instrumental tocará no meu casamento e no meu velório. A cinematografia é magnífica, e traz uma fotografia de Owen Roizman completamente colossal. A direção de arte é minunciosamente bem detalhada, onde nos apresenta cenários com bastante fidelidade com a obra. A edição é outro grande acerto, assim como a própria mixagem e efeitos sonoros, que nos dava uma dimensão exata acerca de todos os acontecimentos que permeava o quarto da Regan possuída.

    Curiosidades sobre a produção:
    "O Exorcista" foi lançado nos Estados Unidos em 26 de dezembro de 1973, um dia depois do Natal. O público esperou em longas filas durante o tempo frio; os shows esgotados foram ainda mais lucrativos para a Warner, uma vez que eles os reservaram para esses cinemas sob quatro contratos de aluguel de distribuição de parede, a primeira vez que um grande estúdio fez isso.

    Alguns espectadores sofreram reações físicas adversas, desmaios ou vômitos em cenas chocantes, como uma angiografia cerebral realista. Muitas crianças foram autorizadas a assisti-lo, o que levou a acusações de que o conselho de classificação da MPAA havia acomodado a Warner, dando ao filme uma classificação R em vez da classificação X para garantir a produção problemática e seu sucesso comercial. Várias cidades tentaram proibi-lo totalmente ou impedir a participação de crianças. No final de sua exibição teatral original, o filme arrecadou US$ 193 milhões e teve um faturamento bruto vitalício de US$ 441 milhões com relançamentos subsequentes.

    "O Exorcista" foi banido no Reino Unido durante 11 anos. Foi alegado desde grupos religiosos denunciando seu conteúdo como supostamente imoral, até espectadores desmaiando e vomitando durante sua exibição nos cinemas, tudo isso ajudou a construir a mística de "o filme mais assustador já feito". E não foi só no Reino Unido: durante algum tempo, inúmeras tentativas de censurá-lo ocorreram também nos Estados Unidos, mas foram mal-sucedidas.

    As filmagens do longa envolveram dezenas de profissionais e também exigiram soluções criativas da equipe, como por exemplo o uso da sopa de ervilha para simular o vômito.

    Os gritos sobrenaturais foram feitos a partir de efeitos sonoros insólitos de mixagens de gritos de porcos quando são enviados para o abate. Inicialmente, a voz do demônio seria da própria Linda Blair. Entretanto, após 150 horas de trabalho em cima do som do filme, o diretor resolveu substituí-la pela voz de Mercedes McCambridge que, para fazer a voz do demônio, comeu ovos crus, tomou muito álcool e fumou diversos cigarros. A atriz McCambridge chegou a processar a Warner Bros., para que seu nome como a dona da voz do demônio entrasse nos créditos do filme.

    Além da história de "O exorcista" ter sido baseada no real caso de "O exorcismo de Roland Doe", existem teorias que por sua vez, que a história é também baseado em relatos curiosos de um ex-engenheiro da NASA.

    Diferenças entre livro e filme:
    Eu pude notar que a principal diferença entre ambos está no quesito de que no livro a possibilidade do problema da menina Regan ser psiquiátrico é sempre mantido e questionado até o fim. Já no filme fica mais evidente que o problema da Regan sempre foi possessão, por mais que inicialmente temos as cenas da mãe levando ela para fazer alguns exames médicos. Isso eu nem considero como uma falha de adaptação, eu considero como uma escolha de roteiro por uma liberdade criativa na narrativa do longa-metragem.

    Um ponto que foi deixado de lado no filme: é o fato que em nenhum momento é mencionado sobre a filha do casal de empregados Karl e Willi (Rudolf Schündler e Gina Petrushka). Esta é uma parte evidente e importante no livro. Temos aqui outra escolha criativa do roteiro.

