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Adriano Silva
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466 críticas
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4,0
Enviada em 1 de maio de 2018
O JOGO DA IMITAÇÃO (The Imitation Game
O longa é uma cinebiografia adaptada do livro "Alan Turing: The Enigma", escrito por Andrew Hodges e dirigido por Morten Tyldum (Passageiros / 2016). O filme é baseado na história real de Alan Turing, o inglês que é considerado por muitos como "o pai da computação".
Benedict Cumberbatch dá vida ao lendário criptoanalista inglês de uma forma totalmente magnífica. Ele brilha ao desenvolver uma atuação grandiosa e nos proporciona a dimensão atingida por essa importante figura da história no período da segunda guerra mundial (concordo plenamente com sua indicação ao Oscar). Um jovem matemático que foi instigado a criar uma máquina que possivelmente viesse a quebrar o "Enigma" (o famoso código que os alemães usavam para enviar mensagens aos submarinos).
É muito interessante e animador acompanhar o desenrolar de cada história, de cada detalhe, de cada flashback, de uma forma muito bem desenvolvida e muito bem trabalhada. O longa faz questão de trabalhar cada fase da vida de Alan Turing de uma maneira que fique de fácil entendimento para quem acompanhe a sua história. É interessante notar todo desenvolvimento das pesquisas e descobertas de Alan (sozinho ou junto com sua equipe), ou até mesmo a forma intransigente e ríspida que ele tenta lidar com sua equipe e a própria Joan Clarke (Keira Knightley).
Gostei muito do roteiro, apesar de achar que o início do filme te prende mais do que as partes finais. Talvez por inicialmente o longa nos passar toda motivação de Alan na busca incansável pelo seu projeto, e nas partes finais se focar mais em torno do seu homosexualismo e das suas consequências. Também fico com uma grande dúvida sobre os desfechos finais da verdadeira história de Alan Turing: Será que o filme retratou bem essa parte? Ou será que o foco em sua homosexualidade foi maior do que em sua verdadeira história e descobertas, e os bens que isso trouxe para a nação na época? Ao final o filme nos relata que a invenção de Alan Turing diminuiu 2 anos da guerra e salvou cerca de 14 milhões de vidas. Eu não conheço bem a verdadeira história de Alan Turing, mas é muito interessante.
O longa ainda nos encanta com mais um ótimo trabalho do belíssimo compositor Alexandre Desplat. Uma trilha sonora sensacional, que lhe rendeu duas indicações em uma mesma edição do Oscar (ele levou a estatueta por O Grande Hotel Budapeste). Destaques também para o ótimo trabalho de fotografia e direção de arte, que foi muito bem notado em cada detalhe dos belos cenários.
Keira Knightley está a altura do personagem de Benedict Cumberbatch. Na minha opinião, ela dá o tom certo e completa muito bem com sua ótima atuação (Keira também foi indicada ao Oscar 2015). Não posso deixar de destacar o grande ator Charles Dance (que eu adorava na franquia Anjos Da Noite, e no icônico Alien 3) como o severo e impetuoso Comandante Denniston, responsável por grandes confrontos de ideias com Alan.
O JOGO DA IMITAÇÃO integrou a lista dos indicados ao Oscar 2015 em 8 categorias, entre elas: Melhor diretor, Melhor ator, Melhor atriz coadjuvante e, Melhor Filme. Levando apenas uma estatueta de Melhor Roteiro Adaptado.
Ótimo filme, mais uma bela cinebiografia! [30/04/2018]
O Filme mostra um matemático na segunda guerra mundial, que junto com um grupo de pessoas, começa a trabalhar para o governo britânico tentando decifrar mensagens nazistas. A direção não se arrisca muito, o roteiro é bom, mas o que realmente chama atenção é a atuação de Benedict Cumberbatch, que está em sua melhor atuação na carreira. Ele interpreta o protagonista Alan Turing, matemático que é considerado arrogante pelas outras pessoas, spoiler: o filme no começo sugere que ele seja gay, o que foi confirmado depois. . Prepare seus lenços, o fim é emocionante.
Um filme maravilhoso, mistura os detalhes de uma guerra, com conflitos pessoais, relação e preconceitos que hoje é um assunto bem atual, porém era crime anos atrás, um filme para se pensar e refletir sobre o valor de um ser humano, independente de suas escolhas.
