Esse é um filme que consegue tocar o coração dos espectadores ao abordar o tema da adoção e equilibrar esse assunto com reflexão e humor. O longa se destaca por retratar de forma sincera as dificuldades inerentes ao processo de adoção e à adaptação mútua entre os pais e as crianças, principalmente quando elas já são maiores ou adolescentes. Essa representação realista, sem perder a leveza, é um dos pontos altos do filme, permitindo-nos nos conectemos profundamente com a narrativa e com os personagens.
O elenco, liderado por Mark Wahlberg e Rose Byrne, desempenha um papel crucial no sucesso emocional do filme, onde a química entre os atores e a habilidade de cada um em transmitir sentimentos genuínos tornam cada cena impactante. Eles, em particular, brilham ao mostrar a evolução de um casal inexperientes a pais dedicados e amorosos, enfrentando com coragem e vulnerabilidade os desafios que surgem no caminho. O desempenho das crianças, especialmente de Isabela Moner, é igualmente impressionante, trazendo autenticidade e profundidade aos seus papéis e contribuindo significativamente para a carga emocional da história, demonstrando a complexidade de construir e se adaptar a uma nova família.
Além do drama, a obra se destaca pelos momentos de humor bem dosados, que proporcionam alívio cômico sem desviar da seriedade do tema, em que as cenas engraçadas são unidas de maneira inteligente, garantindo que o filme seja envolvente e leve, mesmo enquanto trata de questões sensíveis. Esse equilíbrio entre drama e comédia é fundamental para manter o interesse do espectador e para transmitir a mensagem de que, apesar das dificuldades, a jornada da adoção pode ser gratificante e repleta de amor.
Portanto, o filme consegue capturar a essência das relações familiares formadas pela adoção, destacando tanto os desafios quanto as alegrias, tonando-se um testemunho poderoso do que significa abrir o coração e o lar para uma criança, e o faz de maneira que é ao mesmo tempo comovente e divertida. Em resumo, é uma celebração do amor, da resiliência e da capacidade humana de criar laços profundos, mesmo nas circunstâncias mais inesperadas.