Paquitas celebram documentário inédito e revelam se têm planos de continuar trabalhando juntas: "Projeto grandioso"
    Luiz Eugênio de Castro
    Luiz Eugênio de Castro
    -Redator
    Um jornalista apaixonado por novelas e TV desde muito pequenininho. Fã de carteirinha de realities e vilãs icônicas!

    Em coletiva de imprensa, Ana Paula Guimarães e Tatiana Maranhão falaram sobre o projeto audiovisual do Globoplay

    Divulgação/TV Globo

    Elas marcaram gerações com seus cabelos louros e looks icônicos ao lado da rainha dos baixinhos, Xuxa Meneghel. Dos anos 80 até o começo dos anos 2000, as Paquitas fizeram história — tanto nos programas da apresentadora quanto em shows por todo o país! Agora, elas se reúnem para contar toda essa trajetória com um olhar sincero, nostálgico e polêmico. No dia 16 de setembro, estreia no Globoplay o documentário Para Sempre: Paquitas.

    Neste sábado (7), o Altas Horas vai exibir o emocionante reencontro de 27 das 29 Paquitas. Sim! Estarão presentes as quatro gerações do grupo, com exceção de Vanessa Melo e Diane Dantas, ambas da "Nova Geração" (1995-1999). Na véspera do programa, as ex-Paquitas Ana Paula Guimarães e Tatiana Maranhão participaram de uma coletiva de imprensa, na qual o AdoroCinema esteve presente, para falar sobre esse projeto incrível!

    Um documentário, várias protagonistas

    Ana Paula e Tatiana, que entraram para a "patotinha" mais amada do Brasil bem no comecinho de tudo, idealizaram o documentário das Paquitas na pandemia da Covid-19. Ao lado do roteirista Paulo Mario Martins e do diretor Ivo Filho, elas deram alguns spoilers sobre o que está por vir! "O maior desafio foi conseguir costurar essas histórias e o Paulo fez isso, colocando e iluminando todas as meninas... porque somos muitas", avaliou a eterna Catuxa.

    "Esse é o maior desafio: conseguir costurar todas essas histórias, contextualizando e sem perder o fio da narrativa", continuou. "Do ponto de vista do roteiro, não tinha uma protagonista só, então foi desafiador mesmo. Mas acho que a gente deu conta! Espero que vocês concordem", complementou o roteirista Paulo.

    Éramos crianças em uma sociedade muito politicamente incorreta

    Tudo surgiu em meio ao caos da pandemia, quando Ana Paula se inspirou nas lives que relembravam as atrações das décadas de 80 e 90. A partir daí, ela plantou a semente do que viria a ser o audiovisual quatro anos depois e entrou em contato com Tatiana. "Existe uma história muito forte que nos une na infância. Eu acho que esse documentário traz o doce e o amargo, as glórias, o glamour e a nossa resiliência", opinou Maranhão.

    Reprodução/Instagram

    "Além de sermos meninas de uma sociedade machista da década de 80, éramos crianças em uma sociedade muito politicamente incorreta. A gente pode ter nossos encontros e desencontros ao longo da vida, mas temos uma história única à qual a gente sempre volta. Foi lindo dividir isso, voltar e ressignificar essa história, conseguir abraçar sua criança. Acolher momentos que não tiveram acolhimento", discursou ela.

    Ana Paula, que também atuou na direção artística da produção, expressou que os cinco episódios — que serão disponibilizados juntos no dia 16 — fogem de idealizações: "A gente humanizou. Não ficamos no lugar da personagem icônica. Mostramos momentos muito felizes, mas momentos em que cada uma tinha suas questões.".

    A gente passeia pelo universo das Paquitas, pelo universo infantil brasileiro, mas também mostra como a sociedade se comportava na época. O documentário ficou mais rico!

    A reconexão entre as Paquitas começou em um ônibus a caminho do Altas Horas

    A relação entre as Paquitas começou a ser revivida já no caminho para gravar o programa do Altas Horas. Em julho, algumas delas saíram juntinhas do Rio de Janeiro até São Paulo em um ônibus personalizado para chegar à atração apresentada por Serginho Groisman.

    Durante o percurso, Ana Paula contou que elas tiveram tempo para trocar figurinhas e entender o lugar de cada uma dentro de sua geração. "Todas crescemos, amadurecemos e ressignificamos nossas dores", falou.