O Jogo da Imitação é um dos meus filmes favoritos pois ilustra bem como o pensamento de uma sociedade pode ter consequências drásticasspoiler: Alan Turin foi condenado em 1952 pelos crimes de indecência (homosexualidade) e ao não suportar a castração quimica imposta pelo governo britânico se suicidou aos 41 , o filme é apresentado com suaves flashbacks que nos fazem entender a personalidade de Turin. O filme foge da ideia do personagem gênio antissocial, esses fragmentos da infância do jovem mostram que sua antissociabilidade decorreu de eventos spoiler: bullying que ocorrem com vários jovens ,gênios ou não, e que essa característica pode ser vencida. A personagem Joan Clark é a cereja do bolo, ilustrando o machismo e o papel da mulher na época. O teor politico abordado no filme também é interessante fazendo entender que nem tudo é o que parece ser. Meus sinceros parabéns para o elenco fantástico. Benedict Cumberbatch foi extremamente incrível nesse filme, a fragilidade de Turin é inédita na atuação de Cumberbatch, o piscar nervoso, a rigidez da boca e a fala atrapalhada transmite a sensação de eterno incomodo do personagem porém o olhar curioso e a sinceridade de Turin ao nunca desistir de seu grande projeto nos mostram um personagem forte e decidido, sua arrogância é bem mascarada pela graciosidade que Cumberbatch coloca em sua atuação. Keira Knightley mantem sua face de menina moleca, porém sem nenhuma proteção familiar se vê acuada e perde a irreverencia tipica de sua atuação, pela primeira vez vi Knightley em um papel onde sua sensualidade não foi necessária spoiler: ao invés disso Joan seduziu Alan com sua bondade e inteligencia tornando-se a chave para que o gênio desenvolvesse laços com sua equipe . Mark Strong é o alivio cômico da trama, suas expressões são valiosas spoiler: e até quando ele se revela como vilão não é possível odiá-lo .Poderia falar de cada individuo do elenco pois achei a atuação de todos impecável para seus papeis mas vou Terminar dando meus cumprimentos ao Alex Lawther que fez a versão jovem de Alan Turin, sua atuação acompanha perfeitamente a de Cumberbatch e as expressões de seu olhar nos faz refém da emoção. A fotografia do filme é excelente Tons fechados nos trazem realidade e dão dramaticidade ao ambiente, o jogo de azul com tons de marrom, bege, branco, verde e vinho são de uma tremenda harmonia e elegância que nos remete bem a cultura inglesa. Um filme que não canso de assistir e recomendo a todos.
O nome do filme "o jogo da imitação" diz respeito à alegoria proposta por Turing para provar se as máquinas poderiam pensar, o chamado "Teste Turing". Nesse "jogo" uma máquina deveria fingir ser um humano para enganar um júri humano, caso a máquina tivesse êxito estaria "provado" que ela pensa tal qual um homem. Ou seja, a natureza deste jogo é a enganação, atuação, é proteger seu segredo à todo custo afim de ser incorporado pela sociedade. Este é o jogo da vida, principalmente a vida de Alan Turing. Homossexual numa era extremamente intolerante, só restava a ele a imitação como camuflagem. "Mais difícil de que descobrir um segredo é mante-lo" diz uma fala no longa. Mestre em descobrir o segredo dos outros, o personagem principal é um prisioneiro de seu próprio disfarce, incapaz de se aproximar dos demais, pois quanto mais próximo, mais vulnerável ele estava. A analogia entre a criptografia, a computação e o preconceito é algo não menos do que genial. O defeito da narrativa se dá quando esta analogia é exacerbada a pontos extremos demais, como a doentia relação de Turing com seu computador, nomeado tal qual seu ex-namorado. Quando o filme foca na "loucura" do protagonista ele perde verossimilhança, destoando do resto da narrativa.Fora isso, é perfeito.
Excelente filme pra se assistir e além de se entreter você aprende um pouco de historia e descobre a bela história de Alan Turing, muito bem interpretada muito bem dirigira e muito bem adaptada. Realmente mereceu os Oscars que ganhou. Vale muito apena assistir e ver tudo que Alan teve que passar, dentre preconceitos etc...
Gostei bastante do filme... Benedict fez um ótimo trabalho e prendeu muito minha atenção e minha vontade de assistir ao filme e confesso que até hoje eu não sabia nada sobre Alan Turing, uma pessoa tão importante. Pena que ele tenha sofrido com o preconceito e morrido tão cedo. Gostei de saber que a rainha Elizabeth II concedeu o perdão real em 2013 por sua condenação, um tanto tarde mas, enfim... é complicado.
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