Se os filmes da saga Transformers forem vistos sob a ótica que foram idealizados para o público infantil dos anos 80, aí tudo OK fazer piadinhas, ser desastrado, etc. enquanto a Terra corre perigo de extinção.
Senão vamos ver que os robôs são tolos, bobos, mais parecidos com bichos de estimação dos humanos, são carentes, precisam ser cuidados e adulados, embora tenham canhões e carapaças resistentes. O único com mais personalidade, que pensa, pondera, é o Optimus Prime, que adora fazer discursos virtuosos. Os demais são rasos, apenas metal. Poderiam explorar muito mais as histórias se os robôs tivessem profundidade, história, lutassem por outros mundos, etc. Mas imagino que ficaria cansativo um filme só baseado em robôs, e precisa-se do fator humano para o expectador se identificar.
Algo intrigante é que as transformações beiram a magia, não retratando os encaixes de peças, mas sim mudança de forma. No seriado original, a mudança de forma é pelo deslocamento de peças e não por brilhos e luzes.
Ainda chama a atenção que robôs tão avançados, que viajam no espaço e escutam o Bee lá de Cybertron, mas que chegam na Terra e precisam da ajuda dos humanos, dos satélites para encontrar o Bee. Estes mesmos robôs temem metralhadoras e pistolas.
Enfim, já se esgotou o tema devido as tantas continuações, que tentam se atrelar à história da Terra, mas nada exploram da história dos robôs. Precisaria mudar o foco, pois são sempre os mesmos ingredientes: adolescente, mocinha, mocinho, exército, metralhadoras, busca por um item de poder (cubo, cajado), etc. Sabemos que o enredo é pobre mas vai sendo alongado por batalhas, correrias, tiros, caças, bandeiras, até no fim onde Optimus põe tudo em ordem e brada algumas frases de efeito.