David Fincher é um diretor que se sai invariavelmente bem quando retrata em seus filmes indivíduos racionais em situações complicadas ou mesmo sem saída. Em vez do melodrama e do desespero, estas narrativas optam pela reação objetiva aos fatos que se apresentam, levando-os invariavelmente à buscarem uma reflexão plausível sobre os fatos que se apresentam na tentativa de tentarem contorná-las. E Garota Exemplar, filme baseado no livro de Gillian Flynn (e roteirizado por este), é repleto destes momentos.
Assim, na primeira vez que vemos Nick e Amy Dunne (Bem Afleck e Rosamund Pike), o voice over que ouvimos por parte de Nick se compromete em nos plantar uma dúvida vital: será mesmo que aquele personagem, que ainda mal conhecemos, será capaz de cometer um crime contra sua esposa e, neste sentido, será Nick um manipulador? Esta pergunta, vital diga-se de passagem, é o principal fio condutor da narrativa pois, a partir do momento em que mergulharmos nos flashbacks responsáveis por nos mostrar como aquele belo casal se conheceu e, sobretudo, como a dinâmica deles foi se desenvolvendo com o passar dos anos, pontuando ao espectador o desgaste inevitável de uma relação que poderia sim, terminar numa eminente tragédia... (LEIA O RESTANTE DO TEXTO NO LINK ABAIXO!)