A série é, como dito inúmeras vezes pela personagem Flora, Perfeitamente esplêndida!
Ao longo da narrativa audiovisual, acompanhamos inúmeras nuances do amor associadas às problemáticas inerentes a esse sentimento, como por exemplo: amor entre pais e filhos, amores suprimidos, amores incompreendidos, amores egoístas e amores que findaram, mas - de alguma forma - encontram-se incloncluso por pendências e apegos psicoemocionais e uma dose de culpa.
A série também aborda, assim como na primeira temporada, todo rito de passagem entre vida e morte, salientando questões vinculadas ao luto e como ele é encarado por cada um dos personagens. Existe, na trama, uma doçura e uma necessidade constante de envolver o espectador com os dilemas vivenciados por cada morador da mansão Bly.
É maravilhoso perceber o salto de consciência de um personagem que revela, simultaneamente, a fuga movida pela culpa de suas próprias escolhas.
Existe um porquê claro para tudo, de modo que não restam pontas soltas ao final da obra.
O modo como o autor conseguiu conduzir o universo que prende os mortos ao mundo dos vivos e denotar que carregamos, mesmo após a morte, nossas memórias e desejos mais profundos como enormes bagagens, nos faz refletir sobre como encararmos a vida e como escolhemos conduzí-la ao longo de nossa jornada. Que emoções valem a pena ser vividas? Que sentimentos deverão ser abandonados? E o que pode ser levado conosco ao fim de nossa peregrinação terrestre.
A narrativa nos submerge a uma sequência de ações exploradas com intensidade e dinamização experiências pelos personagens a cada novo episódio. As falas são envolventes e carregadas de simbologias e alegorias conceituais.
Imensamente grato e feliz pelo deleite que esta série nos proporciona!