Uma traição nunca é boa, seja ela em um relacionamento ou em um trabalho. Sempre uns se beneficiam enquanto outros tomam uma "ducha de água gelada", para não dizer algo menos elegante.....Eis a estreia do grande ator (mas não grande homem) Sean Penn no gênero ação e ele não manda mal, pois consegue segurar o bastão e ainda dar um ar dramático ao personagem que representa. E mulherada, preparem-se! O ator com mais de 50 anos está um verdadeiro "hulk" de tão malhado! Acho que ele gostou tanto de mostrar os bíceps e o peitoral que metade do filme é ele peladão (uma decepção para os cuecas de plantão, pois só ele fica sem camisa, temos(nós, homens) um leve momento de "inspiração", mas é muito rápido e fica só no suspense mesmo.....). Sean não está sozinho e conta com um elenco bem escolhido para ajudá-lo neste novo trabalho. Nomes como Javier Bardem, Ray Winstone, Jasmine Trinca e Idris Elba estão presentes e todos atuam bem. Para dirigir tal enredo foi chamado o diretor Pierre Morel, famoso pelo bom BUSCA IMPLACÁVEL (2008). Caracoles, então temos uma empolgante película?!?!? Não..... A trama é uma adaptação do livro homônimo de Jean-Patrick Machette e de duas uma: ou o livro é ruim ou lascaram feio com a obra. Com momentos bons e ruins, o roteiro parece indeciso no que quer ser, ficando entre um dilema politico e um triangulo amoroso e assim, perdido, fica superficial e apresenta algumas falhas como, por exemplos: quando o matador executa a ordem, ele de imediato deve sair do continente, mas nem se preocupa em deixar a arma cheia de digitais; quando surdo pelo barulho de uma máquina, ele não consegue escutar um colega que está do lado dele e sim consegue ouvir algo que "bandidos" dizem a metros de distância e ainda anotar mais tarde; uma hora o par romântico de Penn (interpretada pela exótica Jasmine Trinca) está de sutiã (ou soutien para os mais chiques), hora não; uma multidão vê que uma mulher está sendo perseguida e ninguém fala nada ou age (se bem que isso é mais que normal, infelizmente, e olha que nem era o ator principal dando uma de louco.....). E tem momentos em que a coincidência fala alto mas mesmo assim não é uma perda de tempo, como disse, tem partes agradáveis e outras não. E desta vez o título faz sentido tanto em seu original quanto em português. Achei um pouco extensivo e por consequência, cansativo, mas vale a pena ter no currículo tal estreia, pena que não foi merecedora de mais um Oscar...