O filme não teve uma boa avaliação por parte do público e crítica, mas para o gênero Ação + Fantasia, penso que ele cumpriu bem com seu papel.
Sem falar que o fato de ser baseado num game (o qual nunca joguei) explica ainda mais o fator nada realista e até "forçado".
Por exemplo, a forma como a prota foi retratada com força bruta que consegue resistir a qualquer coisa, está bem longe da verdade. Parecia uma super heroína ao invés de uma mulher.
E me parece que essa foi a intenção do filme: transformá-la não apenas numa super heroína, mas numa espécie de deusa grega guerreira, o que fica claro por meio de seu cognome militar, Ártemis (já que na sua identificação militar, seu nome verdadeiro era Natalie).
A história sobre navios que navegam sob dunas, monstros que vivem debaixo dessas dessas areias e uma civilização de guerreiros que precisam atravessar essas dunas para atingir a um determinado objetivo, guarda muitas semelhanças com a franquia "Duna", porém me agradou muito mais o enredo de Monster Hunter, por ser mais objetivo e ter ação do início ao fim.
Valendo pontuar que o fator "mundos paralelos" em Monster Hunter, embora não seja nenhuma novidade no cinema, me saiu melhor do que esse clichê batido de Duna sobre um escolhido que vai salvar o mundo de uma catástrofe ou guerra iminente só por ter nascido especial, além de toda aquela babação e discussão político-religiosa em cima dele, que levou mais de 2hs para o filme chegar "aos finalmente", o que foi desnecessário e cansativo de acompanhar.
E por falar em monstros, O CGI de Monster Hunter está maravilhoso!
Sério mesmo: não perde em nada para o CGI de Duna, que também é o maior ponto alto desse filme.
Gostei da sacada de usar um monstro contra o outro e de alguns jumpscares com eles.
Sem falar da variabilidade dos monstros, o que em Duna só se resume a uma tênia gigante.
"Monster Hunter" deixou gancho para uma sequência, já que a missão não parece ser apenas o de destruir o novo dragão e desativar a torre, mas também houve um elemento surpresa nas cenas pós créditos: um guerreiro encapuzado que apareceu do alto da torre a observar a batalha.
Creio que nem todos os habitantes dessa antiga civilização avançada em tecnologia foi realmente extinta, como o Admiral disse, e confesso que tenho curiosidade de saber onde isso vai dar. 🤔
Ao meu ver, a capitã não vai voltar pra casa nem tão cedo.
Agora, vamos aos pontos negativos:
1°: A queda mentirosa dos jipes, que não deixaram nem mesmo escoriações nos soldados foi muito mal feito. Seria mais coerente se eles só tivessem atravessado o portal sem precisar cair de precipício algum.
2°: Muito forçado a protagonista ser sempre a única sobrevivente. Até dá pra entender da primeira vez quando ela ficou desmaiada na caverna, mas na queda do avião com o dragão ficou muito nada a ver ela ter sobrevivido sozinha e dando todo o gás do mundo estando ainda bastante debilitada.🤦🏻♀️
3°: A dublagem ficou muito ruim com aqueles graves horríveis nas personagens femininas (incluindo a prota).
Soldados femininos não precisam parecer uma lésbica tentando forçar uma voz masculina ou uma marombada que faz uso de testosterona, pra mostrar competência.
Sem falar no fato de se referirem a ela como capitão ao invés de capitã.
Querem reduzir a mulher a condição de um macho mal acabado, a pulso.🤦🏻♀️
4°: A viagem do amigato cozinheiro gourmet como alívio cômico não convenceu muito, não.
Me lembrou levemente os guardiões da galáxia com aquele guaxinim "nada a ver".
Em resumo, é um filme legal que dá pra passar o tempo.😉👍🏼