A vida de uma família simples sul coreana, muda drasticamente quando o filho Kevin, consegui emprego em uma casa de uma família rica e um plano mirabolante começa a entrar em ação. A trama é diferente de tudo que você já viu, fujindo de todos os padrões de narrativa sendo totalmente imprevisível.
Um projeto único, difícil até mesmo de categoriza-lo, seria uma espécie de Suspense Dramático com tons de comédia, mas não exagera em nenhum desses gêneros, ou seja, quase que indescritível, justificando seu reconhecimento ao receber o Oscar, não que seja um parâmetro pra filme bom, mas o seu feito merece reconhecimento. A narrativa quebra a todo momento todas as suas espectativas durante a história, com plot's imprevisíveis, que ganham força com as atuações impecáveis que comunicam de forma simples, pela feição dos personagens e até mesmo em seu silêncio. O filme é recheado de simbolismos, como o próprio nome, que se reflete nas ações dos indivíduos que agem como tal, pois ambos buscam realizações, seja se tornar o que não são ou até condenando quem faz o mesmo, assim expondo as hipocrisias e injustiças sócias, mostrando que não existe um herói nessa história, ambos não se isentam de culpa, o que é maravilhoso e traz um debate excepcional. Porém o começo que não define de cara o tema do filme, com um ritmo lento pode criar preconceito com o filme, ou os viés político muito explícito pode ser mal interpretado ou incomodar, mas do que serviria todo esse debate se não gerasse esse desconforto?
Pra quem tá cansado de filmes padrão, tramas batidas, Parasita é um grande alívio, um gerador de debate mais que nescessário, que nos faz refletir sobre o que pode levar alguém a tomar uma decisão tão estrema e quem tá certo nesse paradoxo de culpa. Portanto, ele é mais que uma indicação, Parasita é nescessário.