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Pedro Navar
1 crítica
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3,5
Enviada em 15 de junho de 2021
Final do filme acaba com toda a trama criada. Por mais que Gerard Butler e Jamie Foxx sejam talentosos (e realmente são), esse tipo de fita não descansa somente nos ombros de seus protagonistas, principalmente se o roteiro resolve sabotá-los sistematicamente. É uma pena que o resultado de “Código de Conduta” seja tão pífio, já que se mostrava, desde seu anúncio, um projeto extremamente promissor.
Resumindo não tente mudar o sistema...ele sempre vence! Por mais que sua família seja assassinada! Nos mostrou q tudo q ele fez pra mostrar pra eles lá do sistema foi inútil. Francamente!!
Existe alguma linha que separa o bem e o mal,uma linha que separa diferentes atos de um cidadão de bem à uma pessoa mal caráter.Mas de que serve essa diferença se pela lei que deveria punir atos de má conduta nos enxergam com parcialidade? A justiça realmente prevalece? Esse é um questionamento muito relevante até os dias de hoje.
E Law Abiding Citizen é um filme que trabalha bem o questionamento.É bem verdade que o filme poderia solidificar ainda mais os sentimentos de Clyde,a introdução apesar de ser muito direta,atropela um pouco a fase de sofrimento do Clyde.Mas logo o diretor reforça o senso de injustiça e solidão pelo personagem através de um plano aberto onde os responsáveis pelo caso recebem glórias mesmo não fazendo justiça por completo.É sobre essa impotência do cidadão em perceber que o sistema ainda é falho demais e como existe uma consagração de resoluções muitas das vezes injustas.
O ponto forte do filme é toda a construção do plano de Clyde para suprir sua necessidade:A Justiça.Para mostrar à todos o quão falho ainda é o sistema,é necessário rompê-lo e para isso Clyde precisa atravessar um limite difícil.Para conseguir atender ao seu plano é necessário ser um criminoso,é necessário fazer atitudes grandiosas dignas de um grande criminoso e ainda brincar e humilhar o sistema.E o filme trabalha bem esse campo dos atos de Clyde,o filme nunca justifica os atos dele e por muitos momentos as chacinas - E a cena da fita - Reforçam que aquilo apesar de não ser um crime que busca alcançar mudanças,não é um meio moral e muito menos aconselhável.
Por outro lado existe um elemento catártico muito forte em suas vinganças contra os criminosos que o puseram em estado de loucura - A cena da cadeia é um exemplo de insatisfação com os criminosos e um ato até extremista - Então o diretor sabe equilibrar bem o personagem central,ele equilibra bem suas ações e emoções e apesar de não incentivar ou afirmar atitudes hediondas como correto,ele não o classifica como um vilão,mas como um homem com pelo menos algum proposito.Uma das cenas finais - Cena da bomba - Sinalizam bem a conversão não só sistemática como moral que Gary fez com o Nick.
Mas acredito que aos poucos o F. Gary Gray começa a se divertir um pouco demais com as cenas de explosões e mortes,aos poucos há um certo apreço do diretor com os atos que desfocam um pouco.Além do mais,há uma síndrome em repetir o mais do mesmo arco Família/Trabalho que Nick enfrenta que nunca parece ser algo relevante.
Se a justiça não corresponde ao seu nome e a seu propósito,cabe então alguém alertá-los ou esperar que muitos outros casos sigam um fim injusto.F. Gary Gray não justifica os atos,mas sintetiza o sentimento de ódio e desolação que alimentam uma loucura,que alimentam uma sede por justiça que só será satisfeita quando houver justiça através de uma catarse literal.
spoiler: O cara deveria ter vencido no final, sua família foi assassinada cruelmente, e por isso não dou 5 estrelas.Achei isso uma sacanagem . O filme é top, vale a pena exceto pelo que disse no Spoiler.
Filme bem elaborado, vale a pena conferir. Faz críticas ao sistema, porém corre o risco de relativar ou justificar alguns atos violentos. Não gostei muito do final, porém ao mesmo tempo me fez refletir sobre que tipo de final temos a tendência de desejar em certas circunstâncias. Mas sem dúvida é um filme relevante.
Filme legal, mas com vários furos de roteiro, mortes que claramente foram inspiradas em jogos mortais, é um bom passa tempo, mas não é um filme ou atuações que façam ser algo relevante, apenas mais um bom filme.
Pra quem não entendeu o final do filme, achando que foi contra o sentido natural do filme em que Clyde (Gerard Bluter) deveria prosseguir com a sequência de assassinatos em nome da sua vingança, não entendeu o arco do protagonista. Clyde criou durante dez anos, a partir do julgamento dos assassinos e estupradores de sua mulher e filha, seu projeto de limpeza do sistema jurídico falido em que ele foi "prejudicado". Nesse processo, aqueles que foram corrompidos pelo sistema, ou nas palavras ditas no longa, "fazem acordos com bandidos", deveriam ser eliminados. Nessa jornada, o foco era que seu advogado na época, Nick (Jamie Foxx), que foi induzido a fazer um acordo com um dos assassinos em prol de seu ego profissional, entendesse seu ponto de vista onde todos somos responsáveis pelos nossos atos e que os assassinos de seus familiares deveriam ter sido condenados e não absolvido por brechas da lei (acordos com assassinos). Então no final, Nick diz a Clyde que não faz mais acordos com assassinos, respondendo a uma proposta de Clyde de um último acordo, onde ele (Clyde) teria um plano para matar a cúpula da cidade reunida em função do estado de sítio que ele provocou. Nick diz não, e dá a Clyde uma chance de sair vivo, dizendo a ele que todos somos responsáveis pelos nossos atos e que ele pode se arrepender da decisão que está prestes a tomar. Clyde decide seguir com seu último assassinato, achando que sua bomba estava na prefeitura, mas está embaixo de sua cama. Ao sair a cela, Nick diz a Clyde que ele tem 25 segundos para se arrepender e ele apenas aceita que sua missão está concluida, com Nick entendendo todo seu propósito e não mais fazendo acordo com bandidos.
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