    Ela também compartilhou um momento hilário dentro do transporte, que classificou como "perrengue chique". "A gente quis ir de ônibus para fazer essa celebração no Altas Horas na intenção de relembrar a época em que fazíamos turnês. No caminho, o ar-condicionado quebrou. Esse bando de mulheres entre 40 e 50 anos, sem ar condicionado, não foi nada elegante!", descontraiu Guimarães.

    Divulgação/TV Globo

    As Paquitas vão continuar trabalhando juntas?

    Com toda essa reconexão pairando no ar, o AdoroCinema perguntou a elas se há planos de continuar o legado para além do documentário. Ana Paula foi incisiva: "Na verdade, a gente está muito imbuída nesse projeto. A gente ainda não conseguiu vislumbrar nada mais à frente, não! Acho que o grande barato é conseguir, neste projeto, fazer com que as pessoas embarquem nessa emoção e revivam o que foi esse legado".

    Na sequência, ela disse que o documentário é extremamente potente para qualquer novo plano a longo prazo. "A gente, na verdade, junto com a Xuxa, fez história. Fomos parte do audiovisual por mais de três décadas! É um projeto muito grandioso para a gente estar pensando em qualquer coisa para outro momento agora", completou.

    Xuxa ajudou a criar projeto audiovisual

    De volta ao projeto, Paulo revelou que Xuxa teve um papel fundamental na composição da obra. A comunicadora ajudou a encontrar informações e a procurar contatos específicos para construir a narrativa. "Ela foi muito ativa nessa história toda, foi uma produtora. 'Lembrei de uma história aqui', 'deixa eu te passar um contato tal', ficou longe daquela lembrança da rainha, da estrela", disse o roteirista do projeto.

    Divulgação/Blad Meneghel

    Imagens vistas por pouquíssimas pessoas também vão compor a produção, já que os fãs ajudaram a encontrar registros antigos que mal estavam digitalizados! "Conseguimos bastante material! [...] A gente queria essa coisa dos bastidores, do VHS, de ver a gente no ônibus, saindo de um hotel, entrando em um show. Essa pesquisa com os fãs ajudou muito nisso!", pontuou Catuxa. Podemos esperar vídeos raríssimos!

    Ausência de duas paquitas atrapalhou o projeto?

    Reprodução/Instagram

    Com relação à ausência de Vanessa Melo e Diane Dantas, as ex-Paquitas deixaram claro que isso interferiu na narrativa, mas não prejudicou o trabalho. "Sempre fica uma falta, mesmo que tenhamos contemplado elas. As duas quiseram realmente ser preservadas, preferem o anonimato nos dias de hoje", explicou Ana. Tatiana reforçou que não há nenhum problema com elas: "São duas pessoas queridíssimas, que a gente tem um amor e gratidão enormes!".

    Paquitas de outros países estarão no documentário

    A obra reúne depoimentos de Ana Paula Almeida, Ana Paula Guimarães, Andréa Faria, Andrea Veiga, Andrezza Cruz, Bárbara Borges, Bianca Rinaldi, Caren Lima, Catia Paganote, Daiane Amêndola, Flávia Fernandes, Gabriella Ferreira, Gisele Delaia, Graziella Schmitt, Heloísa Morgado, Joana Mineiro, Juliana Baroni, Lana Rhodes, Letícia Barros, Letícia Spiller, Luise Wischermann, Monique Alfradique, Priscilla Couto, Roberta Cipriani, Stephanie Lourenço, Tatiana Maranhão e Thalita Ribeiro.

    Além das brasileiras, o documentário traz entrevistas com as Paquitas chilenas, argentinas, uruguaia e peruana, além de trechos inéditos da entrevista com a Paquita americana, extraídos de Xuxa, o Documentário. Ainda participam da produção figuras do universo que as envolviam, como Adriana Bombom e as Irmãs Metralha, Mariana e Roberta Richard.

    Para Sempre: Paquitas tem roteiro de Paulo Mario Martins, produção de Anelise Franco, direção de Ivo Filho, direção artística de Ana Paula Guimarães e direção de gênero de Mariano Boni. O documentário abordará diversos temas como questões de gênero, pressão estética, representatividade, competitividade, infância, assédio e trabalho. Ansiosos?

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