    Cenas clássicas:
    "O exorcista" é composto por inúmeras cenas clássicas que sempre foram inesquecíveis e serão lembradas e cultuadas até o fim dos tempos.
    Temos a clássica cena da Regan descendo de seu quarto no meio da festa e fazendo xixi no tapete na frente dos convidados.
    A Regan descendo pelas escadas de costas com a boca cheia de sangue.
    A clássica cena que virou pôster, quadros e papel de parede: o Padre Merrin chegando de táxi à noite na casa da Chris e logo após se pondo de pé em frente ao local.
    Regan levitando na cama durante a sessão de exorcismo.
    Regan possuída girando completamente a sua cabeça.
    E todas essas cenas são lembradas também por ter virado paródias, memes, por ser de alguma forma imitadas e nunca esquecidas.

    Um versão estendida de "O exorcista" foi relançado nos cinemas americanos em 2000, com uma nova cópia, som digital e 12 minutos de cenas extras inseridas ao longo do filme.

    Premiações:
    "O Exorcista" é o verdadeiro "Pioneiro do Terror", pois ele foi o primeiro e único filme de terror a ser indicado ao Oscar de melhor filme. Tal revolução foi impulsionada pelo sucesso do filme, que o levou a vencer a resistência das grandes premiações aos filmes de gênero e conquistou dez indicações ao Oscar de 1974: Som, Edição, Direção de Arte, Fotografia, Roteiro Adaptado, Atriz Coadjuvante (Linda Blair), Ator Coadjuvante (Jason Miller), Atriz (Ellen Burstyn), Direção e Melhor Filme. Saindo vencedor em duas estatuetas, de Roteiro adaptado e Som.
    Ganhou quatro Globos de Ouro nas categorias de Melhor Filme - Drama, Melhor Diretor, Melhor Roteiro e Melhor Atriz Coadjuvante (Linda Blair). Recebeu ainda outras três indicações: Melhor Atriz - Drama (Ellen Burstyn), Melhor Ator coadjuvante (Max von Sydow) e Melhor Revelação Feminina (Linda Blair).
    Foi indicado ao BAFTA na categoria de Melhor Som. Ao Academy of Science Fiction, Fantasy & Horror Films - ganhou nas categorias de Melhor Filme de Terror, Melhor Maquiagem, Melhores Efeitos Especiais e Melhor Roteiro.

    Continuações:
    "O Exorcista" foi o primeiro de uma série de quatro filmes baseados nos personagens. Os demais foram "O Exorcista II - O Herege" (1977), "O Exorcista III" (1990) e "O Exorcista - O Início" (2004). Além de "Dominion: Prequel to the Exorcist" (2005) e "O Exorcista - O Devoto", lançado no Brasil no dia 12 de outubro de 2023.

    "O Exorcista" teve uma influência significativa na cultura pop e diversas publicações o consideram um dos maiores filmes de terror já feitos. Em 2010, a Biblioteca do Congresso selecionou o filme para preservação no Registro Nacional de Filmes dos Estados Unidos como sendo "cultural, histórico ou esteticamente significativo".

    Por fim: "O Exorcista" é um dos maiores filmes de todos os tempos, que chocou e traumatizou o mundo em sua estreia, e hoje, com quase 50 anos de lançamento, continua a impactar o público com uma história pesada, macabra, soturna, misteriosa, sombria, onde temos uma narrativa tensa e incômoda, com cenas perturbadoras, atuações primorosas, diálogos tenebrosos e um terror sobrenatural e psicológico que mexe com o nosso estado mental e espiritual.

    Temos aqui a obra-prima do terror, a obra de arte do horror, o suprassumo da possessão e a quinta-essência do medo. O verdadeiro masterpiece do incômodo, do desconforto, do perturbador e do assustador.

    Senhoras e senhores: o medo revela a sua face no maior filme de terror da história do cinema - "O Exorcista".

    "Mas se todo o mal do mundo faz você pensar que pode existir um diabo, como explica todo o bem do mundo?"

    [Sexta-Feira, 13 de outubro de 2023)
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