Qual o melhor método para roubar um banco? Não me refiro a mediana série da Netflix que finalmente encontrou seu fim. Em Jumper, não há necessidade de destrancar o cofre e seguir os procedimentos de segurança. Você simplesmente atravessa a parede. É um filme que você não vai querer pular nenhuma parte e que representa um salto estético significativo. Com o poder de se teletransportar para qualquer lugar que queira, você se torna ilimitado e roubar um banco passa a ser brincadeira de criança, sem que as câmeras de vigilância o detectem. Mas você tem que viver escondido, se misturar e não deixar que identifiquem seu poder. A confidencialidade é o segredo em Jumper, afinal, tem gente má e perseverante que caça o protagonista, querendo detê-lo. Uma organização medieval (boa!) com o dever sagrado de banir os Jumpers. É um filme intenso, criativo e impactante, no entanto, soa estapafúrdio. O fato de você poder tomar café da manhã no Egito e poder visitar o Coliseu de Roma logo em seguida, sem barreiras e quando todos são impedidos, dá ao filme um aspecto criativo notável, mas, por ser muito curto e tentar ser compacto e coeso, Jumper resulta numa experiência banal, sem profundidade, embora devamos notar este belo esforço de inovação. Talvez uma continuação pudesse expandir a história, porque ela merece. Mas, sendo isso improvável, podemos assisti-lo para nos deleitarmos com os efeitos visuais decentes e com todo o resto do roteiro. Apesar de uma menção relâmpago a um buraco negro que abre pontes para lugares separados, não identificamos aqui, com precisão, um enredo de ficção científica, o que constitui uma falha, porque a menção do buraco negro podia ser mais explorada para tornar o filme mais rico. Sendo assim, dar saltos de um lugar para outro não necessariamente nos leva para a ficção científica e, mesmo representando uma ideia inovadora, peca ao não ser profunda o suficiente, afinal, se penetrar no cofre de uma instituição financeira é moleza e você pode viver como um turista permanente (o verdadeiro turista), visitando vários lugares na hora em que quiser e despreocupado com alfândega e questões legais, quer premissa mais impressionante? No entanto, o filme torna-se apenas assistível por não saber explorar bem o drama e dar impulso a premissa.