A trama de “Velozes e Furiosos 6”, filme dirigido por Justin Lin e escrito por Chris Morgan, está diretamente ligada à de “Velozes & Furiosos 5”, também dirigido por Justin Lin e escrito por Chris Morgan. Na trama do filme anterior, além de estarem envolvidos com situações de justiça, o grupo liderado por Dominic Toretto (Vin Diesel) tinha uma missão maior em mãos: tentar roubar os milhões que um líder do crime organizado (Joaquim de Almeida) mantinha guardado trancado a sete chaves num cofre. Caso fossem bem-sucedidos, eles teriam a chance perfeita para se aposentarem do mundo do crime.
Quando reencontramos os personagens, no primeiro ato da sexta parte da franquia cinematográfica, vemos Dominic, a namorada Elena (Elsa Pataky), a irmã Mia (Jordana Brewster), o cunhado Brian (Paul Walker) e o sobrinho recém-nascido vivendo numa linda e pacata ilha européia, com todo luxo e conforto que eles têm direito, porém com a inata condição de serem considerados, eternamente, foragidos da justiça, sem qualquer possibilidade de voltarem para casa. O bando deles – que é completado pelas personagens interpretadas por Tyrese Gibson, Sung Kang, Gal Cadot e Chris “Ludacris” Bridges – é reunido novamente a pedido do policial Hobbs (Dwayne Johnson), que era um dos algozes do grupo no filme anterior.
Um dos pontos mais positivos de “Velozes e Furiosos 6”, aliás, é ter encontrado uma função bem definida para a personagem interpretada por Dwayne Johnson. Além de ele ser responsável pela reunião do grupo de Dominic Toretto, ele é o ponto motriz por trás da storyline principal do filme: a perseguição por um novo bando, que representa a evolução daquilo que Toretto e seus amigos um dia foram (uma vez que eles atuam globalmente, ao invés de localmente, como era o caso da gangue de Dom), e que é liderado por um ex-militar chamado Shaw (Luke Evans), que, para complicar ainda mais a situação (ou facilitar a reunião do grupo de Toretto), tem muito a ver com o paradeiro de Letty (Michelle Rodriguez), a ex-namorada de Dominic, que todos julgavam estar morta.
O diretor Justin Lin é muito familiarizado com o universo narrativo da série “Velozes e Furiosos”, por isso mesmo ele sabe oferecer aos espectadores dessa franquia justamente aquilo que eles desejam ver: cenas de ação de tirar o fôlego. Neste sentido, “Velozes e Furiosos 6” oferece as melhores – e mais mentirosas, diga-se de passagem – sequências de perseguição de carros dos seis filmes que compõem essa franquia. Além disso, o roteirista Chris Morgan soube muito bem trabalhar, em seu roteiro, com alguns conceitos que são clichês bem batidos do gênero de ação e que estão bem presentes aqui nessa sexta parte de “Velozes e Furiosos”, uma vez que tudo nesse filme é bem caricatural e previsível. Vamos ver o que eles aprontam da próxima vez, já que essa série cinematográfica parece longe de chegar a um fim.