Trata-se da história com natureza evangélica de Judah Ben Hur, até então um homem bondoso, rico. Judah, apesar de judeu, era amigo desde muito tempo de um romano que viria a ser novo governador, seu nome era Messala. Enquanto Judah sonhava com a paz entre os povos romanos e judeus, Messala propôs ao seu amigo que traísse seu povo para com que os romanos dominassem Jerusalém. Ele recusa e é condenado por seu próprio amigo a trabalhar em uma galera romana, remando junto com outros escravos em navios de guerra. No meio do caminho até chegar a um dos navios, ele desmaia e é consolado por uma aparição estranha, ao que tudo indica, seria Jesus Cristo quem lhe deu um pouco de água para continuar caminhando. Depois de muitos conflitos, e de ter conseguido escapar das galés, ele retorna em busca de vingança, participando de uma corrida de bigas contra Messala e outros romanos. Depois de derrotar seu ex-amigo, pergunta a ele onde estaria a mãe e a irmã. Infelizmente é dito que pegaram lepra. Sendo assim, Judah inicia uma procura incessante pela mãe e irmã no Vale dos Leprosos. O enredo é um ponto forte da narrativa de "Ben Hur", as 3 horas e 40 minutos passam num piscar de olhos. Não é apenas um filme em que o "herói vence o vilão", na verdade, quando Judah decide se vingar de Messala, ele está mudado graças aos traumas que passa na galera romana, portanto isso é o de menos, não decepciona em nada. Cada personagem é muito bem caracterizado, todos do elenco estão atuando brilhantemente, não tem o que reclamar. O modo como a história é contada também é majestoso. A guerra de navios é ótima, as fugas e perseguições são tensas, mas o que realmente marca é a corrida de bigas, que é absolutamente fantástica, graças à direção magnífica de William Wyler, você consegue entender perfeitamente as cenas de ação, pois em nenhum momento a câmera treme. Digo isso, porquê hoje em dia, cenas de ação são tremidas demais, a ponto de te deixar confuso e não entender o que está acontecendo, mas enfim... outra coisa que marca bastante, é a minha cena favorita, em que Judah leva a mãe e irmã para Jesus Cristo cuidar delas, e ele está sendo crucificado. Enquanto Jesus carrega a cruz para a montanha, acaba desmaiando, e os papéis se invertem, pois Judah dá água para Cristo assim como Jesus tinha feito anteriormente. Ta aí a moral do filme: Quem faz o bem, colhe o bem. Quem faz o mau, colhe o mau. Este é com certeza o melhor épico de todos os tempos, "Ben Hur" é tão atual quanto um "Senhor dos Anéis" e nunca irá perder época. Para quem gosta de épicos, este é obrigatório. Fantástico!